Na passada sexta-feira, dia 27/Jun/2024 o Conselho Europeu
- elegeu António Costa para presidente deste Conselho de 1/Dez/2024 até 31/Mai/2027;
- propôs Ursula van der Leyen ao Parlamento Europeu como candidata a Presidente da Comissão Europeia;
- considerou Kaja Kallas a candidata adequada para Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros, sujeita à concordância da Presidente-eleita da Comissão.
Achei interessantes as diferenças da situação profissional de cada um dos escolhidos.
António Costa era um ex-primeiro ministro actualmente "desempregado" e com um inquérito em curso a decorrer pelo inefável MP (Ministério Público) de Portugal cuja Procuradora, alegadamente receosa de ser censurada no futuro de tentar proteger o primeiro-ministro de Portugal, decidiu tornar pública a existência desse inquérito considerando assim mais importante a sua segurança profissional do que a governação do país. Felizmente os políticos europeus desvalorizaram a existência do inquérito do MP de Potugal. Na sua coluna do jornal Expresso de 28/Jun/2024 Luís Aguiar-Conraria considera que os políticos portugueses deveriam seguir o exemplo dos políticos europeus e passar a ignorar as fugas ao segredo de justiça tornando pública a existência de inquéritos enquanto o MP não solicitasse ao político a prestação de esclarecimentos sobre factos concretos, enquanto não houverem alterações substanciais pondo ordem na casa do MP. A eleição de António Costa representa o reconhecimento da sua capacidade de realizar consensos, pom provas dadas quer em Portugal quer na União Europeia. Como único contratempo teve a redução do mandato habitual de 5 anos para este cargo para apenas 2 anos e meio mas é possivel que volte a ser eleito para os seguintes dois anos e meio.
Ursula von der Leyen está numa situação diferente pois luta por continuar no lugar que ocupou durante os últimos 5 anos. Ainda está dependente de votação favorável no Parlamento Europeu mas certamente tem trabalhado para garantir esse apoio.
Kaja Kallas, abadonou o cargo de primeira-ministra da Estónia para esta espinhosa missão de representar uma União de Estados que têm grandes diferenças nas suas políticas de Negócios Estrangeiros. Ursula von der Leyen dará a sua concordância a esta polítca da Estónia caso seja confirmada pelo Parlamento Europeu mas, caso isso não suceda, pode acontecer que a nova presidente-eleita tenha alguma incompatibilidade com esta estónia.
Gostei desta imagem que fui buscar ao post "Costa no triângulo europeu"
em que este trio de escolhidos pelo Conselho Europeu revela grande empatia, é provável que formem uma boa equipa.
Depois tirei mais dois instatâneos do filme que ia passando na CNN enquanto o embaixador Seixas da Costa afirmava: "António Costa vai passar a ser a voz da Europa":
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