O Irão situa-se na maior parte num planalto a uma altitude de 1200m. Com uma superfície enorme de 1.600.000 km2 (mais de 17 vezes maior que Portugal) tem 70 milhões de habitantes (apenas 7 vezes mais do que os Portugueses).
Cai pouca chuva na maior parte do território, com as excepções de uma faixa no Norte e outra no Oeste. As montanhas altas existentes, que chegam a ultrapassar os 5000m de altitude, criam condições favoráveis a alguma chuva e neve que se infiltra no solo criando lençóis freáticos nos sopés da montanhas, onde se estabelecem as aldeias, as vilas e as cidades, presumo que dependendo da abundância da água.
Os rios são raros, assumindo a forma do nosso “Basófias”, o Mondego, assim chamado pelo seu enorme leito de cheia por onde muitas vezes corre apenas um fiozinho de água.
Na cidade de Isfahan passa o rio Zayandeh, cujo nome significa “fonte da vida”, o maior rio do planalto central do Irão, nascendo nos montes Zagros e desaguando no deserto Kavir.
O caudal anual médio deste rio é 38 m3/s (metros cúbicos por segundo). Em comparação, o rio Mondego tem um caudal anual médio de 108 m3/s enquanto o Douro tem 714 m3/s.
A água é portanto aqui um líquido muito mais precioso do que em muitas outras partes do mundo e as pontes de Isfahan não são apenas um local de passagem de uma margem para a outra mas também um local de lazer, de frescura e de contemplação da fonte da vida.
Esta foi a minha primeira vista da ponte Khaju, construída por volta de 1650, no seu lado ensolarado
e esta é uma vista da mesma ponte do seu lado à sombra, não deixando dúvidas sobre as preferências dos iranianos entre o sol e a sombra
enquanto por baixo dos arcos da ponte existem plataformas onde colocam os tapetes persas para fazer piqueniques,
num local de ainda maior frescura onde se ouve o ruído tranquilizador da água que corre em abundância.
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