Também detesto praxes. Quando entrei no Instituto Superior Técnico em Lisboa, no ano longínquo de 1966, existia uma semana de recepção ao caloiro, para ajudar a integrar os caloiros no novo ambiente. Faziam umas palestras e havia uns “convívios”, em que tocavam música nas instalações da Associação de Estudantes que se convertiam numa espécie de discoteca. Não era grande coisa mas os colegas mais velhos mostravam boa vontade e não havia qualquer espécie de praxe.
Considero que todas as tradições têm que ser justificadas, uma prática não se pode justificar pelo simples facto de ter sido executada uma ou muitas vezes mas neste caso nem sequer existe tradição em Lisboa e julgo que tão pouco no Porto. Eu associava a praxe à parte reaccionária e tradicionalista da Universidade de Coimbra que entretanto julgo que a aboliu na crise de 1969.
O elogio que fiz da cópia no post anterior não inclui a cópia acrítica de práticas abusivas da nossa dignidade.
Detesto tanto as praxes que nem consigo lembrar-me de uma imagem alusiva ao tema.
Detesto praxes.
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