2023-12-19

Contradições de Israel em Gaza

 

Li agora na newsletter diária do jornal Expresso sobre a "Cidade Terrorista Subterrânea":

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Israel garante ter descoberto o maior túnel de Gaza, com uma entrada de mais de três metros de diâmetro e largura suficiente, em algumas das suas ramificações, para permitir a circulação de um carro normal. No total, este túnel tem cerca de quatro quilómetros de comprimento e foi escavado a 50 metros de profundidade. “Este não é um túnel qualquer. É uma cidade. Uma cidade terrorista subterrânea", disse o porta-voz do exército israelita numa visita à Faixa de Gaza com alguns meios de comunicação. O túnel termina a cerca de 400 metros da passagem fronteiriça de Erez, e pode ter sido uma peça essencial no ataque de 7 de outubro

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Existem tantas informações de ambas as partes da guerra de Gaza bem como de terceiras partes sobre a grande quantidade de túneis em Gaza construídas pelo Hamas, que considero esta descrição publicada no jornal Expresso baseada em declarações do exército israelita como altamente fiável.

Acentua contudo as minhas dúvidas sobre a necessidade que o Hamas teria de utilizar os hospitais de Gaza como pontos privilegiados de acesso a essa infraestrutura, até me parecem locais inconvenientes, por falta de discrição, pois são vizinhanças às quais é provável que acorrram multidões não só de feridos dos bombardeamentos e dos seus acompanhantes como ainda civis que tinham a ilusão que ao pé dos hospitais estariam mais protegidos das bombas israelitas.

Começo a ficar convencido que o bombardeamento dos hospitais é premeditado pelo exército israelita para criar condições de vida ainda mais difíceis para os civis vítimas dos bombardeamentos e suas famílias, pois me parece absurdo que sejam pontos notáveis da cidade subterrânea.

Quanto às milícias armadas do Hamas, elas terão tido as suas baixas sobretudo nos encontros com a infantaria israelita, no resto do tempo devem estar em segurança nos túneis e espaços da cidade subterrânea.




2 comentários:

Anónimo disse...

Deves ter razão.

Ferreira de Almeida disse...

Olá Zé,
Não deixas de ter razão. Contudo os hospitais são supostamente locais seguros para serem atacados numa guerra que respeite os direitos internacionais. Ter uma base de comando num hospital em caso de ataque permite incendiar a ira dos locais e da imprensa internacional.
A vitimização para os europeus e USA é uma arma de peso embora para os palestinianos não tenha o mesmo peso emocional. Morrem deliberadamente pela sua fé.