2022-04-25

Mais subsídios para as centrais nucleares dos E.U.A., 6 biliões de USD

 

Vi no jornal Expresso da passada sexta-feira que o governo dos EUA vai mais uma vez subsidiar as centrais nucleares do país pois, sendo economicamente não competitivas, precisam destes subsídios para continuarem a funcionar.

Desta vez o subsídio será de 6 biliões (10 à nona) de dólares como se constata aqui. Como comparação,  a  verba total do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência da União Europeia) para Portugal, não incluindo empréstimo do banco de fomento será de cerca de 14000 milhões de euros, aproximadamente 15 biliões de dólares.

Noutros casos dir-se-ia que quando o mercado condena qualquer actividade ela deve terminar, não deve subsistir à custa do dinheiro dos contribuintes.

Mas é claro que essa argumentação é para ingénuos, as potências nucleares não podem prescindir das suas centrais com este tipo de tecnologia, como se constatou recentemente com centrais nucleares do Reino Unido, que devem a sua existência a forte subsidiação estatal.

No caso do Reino Unido alguém mais distraído permitiu que uma empresa chinesa participasse na construção de uma nova central nuclear na Grã-Bretanha e estão agora a ver se conseguem retirar essa empresa da actividade construtiva sem  pagar multas consideráveis.

E a propósito recordo esta citação

«
The American political system is not that democratic, or at least not that populist. The fact that tax subsidies tend to be targeted on particular activities means that a proposal to eliminate a tax subsidy catalyzes interest-group opposition, often formidable since if the interest group were weak, the tax subsidy would not have been legislated in the first place. Tax subsidies are eliminated from time to time, and it would be interesting to speculate on the conditions that make that possible, but I will not attempt that here.
»

que fiz neste post.


1 comentário:

Miguel disse...

No momento em que, globalmente, a produção de energia der prejuízo, qualquer governo será obrigado a subvencionar a sua produção visto que sem energia abundante o resto da economia pára/colapsa.