No post anterior quebrei uma regra muito rígida da pintura egípcia ao representar o olho visto de lado em vez de visto de frente.
A versão tradicional parece incluir mais o espectador na cena da imagem, a rainha parece estar a olhar para o lado e ao mesmo tempo para o espectador, enquanto na versão alterada a Nofretari ignora o espectador completamente.
Surpreende-me que uma representação tão pouco natural seja tão bem aceite pelo nosso cérebro.
Surpreende-me também que este estilo tenha persistido durante tanto tempo com tão poucas mudanças quando, como acabei de mostrar, era tão fácil experimentar pequenas variações.
Continuo a mostrar pinturas do túmulo da rainha Nofretari, desta vez a rainha e ao lado a Isis e o Deus Ra (Sol) com uma cabeça de carneiro.
As explicações sobre o significado das figuras deixa-me sempre um bocado insatisfeito achando que é raro elas fazerem algum sentido.
La Palisse: é por estas imagens não fazerem sentido para ninguém actualmente vivo que esta civilização está extinta.
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3 comentários:
Essa pergunta "porque é que não ocorreu a ninguém mudar a forma dos olhos?" lembra-me algo que me surpreendeu na China: as aguarelas são muitas vezes cópias de aguarelas dos mestres antigos.
Talvez no Eipto fosse a mesma coisa? Alguém definiu a norma, e todos faziam da mesma forma? Talvez o pintor fosse mais um artesão que um artista independente?
não é Rá é osiris com a coroa de hathor.
Na verdade ambos estão errados, neta imagem Isis e Neftis adoram o deus Osíris mumificado com a"cabeça de carneiro" e o disco acima em referência ao deus Rá.
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