2025-10-07

Mulheres no Poder


 

1) Arcebispa da Cantuária

Sarah Mullally next_Arcbishop of Canterbury  by Mina Kim/Reuters

Fui surpreendido pela notícia no New York Times da nomeação de uma mulher para Arcebispa de Cantuária, a reverenda Sarah Mullaly, actual bispa de Londres desde 2018 e nessa qualidade membro da Câmara dos Lordes. Começou actividade profissional como enfermeira de cancerosos foi, numa tradução atrevida, enfermeira-mor do reino, foi ordenada em 2001, bispa em várias dioceses.

Terá autoridade na igreja de Inglaterra e será “primeira entre iguais” nas diversas igrejas doutros países em comunhão com a igreja inglesa.

Foi escolhida  pela “Members of the Canterbury Crown Nominations Commission” uma comissão de 17 membros, dos quais 9 são reverendos e 8 são leigos sendo presidente um lorde, antigo presidente do MI5, nomeado pelo primeiro ministro.

A comissão que reuniu desde Maio/2025 votou com maioria de dois terços nesta candidata que teve a aprovação do rei Carlos III, chefe da igreja de Inglaterra.


 

2) Líder do partido do governo no Japão 

Sanae Kanachi Lider do LDP do Japao  Pool photo by Kim_Kyung-Hoon

Sanae Kanachi foi eleita líder do LDP (Partido Democrático Liberal) líder da coligação que governa actualmente o Japão, com boa probabilidade de ser a próxima primeira-ministra do Japão, um país em que as mulheres têm estado bastante afastadas do poder.

Se bem que eu saúde uma composição equilibrada em todas as instituições da sociedade  dos géneros masculino e feminino, não tenho ilusões sobre as maiores ou menores capacidades de cada género para lugares de governação, o facto de ser homem ou mulher, não afecta a qualidade do desempenho no cargo.

Logo por azar meu esta política japonesa é grande admiradora da Margaret Thatcher uma personagem pela qual sinto grande antipatia devido à forma como governou o Reino Unido enquanto ocupou o cargo de primeira-ministra.

À semelhança de Shinzo Abe, de quem era protegida, Sanae Kanachi também faz visitas frequentes ao santuário Yazukuni onde estão sepultados mortos da guerra incluindo militares condenados por crimes de guerra, actividade que a China considera hostil, devido aos massacres cometidos pelas tropas japonesas em território chinês.

 

3) Aliadas de Trump

Cheguei a pensar em enumerar um conjunto naturalmente desagradável de mulheres aliadas de Trump. Achei depois que não valia a pena, os homens e as mulheres nomeadas por Trump para postos governamentais têm sido igualmente censuráveis, confirmando assim a minha conjectura.

 

4) Zero Mulheres nos EUA em 1964 

Neste post do Paul  Krugman “State Terror, American Style” que recomendo, ao ver o vídeo “Musical Coda” no final do post vi esta foto em que o presidente dos EUA assina o ”Civil Rights Act” em 2/Jul/1964, acompanhado por muita gente em que se destaca o Dr.Martin Luther King. Na imagem vêem-se zero mulheres. As transformações lentas passam muitas vezes despercebidas.




 
 

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