Noutro dia vi um destes navios de cruzeiros a cerca de 1km da Praia da Rocha e interroguei-me sobre quanto seria o calado do navio.
Encaminharam-me para este exemplo de um barco de cruzeiros na Wikipédia com características exteriores parecidas aos grandes barcos deste tipo e constatei que o calado (draught em inglês) era 9,3m.
Depois procurei um diagrama na net de um barco deste tipo e encontrei este
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tracei então umas rectas vermelhas no desenho e fazendo regras de 3 simples constatei que, sendo o calado parecido com os 9,3m do navio referido na Wikipédia de que falei anteriormente, a altura acima da linha de água deste barco, não contando com a chaminé, andará pelos 43m. A parte do convés até ao topo dos 8 andares visíveis andará pelos 25m, o que é consistente com os 3m de altura de um andar.
Nota-se que embora gigante o barco é muito oco.
4 comentários:
Oi, bom dia
As coisas que tu descobres!
O barco de cruzeiro que viste não tinha mais que 7m de calado senão não teria hipótese de manobrar na bacia de manobra do Porto de Portimão
Recomendo a leitura do blog Portimão Cruises (Portimaocruises.blog spot.com) e respetiva página do Facebook e a consulta de VesselFinder.com .
A Wikipédia tem depois excelentes páginas específicas de muitos desses navios
Talvez tivesse mais calado porque além de o ter visto apenas a 1km da praia vi ao mesmo tempo duas embarcações, uma a afastar-se do barco e outra a aproximar-se, o que me levou a conjecturar que seriam vai-véns para o porto de Portimão, vai-véns a que se costuma recorrer quando não é possível atracar no porto.
Alémm disso, demos de manhã uma volta pela passadeira que vai da praia dos 3 irmãos até quase à Restinga e no regresso, talvez em frente do hotel D.João II ou da Barca de Alvor notámos uma "excrescência estranha" ao lado dos rochedos que entram pelo mar depois dos 3 irmãos, parecia um bocado de um prédio de andares de cor branca. Não fomos ver o que era mas quando chegámos à Pª.Rocha e vimos o navio de cruzeiros achámos que era o que tínhamos visto.
Verifiquei agora no Google Earth onde deveria estar o barco fundeado e em vez de 1km deveria estar a uns 2 km da praia, do sítio da praia onde chega o mar entre duas marés.
O que mais me intriga nestes monstros flutuantes é como conseguem um centro de massa abaixo da linha de água para garantir a estabilidade do navio, dada a desproporção entre a parte submersa do navio e altura da estrutura fora de água. É evidente que todos os equipamentos pesados tal como motores, geradores, tratamentos de águas limpas e de esgotos dessalinização, ar condicionado, lavandarias, cozinhas frigoríficos devem estar nos andares inferiores, caso contrário na primeira borrasca e apesar dos estabilizadores dinâmico o navio virava sem apelo nem agravo.
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