Anteontem ao fim da tarde, quando durante um período curto entra um raio de sol por uma janela da sala tipo fresta, orientada a poente, tive a oportunidade de tirar esta foto.
Pensei que não se tratava duma Natureza morta pois dessa qualidade apenas tinha o pot-pouri dentro da tigela do lado esquerdo. Depois reparei que a madeira das superfícies horizontais já fizera parte de uma planta viva.
A cena ainda contém um vaso cerâmico chinês com uma planta viva, contrariando a classificação de Natureza morta.
Os diversos objectos metálicos. de vidro de porcelana, de acrílico e de nylon não estão vivos nem mortos, são produtos naturais inanimados porque foram produzidos por vários animais da espécie homo sapiens.
Todos eles se movem pouco, donde a classificação de Natureza Quase Estacionária, possivelmente uma deformação de engenheiro electrotécnico habituado ao estudo de sistemas eléctricos também denominados quase-estacionários.
Além de gostar das formas dos objectos da imagem aprecio a forma como alguns dos objectos, designadamente a cópia que fiz duma escultura do Naum Gabo, que já mostrei noutros posts, irradia a luz que a atravessa, bem como a taça com tampa de vidro vermelho que tinge a escultura e a sua base, e que mostrei aqui menos iluminada.
1 comentário:
apreciei a fotografia, principalmente do ponto de vista estético e por ter começado a ser olhada como uma natureza morta, que afinal também continha vida, salientando a dificuldade de separar duas realidades que têm sempre que ser vistas em conjunto.
Enviar um comentário