Os leitores mais assíduos talvez achem excessivo o meu interesse por sinos. Na altura em que fotografei este, em Julho de 1990 no Grande Palácio de Bangkok, ainda não teria lido o Amin Maalouf, mas serve-me agora como mais uma prova que os sinos não são essencialmente cristãos.
A imagem ficou sem contexto e já não me lembro da escala da construção, inclino-me para que o sino tivesse um pouco menos de um metro de altura.
Acho a torre muito bonita e elegante, com uma decoração a um tempo exuberante e discreta.
Lembrei-me deste sino por ter achado infeliz a intervenção recente do deputado Paulo Rangel no Parlamento Europeu sobre eventuais problemas na vida política portuguesa relativos à tentativa de controle de meios de comunicação social. Se esses problemas existem não têm dimensão que justifique uma ajuda da União Europeia para os resolver. O pedido de ajuda externa para resolver conflitos que deveriam ser resolvidos internamente é o caminho para a perda da independência.
A Tailândia foi o único país da sua região que nunca foi colonizado.
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3 comentários:
O sino é lindíssimo, JJ.
Sobre a parte final do «post», diria que:
1- Não estou segura do que seja, actualmente, a nossa independência, falando em termos práticos;
2- Já não será a primeira vez (historicamente falando) que pedimos «ajuda» exterior para a resolução de problemas internos, sem perda de independência, digamos assim;
3- Também não gosto nada da exposição internacional que estão tendo os nossos problemas internos. Mas se não somos capazes de os resolver…
:-)
Luísa, ponto por ponto:
1- um dos termos práticos é não se ter que ler os Reales Decretos, que são muitos e todos escritos em Castelhano;
2- é verdade, até gerimos essa ajuda com bastante mestria, embora tenha havido uma regência inglesa que não se queria ir embora. Mas recorremos a ela em situações difíceis, não foi pelo disse que disse no restaurante do hotel Tivoli;
3- eu acho que é cedo para desistir.
o sino até é bonito.
A nossa democracia nunca foi posta tanto em causa como agora.A tentativa de controlar a comunicação para que o povo não seja informado da situação do país e para conduzir o povo para a "boca do lobo" nas eleições é grave e merece os comentarios que se fazem no exterior do país.Portugal não quer ser a União Soviética ou quer?
R.M.
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