2023-11-16

Entrevista de Dominique de Villepin sobre a Guerra de Gaza

 

Passei por esta entrevista feita a Dominique de Villepin,  que entre outros cargos foi primeiro-ministro de França de Maio/2005 a Março/2007 e Ministro dos Negócios Estrangeiros de Maio/2002 a Mar/2004.

A entrevista em francês dura 20 minutos. Existe uma transcrição em inglês aqui.

Gostei do diálogo vivo entre ele e a entrevistadora, dizendo de forma eloquente o que tenho vindo a pensar sobre este tema:

- que o ataque do Hamas a Israel em 7/Out/2023 foi um acto terrorista horrendo sem justificação;

- que Israel tem direito a defender-se e a evitar novos actos terroristas;

- que a intervenção de Israel em Gaza até hoje, 16/Nov/2023, já há muito tempo que ultrapassou tudo o que seria razoável deixando de ser legítima;

- que a guerra pode ser inevitável mas a Segurança só se obtém com soluções Justas.

 

Em 14/Fev/2003 Villepin fez uma intervenção no Conselho de Segurança da ONU defendendo que, de acordo com as informações prestadas por Hans Blix e ElBaradei, as inspecções realizadas no Iraque e acções correctivas estavam a progredir de forma satisfatória, não estando ainda esgotadas as possibilidades de melhoria da situação nesse país, pelo que seria prematura uma acção militar. 

Na Wikipédia tem uma entrada sobre "United Nations Security Council and the Iraq War", iniciada em Março de 2003 pelos EUA e outros países sem aprovação da ONU.



2 comentários:

JMiguel disse...

Fabuloso! Muito obrigado pela partilha desta preciosidade. Tive muita dificuldade em aprender Francês, mas quando oiço a Carmen, leio Banda Desenhada francófona ou sigo uma explanação destas, acho que foi um investimento muito compensador. Tenho fome e sede de ideias, isto foi um banquete!

jj.amarante disse...

Transcrição dum email que recebi:
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Muito bom! A eloquência típica do discurso público francês, firmes convicções expostas de forma assertiva mas sem agressividade, algumas ideias fora-da-caixa, como, por exemplo, o convite ao "ocidentalismo" se abrir mais a colaborações vindas de outros quadrantes, um
raciocínio fluente, imperturbado pelas interrupções ,às vezes demasiado "veementes" de Apolline, a entrevistadora. Um Dominique de Villepin em grande forma!
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