2009-10-10
Ciprestes antigos
Achei o ambiente dentro da Cidade Proibida um bocado claustrofóbico. Havia pátios a que se seguiam outros pátios seguidos por mais pátios, ligados por corredores labirínticos onde era impossível ter uma ideia do conjunto.
Disse-me uma vez um chinês que vivia em Macau, que não existia na China nada de equivalente à nossa “obsessão” com o mar e com a vista (desafogada) para o mar. Para os chineses a terra era mais importante.
Os pavilhões que umas vezes limitavam os pátios, outras vezes pareciam servir para dar acesso a outros pátios, tinham uma construção rectangular uniforme, distinguindo-se mais pela decoração, quer exterior quer interior, embora esta nem sempre estivesse acessível às enormes multidões de turistas, quase exclusivamente chineses.
A certa altura encontrámos um pequeno jardim, com umas pedras de formas caprichosas, muito apreciadas pelos chineses mas que não me apetece mostrar e umas árvores com uns troncos cheios de nós e de texturas sinuosas que achei notáveis.
Teriam trezentos ou quatrocentos anos e mostraram-me que afinal algumas das pinturas chinesas de árvores eram realistas e não fantasiosas como eu pensava.
Tenho estado aqui a escrever porque o enquadramento da imagem à esquerda ficou muito delgado e era preciso preencher este espaço do lado direito com texto.
Na foto seguinte cortei no enquadramento a multidão de visitantes, deixando assim contemplar as árvores num ambiente tranquilo semelhante ao que existiria aqui quando a Cidade era Proibida e não andavam por este jardim muitos cortesãos.
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3 comentários:
Que árvores fantásticas!
É interessante a preferência chinesa pelas vistas de terra, opondo-se à nossa "obsessão" com o mar. Isso explica muita coisa nas respectivas Histórias. Ou será que é explicado por elas?
Deve haver um reforço mútuo, numa cadeia de galinha e ovo.
Os ovos reproduzem-se por meio de galinhas.
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