A propósito do post anterior, um amigo espanhol enviou-me este texto:
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Tu comentarios sobre libros de texto en el Liceo me retrotrajo a el curioso trabajo que hace años resaltaba cómo los problemas (ejercicios) de matemáticas que se nos planteaba a los niños bajo el franquismo estaban obsesionados con la estafa y el alcoholismo.
(estafa: fraude, vigarice)
Yo no sé en Portugal pero en España los exámenes que nos ponían solían abundar en preguntas tales que:
• Un revendedor de leche compró 6 Dl a 2,75 pesetas el litro. Le echó 12 litros de agua y la vendió a 0,25 pesetas más barata. ¿Cuánto ganó?.
• A 200 litros de vino de 2,4 pesetas le he echado 25 litros de agua. ¿A cómo sale el litro de mezcla? Y si lo vendo a 0,35 pesetas más caro, ¿cuánto gano en la operación?.
• Un revendedor de leche compró 6 Dl a 2,75 pesetas el litro. Le echó 12 litros de agua y la vendió a 0,25 pesetas más barata. ¿Cuánto ganó?.
• Debo 205 pesetas al panadero, 112 al carnicero, 150 al sastre y 320 al casero. ¿Cuánto debo en total?
• Un hombre bebe cada día un aperitivo que le cuesta 3,75 pesetas. Los domingos toma dos. ¿Cuánto gastará así, inútilmente, al año? Y si economizara esta suma durante 30 años, el capital así reunido ¿cuánto le produciría prestado al 5 por 100?
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Não me lembro deste tipo de perguntas em Portugal para proteger os incautos de possíveis falsificações. Não sei se a sua ausência seria para não dar sugestões a potenciais vigaristas, se pudor em admitir que houvesse entre Portugueses gente desonesta.
Quanto ao vinho ainda me lembro da frase “beber vinho é dar de comer (ou dar o pão) a um milhão de portugueses” como consta neste cartaz de Mário Costa que vi aqui, frase alegadamente do próprio Oliveira Salazar.
Portugal tem há muito tempo um problema de alcoolismo grave embora diferente do mais comum nos países do Norte da Europa: aí embebedam-se ruidosamente aos fins-de-semana, em Portugal é mais consumo em excesso todos os dias, se bem que as bebedeiras sejam mais discretas.
Quanto ao endividamento lembro-me de ver anúncios, por exemplo em mercearias e em tabernas, que não se vendia a fiado e os bancos só emprestavam dinheiro aos ricos, não havia nessa altura crédito ao consumo nem cartões de crédito.
Ainda na escola primária o top dos problenas era o das torneiras em que, dada uma torneira que enchia um tanque em x horas e outra em y horas, perguntava-se quanto tempo seria necessário para encher o tanque se se abrissem as duas torneiras em simultâneo.
E no livro de Álgebra o problema mais engraçado, com um enunciado cheio de ritmo era o seguinte:
Pedro diz a Simão: eu tenho o dobro da idade que tu tinhas quando eu tinha a idade que tu tens. Quando tu tiveres a idade que eu tenho a soma das nossas idades será 63 anos. Que idades têm Pedro e Simão?
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