Ontem terça-feira dia 25/Fev/2025 o presidente Marcelo Rebelo de Sousa no palácio de Belém, em resposta a perguntas de jornalistas, manifestou a sua dificuldade em ter uma percepção nítida da posição dos Estados Unidos da América do Norte afirmando:
"Já se percebeu que está difícil de convencer os aliados, ou antigos aliados norte-americanos -- nunca se percebe bem, com esta nova administração -- a participarem nesse esforço de segurança..."
A imagem acima acompanha uma gravação da Antena 1 disponível aqui. Desse sítio reproduzo a transcrição dos comentários do presidente
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O Presidente da República considerou esta terça-feira que "ainda é cedo para se colocar a questão" de um eventual envio de militares para a Ucrânia e referiu que o Governo tem nesta matéria "uma iniciativa fundamental".
Em resposta a perguntas dos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu também que "o envio de forças nacionais destacadas tem de ter parecer do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN)" e acrescentou: "Vamos esperar para ver e depois falaremos".
Questionado sobre um eventual envio de militares portugueses para a Ucrânia, o chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas começou por responder: "É uma questão sobre a qual não me posso pronunciar sem que o CSDN seja ouvido. Vamos ter uma reunião no dia 17 de março, mas ainda é cedo para se colocar a questão".
Sobre as negociações para a paz, o Presidente da República insistiu que tem de ser "uma paz justa, uma paz sustentável e uma paz compreensiva", não pode ser "para de repente avançar e falhar imediatamente", nem pode criar "uma sensação de insegurança na Ucrânia".
"Já se percebeu que está difícil de convencer os aliados, ou antigos aliados norte-americanos -- nunca se percebe bem, com esta nova administração -- a participarem nesse esforço de segurança. Seria só a Europa a participar. E ainda não se percebe sequer se os Estados Unidos (da América) aceitariam ter apoio, fora das fronteiras do território da Ucrânia, em países vizinhos pertencentes à NATO", observou.
Quanto a Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa realçou que o país tem tido uma "contribuição para a segurança na Ucrânia em países vizinhos, em particular na Roménia e Eslováquia", e já manifestou disponibilidade para, "se fosse necessário reforçar essa posição em países vizinhos, com certeza".
"Depois, temos de perceber se a NATO é para levar a sério ou não, porque se a América tem reservas, na prática, em relação ao seu envolvimento quanto à Ucrânia, até que ponto é que isso reforça a NATO ou enfraquece a NATO. E depois, internamente, como disse, aí está uma competência que é uma competência do Governo, com intervenção do CSDN e, naturalmente, com intervenção do Presidente da República", completou.
Quanto ao eventual envio de militares, o Presidente da República referiu que "o Governo é que, naturalmente, tem aí uma iniciativa fundamental, o senhor primeiro-ministro, o senhor ministro da Defesa Nacional".
c/Lusa
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Dado que a frase contendo "...os aliados, ou antigos aliados norte-americanos..." é omitida da reprodução áudio mas mantida na transcrição em texto concluo que a Lusa ou a Antena 1 considerou esta parte do comentário como "off-the-record" ou mais exactamente como "off-the-audio-record" uma vez que foi mantida no texto.
Notar que estes comentários estiveram disponíveis em vários canais de TV e o meu interesse pelo assunto foi ter ouvido num noticiário precisamente este comentário pelo que procurei na net para me certificar que tinha ouvido bem.
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