A adopção de energias renováveis como a solar e a eólica que são distribuídas pelos diversos países de forma menos concentrada do que os combustíveis fósseis devem levar a uma situação de menor dependência num pequeno número de países como acontece actualmente.
Porém, quer a transição quer a situação de neutralidade carbónica trarão novos problemas, talvez menores do que os actuais, mas mesmo assim muito desafiantes.
Gostei deste artigo da revista Foreign Affairs intitulado "Green Upheaval: The New Geopolitics of Energy", prevendo que a transição será bastante complicada. Eu diria também que tempos felizes aguardam as empresas de Consultoria.
1 comentário:
Nunca se fez uma transiçao energética, apenas se acrescentaram novas fontes de energia às que já existiam. Por exemplo, hoje queima-se muito mais carvão do que se queimava no sec. XIX: não passámos do carvão para o petróleo, acrescantámos o último ao primeiro. A escala da mudança é incomparável com o que quer que se queira comparar no passado. A diferença deve ser bastante superior a uma ordem de grandeza: de muitas centenas de milhões para vários milhares de milhões de pessoas com um aumento per capita que não anda pela mesma ordem de grandeza. (5-10)*(5-10)=25-100. Mesmo que se aposte na fissão nuclear durante um período transitório (50 anos?) até chegar à fusão, não há qualquer possibilidade de transição sem uma diminuição acentuada no consumo energético per capita, e nemm sequer falo de outras matérias-primas. Temo que os custos das renováveis estejam muito sub-avaliados tendo em conta que actualmente são produzidos à custa de combustíveis fósseis., pelo que quando tiverem de ser auto-suficientes a coisa complicar-se-á. É fácil fazer um moinho ou um painel, o problema é fazê-lo à escala necessária e sem recurso a combustíveis fósseis. Tendo em conta a realidade política temo muito que se irá queimar o petróleo até à última gota, já nem falo do carvão... e ver-se-á o que fazer de=pois. Oxalá me engane!
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