2022-01-02

O Expresso à sexta-feira, Raul Solnado e a tosse


Ao ler no Jornal Expresso, que saiu excepcionalmente na 5ª feira dia 30/Dez/2021, as frases:  “A partir da primeira edição do ano o Expresso passará a ser publicado à sexta-feira, respondendo à alteração dos hábitos de consumo dos leitores. Uma alteração que também foi solicitada pelos pontos de venda, permitindo maior tempo de exposição  em banca.” lembrei-me dum espectáculo de comédia do Raul Solnado em que dizia ter ido ao médico que lhe pedira repetidas vezes para tossir concluindo logo a seguir que o que ele tinha era tosse.

Eu achava a saída ao Sábado bem adaptada para a rotina de quem trabalha cinco dias por semana e faz uma pausa durante o fim-de-semana, mesmo agora que estou reformado prefiro a saída ao Sábado pois a saída á sexta-feira, devida aos períodos de confinamento, baralhava-me um bocado pensando ao Sábado que já estava no Domingo, tendo ficado satisfeito quando regressou a saída ao Sábado.

Uma boa razão para a mudança seria a adopção pelo jornal Expresso duma semana de 4 dias de trabalho e 3 dias de descanso iniciados na 6ª feira, dando um bom exemplo ao resto das empresas portuguesas, mas não me parece que isso possa ter a adesão dum maior que minúsculo conjunto de responsáveis pelo jornal.

Havendo actualmente tanto comércio aberto ao fim-de-semana não vejo também qual a vantagem de começar por ter o jornal nas bancas às sextas-feiras quando quem trabalha não tem tempo para o ler.

Vou assim enviar este texto ao jornal Expresso solicitando que regressem à saida ao Sábado, exortando os leitores que prefiram este dia a fazerem o mesmo.



2 comentários:

Unknown disse...

Para mim está bem a sexta ou o sábado, pois já me curei da expresso dependência. Consigo o código na revista de economia para ter acesso a dois ou três comentaristas que me interessam.

M.A.Amarante disse...

Recordo-me que a saída do Expresso à sexta-feira se iniciou num período de fortes restrições horárias impostas ao comércio durante o fim-de semana o que conduzia a grandes aglomerados e filas de espera, claramente indesejáveis durante um momento crítico da pandemia. Passada essa fase mais problemática,o hábito ainda continuou durante algum tempo, depois voltou-se ao antigo dia de sábado e, em nova reviravolta, desencantou-se um argumentário um tanto inconsequente como tu bem apontas...