Há bastantes anos que noto variações rápidas nas formas de vestir, quer nos homens quer nas mulheres, naqueles na direcção de um maior conforto e menor formalidade, no caso das mulheres de mudança constante nas formas, nas cores, nas combinações dos diversos elementos do vestuário.
Noto também uma redução muito acentuada da parte do corpo coberta por roupa mal o termómetro sobe alguns graus, em ambos os sexos, mas de forma mais acentuada nas mulheres.
No passado dia 22/Abril às 12:50, quando o termómetro ainda não chegara ao valor máximo desse dia que foi 27ºC, vi uma jovem a passear vestida com duas peças num passeio de Lisboa como se pode ver na imagem a seguir
ou com um zoom digital
Como há muita gente exercitando corrida e nos Olivais existem muitos espaços verdes é possível que fosse ou viesse de alguma corrida mas este tipo de indumentária ainda não é frequente.
Pensei não falar no assunto mas, passados uns dias, reparei nuns fatos de banho no El Corte Ingles que me chamaram a atenção, designadamente o biquini com tons de verde
|
|
|
|
Fiquei a pensar que as tangas dos biquinis que estavam cada vez mais reduzidas atingiram finalmente um mínimo e que começaram a aumentar. Interrogo-me se chegarão a cobrir os joelhos como é agora frequente nos calções masculinos, de que mostrei exemplo aqui.
No segundo biquini que destaco aplicaram assimetria na sua peça inferior, quando era aplicada em cima era uma alça em vez de duas, na tanga o resultado não me agrada mas confesso que tão pouco gostava da alça única.
Ainda no último par de imagens reparei que o manequim posterior está sobre um pedestal com a palavra BANHO, assim em maiúsculas. Pensei que poderia ser para o nicho islâmico a crescer moderadamente em Portugal, como neste maillot que vi em tempos anunciado em Marraquexe e que comentei na segunda parte deste post de Jul/2013. Porém, a parte de cima do vestuário não parece adequada a esse nicho de mercado e tão pouco protege a área da pele mais exposta aos perigosos raios ultravioletas de que tanto se fala nas vésperas e durante a época de praia. Concluo que a moda tem por vezes razões que a razão desconhece .
É verdadeiramente difícil mudar as formas do vestuário constantemente mas constato que não se cansam de procurar novidades nem de revisitar soluções antigas.
1 comentário:
Caro JJ: Como dizes, na moda há sempre um voltar ao mesmo ou muito parecido. Isto porque, ao longo dos anos, é impossível estar sempre a inventar coisas novas que nunca foram usadas no passado. É por isso que existe aquele ditado muito verdadeiro 'Du pareil au même'...
Agora mais em detalhe, acho que algumas das roupas que fotografaste, embora ao lado de fatos de banho nas montras, são, na realidade, roupas para serem usadas no pós-praia quando se sai da praia e se vai a uns comes ou bebes em restaurante ou bar de praia ou no caminho de regresso a casa; as senhoras 'ocidentais' não vão tomar banho de calças compridas, por muito finas que sejam. Já as de outras culturas e origens o fazem, mas as roupas não serão bem estas... Por exemplo, há muitos anos, na Índia, vi senhoras a tomar banho de sari.
Agora, para terminar, voltando à moda no geral, é preocupante o hábito da 'moda rápida' que se instalou há algumas décadas, com oferta abundante barata, quase sempre de pouca qualidade e que oferece a possibilidade de se estar sempre a mudar de look.
As pessoas e os políticos deveriam refletir sobre isto porque se traduz em poluição acrescida na respetiva produção e depois no 'dispose off' no fim da breve vida dessas roupas. E tomar medidas consequentes a nível individual e de conscencialização coletiva. Claro que haverá reações contrárias, mas acho que uma redução de rotação acelerada de mudança de roupa será uma componente importante para a gestão ambiental do nosso planeta. E isso será vital no futuro.
Enviar um comentário