2024-07-22

Candeeiro(s)



No aldeamento da Prainha a iluminação público-privada é feita com candeeiros de gesso, uns suportados em colunas estreitas revestidas com gesso e outros suspensos nalgum ferro espetado numa parede sempre branca, cor obrigatória nas paredes exteriores de todas as casas.

Por cima da porta de entrada de cada moradia também costuma existir um candeeiro de parede e a minha não é excepção. Em Maio/2020 surpreendi uma andorinha tentando fazer um ninho apoiando-se oportunisticamente na cobertura do candeiro para fazer o ninho até ao tecto que protege a porta de entrada.

Na figura da esquerda vê-se o candeeiro ainda um pouco sujo com os restos nele deixados, quando foi interrompida a tentativa de apropriação do espaço pela andorinha, enquanto na figura da direita se vê a adaptação que fiz com papel de embrulho pardo aplicado sobre o candeeiro, para que o local deixasse de ser vantajoso para construção de ninho de andorinha.   


O papel pardo fez bem a sua missão, perdendo tão só a sua cor original durante 4 anos, sendo apenas suprimido numa pintura exterior da moradia executada em Maio /2024, não tendo eu reposto outro papel pardo no mesmo lugar, na esperança que a andorinha , ou uma andorinha sua amiga, já se tivesse esquecido da oportunidade criada por este candeeiro muito próximo de um tecto.

Infelizmente em Julho/2024 uma andorinha voltou a iniciar a construção dum ninho sobre o mesmo candeeiro com o resultado que desta vez fotografei, fora do local, aplicando depois o papel pardo como anteriormente como se vê na figura do lado
  


O leitor mais atento terá reparado que a inclinação do telhado é diferente no primeiro e no segundo par de fotos que deste post. A entrada desta moradia faz-se por um átrio ao ar livre em que existem não uma mas duas portas, a do lado esquerdo dá acesso à parte principal da moradia enquanto a do lado direito dá acesso a um designado “anexo”, estando ambas as portas debaixo dum alpendre que protege os entrantes nas raras ocasiões em que chove. A existência de duas portas trata-se duma idiossincrasia arquitectónica para a qual, passados vários anos, ainda não encontrei explicação.

Apliquei esta solução do papel pardo aos candeeiros de ambas as portas mas coloquei mal um dos candeeiros no suporte metálico, facto de que apenas tomei conhecimento quando regressei da praia e vi os cacos brancos de gesso espalhados pelo chão do que tinha sido um candeeiro de parede sobre uma porta.

  

Indicaram-me uma loja na estrada N125 em Lagoa que vende candeeiros deste tipo, além de olaria esmaltada (ou não), azulejos e outros tipos de cerâmica.

Disseram-me nessa loja  que não tinham candeeiros iguais ao que se partira, que teria sido fabricado por alguém próximo de Aljezur que saíra da actividade, sugerindo este modelo mostrado na foto aqui ao lado, com sugestões vagamente antropomórficas, que comprei (por apenas 11€) e confirmei posteriormente ser idêntico a outro candeeiro de parede sobre uma porta da casa que dá para um terraço, indiciando quebra de outros candeeiros de parede na minha casa quando era de outros proprietários.

A perspectiva de ter que proteger também o novo candeeiro das andorinhas em fase nidificante levou-me a pensar numa alternativa a este tipo de candeeiros que, embora engraçados por recordarem formas de chaminés algarvias, acabam por ser fracos quer para lâmpadas opalinas modernas quer para outras lâmpadas.



Possivelmente farei outro post sobre este momentoso problema de candeeiros não completamente satisfatórios, uma vez que as peripécias da política dos Estados Unidos da América, da guerra de invasão da Ucrânia pela Rússia, dos massacres de civis por Israel em Gaza retaliatórios do acto terrorista do Hamas no Sul de Israel em Out/2023 e das negociações em Portugal sobre o Orçamento para 2025 têm sido amplamemnte noticiadas e comentadas.
 




1 comentário:

João Brisson disse...

Cuidado com o IRA (Intervenção e Resgate Animal)
E com a PGR uma v ez que publicamente admites ter cometido uma infração à proteção ambiental