De vez em quando na viagem de Lisboa para Portimão, como desta vez em Julho/2022, saio da A2 em São Bartolomeu de Messines e vou pela estrada antiga (N124) para passar por Silves e gozar entretanto da vista panorâmica em direcção ao Sul duma encosta algarvia suave, de culturas variadas, quase até ao mar, de que mostro duas imagens
Estas duas fotos foram tiradas na estrada N124, no troço entre Messines e Silves: 37º14'20.13"N, 8º19'35.77"W ou 37.238925, -8.326603, e retoquei-as retirando uns cabos pretos, provavelmente de telecomunicações para melhorar o acesso à internet e à TV por Cabo, que estragavam o céu azul
Trata-se duma zona, como afinal tantas outras em Portugal, onde se notam investimentos recentes em explorações agrícolas, é animador constatar que o país não vai acabar já.
Quando comecei a fazer este post considerei que os serviços de localização do meu telemóvel estavam desligados como habitualmente mas, como gostaria de indicar ao leitor as coordenadas do local em que as fotos tinham sido tiradas, usei o GoogleMaps e o GoogleEarth para esse efeito.
Na segunda imagem deste post aparecem do lado direito um conjunto de árvores bem desenvolvidas parecendo oliveiras e do lado esquerdo da imagem aparecem várias fiadas de plantas jovens que lá ao fundo viram para a direita
Na imagem seguinte convenci-me que no sítio da N124 marcado com um pequeno quadrado azul (uma paragem de autocarro) poderia ser um bom candidato, com árvores do lado direito e um conjunto de filas de pequenas plantas quase perpendiculares à estrada e que lá ao fundo viram para a direita do fotógrafo
Vendo esta imagem no máximo da resolução constata-se no canto superior esquerdo que foi tirada em Maio/2021.
Procurando o “Street view” (Vista de rua) no Google Maps obtive esta imagem do mesmo ponto, que se constata ter sido obtida em Maio/2018. No Google Earth tem exactamente a mesma imagem, também com a data de Maio/2018.
Isto quer dizer que, como seria de esperar as datas das “Vistas de Rua” e das “Vistas de Satélite” serão habitualmente diferentes. Por outro lado constata-se que a lentidão da vida no campo e a imutabilidade das vistas campestres acabam por não ser tão imutáveis como os urbanitas têm tendência para pensar pois nesta altura as fiadas de árvores jovens ainda não tinham sido plantadas.
Deslocando o ponto de vista da rua um pouco mais em relação a Messines obtive outra vista de rua
onde aparecem umas pedras grandes que também surgem na primeira foto deste post. Nessa primeira foto é visível do lado esquerdo um monte e no horizonte dois montes um pouco mais à direita. Na foto do satélite nota-se que existe um amontoado de pedras (faixa mais clara do terreno) ao pé da estrada no local da paragem do autocarro
Mostro a seguir para comparação a imagem original, que reenquadrei e onde apaguei os cabos de telecomunicações que perturbavam a vista do céu, clonando o céu na sua proximidade, obtendo a primeira imagem deste post. A presença destes cabos irritantes acabou por servir para mais uma confirmação do local.
No fim lembrei-me que tirara as fotos iniciais deste post numa viagem de Lisboa para o Algarve, em que fizera um desvio para visitar a basílica real de Castro Verde (infelizmente fechada para obras), e que ligara os serviços de localização nessa altura. Dado que me costumo esquecer de desligar os serviços de localização durante algum tempo fui verificar se as fotos tinham a localização geográfica, constatando que sim.
As coordenadas da primeira foto deste post são 37º 14’ 19.42”N , 8º 19’ 36.88”W enquanto as da segunda são 37º 14’ 19.42”N , 8º 19’ 36.90”W, esta última mais longe de Messines, confirmando cabalmente o lugar encontrado com a ajuda do Google Maps e do Google Earth.