2024-10-06

Bico-de-lacre

 

No princípio de Setembro/2024 notei um chilreado pouco habitual na Prainha vindo de arbustos ao pé do terraço da nossa casa. Quando uma pessoa se aproximava dos arbustos logo um bando numeroso de passarinhos minúsculos voava para longe como documenta a foto seguinte com umas pequenas silhuetas escuras a voar já longe, visíveis no azul do céu entre o jovem cedro e o pinheiro gigante.
 


Nas aves pequenas predomina o hábito de estarem contantemente a mudar de poiso, tornando a vida mais difícil para os seus predadores e também para fotógrafos lentos para instantâneos como eu, a maior parte das vezes em que vou buscar a máquina fotográfica, quando regresso já as aves se foram embora e mesmo com a máquina ou telemóvel à mão nem sempre tenho sucesso.
Neste caso, em que os passarinhos eram mesmo pequenos, notei que tinham uma côr discreta, entre o cinzento e o castanho claro e um bico notavelmente vermelho.
Usei uma máquina Canon IXUS com algum Zoom para não ter que me aproximar dos passarinhos mas quando tirava as fotos não conseguia ver se estavam incluídas algumas aves ou se iriam ficar apenas arbustos.
Para dar uma ideia da dificuldade mostro uma imagem completa, depois a mesma imagem com as aves marcadas com círculos vermelhos e finalmente a ampliação máxima  


 

 passando a mostrar imagens em ampliação máxima de zonas de fotos com estas aves

 

 

 


 

 

Coloquei esta última no Google Images que me disse logo tratar-se do “Bico-de-lacre” (Estrilda astrild) com entrada na Wikipédia onde revela tratar-se duma ave subsaariana, introduzida em Portugal na década de 80, existindo actualmente em grande quantidade. Foi introduzida no Brasil por marinheiros portugueses na rota da Índia.
 


4 comentários:

João Brisson disse...

Interessante como é variada a passarada junto às nossas casas e a que normalmente não damos atenção
Dizemos que são uns pardais e pronto!

Um pormenor técnico quanto às fotos: como já disse uma vez, o zoom óptico dessa máquina fotográfica dá um pouco mais do que estás a usar, não há que ter receio em chegar ao limite.
Os mitos (urbanos?) sobre não usar todo o zoom disponível "fazer mal" às fotos não passam disso, são mitos que já o eram no tempo da fotografia analógica.
Nota ainda que as óticas da Canon são das melhores, senão as melhores do mercado.

A técnica de depois ampliar é que não vale, vai introduzir "grão" que poderia ser evitado se a foto original tivesse sido obtida e fazer a qualidade decair muito.
Quando muito seria de admitir um programa de qualidade para upscalling (Photoshop não serve, sorry) seguido de recorte.

João Brisson disse...

Correção a um parágrafo

"A técnica de depois ampliar é que não vale, vai introduzir "grão" que leva a que a qualidade caia muito, grão esse que poderia ser evitado se a foto original tivesse sido obtida com o máximo de zoom."

jj.amarante disse...

Nota que neste caso não usei mais zoom porque não conseguia ver onde estavam os passarinhos, excepto numa das fotos em que estão pousados no chão. Assim regulei o zoom para apanhar a totalidade dos aloendros onde, em princípio, eles deveriam estar pois conseguia ouvi-los e doutras vezes vê-los a sair da confusão de folhas.
O meu objectivo não era fotografá-los mas arranjar umas imagens que permitissem ao google identificá-los, o que consegui logo na primeira tentativa em que usei o google imagens.

J Ricardo disse...

Muito interessante JJ, parabéns por este post.