2015-06-29

Grécia-3 e Golfinhos



Este é o 3º post que escrevo a propósito da crise europeia da Grécia, escrevi o primeiro em 2015-02-04, o segundo em 2015-02-27.

O conjunto de credores da Grécia inspira-me pouca confiança, é uma cena clássica realizar empréstimos enormes à classe dominante de um país que tem dificuldades em escolher governantes decentes e explorar depois o povo desse país, acusando-o de ter vivido acima das suas possibilidades. Isso aconteceu com o Irão que tinha petróleo, com o Egipto que tinha o Canal do Suez, com o Brasil que tinha imensas riquezas, com a Argentina e outros países da América do Sul, nestes casos com a agravante dos governantes corruptos da América do Sul serem ajudados pelos EUA a conquistar o poder através de golpes militares e a manterem-se no poder através de formação em técnicas de contra-subversão incluindo tortura.

Neste caso grego faz-me impressão que o ministro das finanças alemão tenha dito que era preciso manter o rumo numa situação em que era patente que os resultados obtidos pelas receitas aplicadas estavam longe do que tinha sido previsto. Inspira-me desconfiança a aparente confiança dos credores da troika no primeiro-ministro de Portugal, que mentiu vezes sem conta aos Portugueses, parece que precisam de governantes mentirosos nos países sob intervenção. Vejo sinais preocupantes no desconcerto, tantas vezes referido, entre o que diz a Srª Lagarde nos fora internacionais e o que dizem os seus funcionários quando visitam Portugal. E não me conformo com a persistência do superavit alemão, como se pudesse existir um mundo em que todos os países fossem superavitários e fosse razoável tomar medidas apenas contra os que têm deficits.

Aguardo com curiosidade e bastante apreensão os próximos capítulos desta crise europeia sobre as finanças gregas, tendo a sensação que muita gente da política e dos media me vai tentar enganar num futuro próximo.

Li que estes bonitos golfinhos, existentes num fresco reconstruído do palácio de Cnossos em Creta, devem mais à imaginação do arquitecto Piet de Jong, que os pintou na década de vinte do século passado, do que à evidência de os antigos cretenses os terem pintado assim.




Tenho grande simpatia e admiração pelos golfinhos, vi uma vez um espectáculo numa piscina onde me impressionou a forma como mergulhavam sem causar salpicos de água e aprecio as histórias em que eles salvaram tantos seres humanos de afogamentos iminentes.

Gostei imenso deste filminho que vi no 2 Dedos de Conversa




onde uma rapariga faz uma exibição para “entreter” um golfinho que estava a passar por ali.

Apreciei esta inversão de papéis, a maior parte das vezes são os golfinhos que “entretêm” os seres humanos…

1 comentário:

Majo disse...

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~ A apreensão continua, JJAmarante...

~ As trapalhadas de Bruxelas e de Atenas
parecem não ter fim à vista...

Atendendo às dificuldades que temos em pagar
as nossas dívidas, com a economia estagnada
como está, podemos estar a assistir ao fim do
Eurogrupo - às últimas cenas da tragédia...

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Também amo golfinhos. Um saudável lenitivo...
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