Uma das coisas que eu tinha curiosidade de ver ao vivo no Irão eram as torres para captar o vento (badgirs), referidas em muitos artigos sobre arquitectura bem adaptada ao clima, como estas que vi em Yazd, uma cidade no deserto, como a maioria das cidades no Irão, país que me pareceu ser um arquipélago de oásis.
No Ocidente, no terceiro quartel do século XX, a abundância de energia eléctrica muito barata, levou os arquitectos a ignorar os elementos do projecto dos edifícios que asseguravam conforto térmico sem grande gasto de energia, adoptando as fachadas de vidro que, concretizando o sonho de deixar passar o máximo de luz possível, como se tentou tanto nas paredes das catedrais do norte da Europa, eram muito gastadoras de energia neste Portugal cheio de sol.
Estas torres cujo funcionamento está descrito aqui em inglês e ali em espanhol, fazem passar o ar por uma superfície com água, para refrescar o interior das casas durante os Verões em que ocorrem sempre temperaturas muito elevadas. Em Yazd, por exemplo, estão agora temperaturas parecidas às de Lisboa, com máximas nos 34-35ºC e mínimas nos 20ºC.
Mas enquanto nós destruímos o efeito refrescante das varandas, que no Verão criavam sombra nas janelas e paredes, para colocar as marquises que fazem efeito de estufa, tornando as casas muito mais quentes, os iranianos do centro de Yazd parecem melhor preparados para afrontar estes calores, mantendo ainda algumas torres para captar o vento no centro histórico da cidade.
Finalizo com a vista por baixo de uma destas torres, num hotel de charme construído a partir de uma adaptação de uma casa antiga.
No Ocidente, no terceiro quartel do século XX, a abundância de energia eléctrica muito barata, levou os arquitectos a ignorar os elementos do projecto dos edifícios que asseguravam conforto térmico sem grande gasto de energia, adoptando as fachadas de vidro que, concretizando o sonho de deixar passar o máximo de luz possível, como se tentou tanto nas paredes das catedrais do norte da Europa, eram muito gastadoras de energia neste Portugal cheio de sol.
Estas torres cujo funcionamento está descrito aqui em inglês e ali em espanhol, fazem passar o ar por uma superfície com água, para refrescar o interior das casas durante os Verões em que ocorrem sempre temperaturas muito elevadas. Em Yazd, por exemplo, estão agora temperaturas parecidas às de Lisboa, com máximas nos 34-35ºC e mínimas nos 20ºC.
Mas enquanto nós destruímos o efeito refrescante das varandas, que no Verão criavam sombra nas janelas e paredes, para colocar as marquises que fazem efeito de estufa, tornando as casas muito mais quentes, os iranianos do centro de Yazd parecem melhor preparados para afrontar estes calores, mantendo ainda algumas torres para captar o vento no centro histórico da cidade.
Finalizo com a vista por baixo de uma destas torres, num hotel de charme construído a partir de uma adaptação de uma casa antiga.
4 comentários:
Além de excelente ideia, são muito decorativas, Jj.
Muito interessante! Gostei de conhecer.
Esta não tem agua ou esta numa posição que não se consegue ver?
Anonimo: a água quando existe não se consegue ver do exterior. Na entrada da wikipédia que refiro no post tem uns diagramas explicativos.
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