2024-05-09

Faixa de Gaza, agora em Rafah

 

Retirei estas três imagens do sítio do New York Times, mantendo as legendas e os créditos.

 

Primeiro mais outra destruição, desta vez em Rafah, a povoação da faixa de Gaza adjacente à fronteira da faixa com o Egipto. Reparei na existência de mais prédios destruídos, de alguns sobreviventes, de painéis fotovoltaicos e de depósitos de água certamente vazios, no topo de estruturas habitacionais ainda por destruir.

 

Depois uma multidão de tanques estacionados ao pé da fronteira com Gaza no Sul de Israel. À primeira vista parecem desnecessários para as intervenções "cirúrgicas" referidas por Israel. Deve ser por isso que ainda não invadiram a faixa de Gaza pois por enquanto são "apenas" bombardeamentos e operações cirúrgicas.

 

 Finalmente e mais uma vez o bloqueamento dos camiões com ajuda humanitária na fronteira de Rafah, a que continua "aberta" do lado Norte faz a ligação com Israel de onde não vem ajuda humanitária, bloqueamento que Israel tem usado de forma sistemática para matar os habitantes de Gaza à fome, sem assistência médica numa altura em que proliferam as feridas graves devidas aos bombardeamentos e as doenças infecciosas que se espalham na ausência da infraestrutura de saneamento básico, também destruída por Israel.


Continuo sem perceber como se pode realizar o sonho sionista dum Estado reservado aos judeus, sem fazer a limpeza étnica das pessoas que habitavam no território e dos descendentes dos que ainda não foram forçados a sair.

De facto, desde a criação do Estado de Israel que ele tem aproveitado todas as guerras em que foi atacado ou em que atacou para continuar a limpeza étnica de todos os territórios que ocupa.




1 comentário:

Luís Lucena disse...

Não me recordo de estar perante uma guerra e não poder tomar partido por nenhum dos lados. Tudo começou com um ataque bárbaro do Hamas a uma população indefesa. Depois Israel, apoiado no legítimo direito de defesa, levou o seu exército a invadir Gaza e a iniciar uma destruição total, esquecendo os reféns, com o objetivo de acabar com o Hamas, como se isso fosse possível, à custa da destruição duma população indefesa. É aqui que os dois adversários se igualam, porque têm o mesmo objetivo: impedir a criação dum estado palestiniano, a conviver com Israel, como foi inicialmente aprovado pela ONU, quando nasceu Israel como estado laico e democrático. Agora os extremistas ortodoxos judaicos tomaram o poder e a situação mudou. Objetivo: expulsar todos os não judeus, mesmo da Cisjordânia, construindo colonatos ilegais. Do outro lado está um movimento terrorista, braço avançado da estratégia do Irão para o domínio do Médio Oriente