Com votos de Bom Ano Novo e Passagem de Ano Feliz, possível, já que é muito breve, como este Raio de Sol sobre a jarra
e detalhe da mesma foto
Com votos de Bom Ano Novo e Passagem de Ano Feliz, possível, já que é muito breve, como este Raio de Sol sobre a jarra
e detalhe da mesma foto
Nesta altura do ano em que tradicionalmente se fazem votos de Feliz Natal e Bom Ano Novo costumo hesitar na escolha de uma imagem alusiva à época.
Continuo fascinado pela arte bizantina, com a sua ortodoxia de regras que, não devendo ser observadas em todas as obras de arte, fornecem um universo muito característico, limitado mas com algum espaço para a criação.
Neste caso seleccionei um ícone representando a Nossa Senhora com o Menino Jesus que vi em 2019 no Mosteiro da Santíssima Trindade – São Sérgio, na povoação de Serguiev Posad, uns 70km a Nordeste de Moscovo, mosteiro importante da igreja ortodoxa russa, com as atribulações típicas (destruição de obras de arte, de recheios de edificios e dos próprios edifícios, instalação de instituições laicas e proibição de celebrações religiosas, expulsão, degredo e execução de monges) das instituições religiosas após a revolução comunista e o regresso às tradições seculares após o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, ou talvez um pouco antes.
Existem três dificuldades típicas nestes ícones constituídos por mosaicos (Tesserae) causando a presença de reflexos que estragam as fotografias:
- os reflexos das luzes das janelas que ocorrem num subconjunto pequeno dos mosaicos devido a superfície do ícone não ser completamente plana e que aparecem e desaparecem conforme a posição do observador, pequenos movimentos da cabeça podem eliminar reflexos da parte em que se está a concentrar a atenção deste;
- os reflexos das velas que os ícones “atraem” para ficar à sua frente, como cumprimento de promessas feitas à figura dos ícones, numa forma tolerada de tráfico de favores com os intercessores junto da divindade; as luzes bruxeleantes das velas até poderão dar alguma animação ao ícone, aparecendo pontos brilhantes que surgem e se extinguem mas, nas fotografias, ficam pontos sobreexpostos para sempre;
- a presença de castiçais naturalmente opacos que tapam parcialmente o ícone.
Nas 3 imagens que seguem, tiradas com curtos intervalos de tempo entre elas,
aparece uma quarta dificuldade que são as pessoas que vão beijar o ícone ou que vão colocar velas, mas normalmente basta esperar um pouco para o ícone ficar desimpedido. Neste caso, como fotografei do lado esquerdo do ícone e depois do lado direito, sem ter uma vista frontal, julgo que foi para tirar as velas do enquadramento.
Seguidamente usei o programa Photoimpact 4.2 de 1997 para “rectificar” a imagem, anulando o efeito do plano do sensor não ser paralelo ao plano do ícone.
Então pensei que seria possível que nas correcções tivesse alterado a relação entre a altura e a largura da imagem e dada a dificuldade em encontrar uma imagem na internet deste ícone pensei que o halo da Virgem teria sido feito com cuidado para ser um círculo quase perfeito, pelo que coloquei a imagem num PowerPoint com um círculo transparente sobreposto, constatando que a altura estava inferior ao original:
O Natal que se aproxima será mais parecido com os de antes da pandemia mas ainda incompletamente normal.
Existem razões para acreditar que 2022 será melhor do que 2021.
Para os mais preguiçosos o número que representa o ano na era cristã é auspicioso pois apenas será preciso carregar em duas teclas, a do "2" e a do "0" para se compor o número, enquanto na maioria dos casos deste é preciso usar 4 teclas.
Atendendo ao excesso de ruído que nos rodeia, de que o parágrafo anterior será um modesto exemplo de irrelevância, escolhi como imagem alusiva à época um ícone da Nossa Senhora dita do Silêncio mais o Menino Jesus, que encontrei no Mosteiro da Trindade - São Sérgio em Sergiev Posad, a 70km a nordeste de Moscovo, onde hoje as temperaturas são Máxima: -9ºC, Mínima: -22~ºC.
Esta viúva, que viveu durante algum tempo na Rússia, foi-se aproximando da ideologia leninista e do Partido Comunista Chinês sendo frequentemente contactada por membros importantes do partido que contudo considerou que “Madame Sun Yat-sen” seria mais útil ao PCC não estando nele filiada. Foi admitida no PCC na iminência da sua morte e existe actualmente uma fundação com o seu nome.
Existia uma 3ª irmã, a primogénita, Soong Ei-ling (1889-1973), mulher de negócios casada com H.H.Kung que foi ministro das finanças de Chiang-Kai-shek durante 10 anos. O casal foi durante algum tempo dos mais ricos da China, devido em boa parte à corrupção que grassava no país e de que beneficiaram.
Além das 3 irmãs existiram mais 3 irmãos que são referidos como T.V.Soong, T.L.Soong e T.A.Soong, que são tratados como personagens secundárias.
O pai desta família Soong foi trabalhar para a América, converteu-se ao cristianismo numa igreja Metodista, estudou para missionário durante 7 anos, tendo depois regressado à China. Os missionários metodistas na China deram-lhe pouco trabalho, tendo montado uma editora e ganho muito dinheiro, o que lhe permitiu mandar estudar as 3 filhas para a América onde cada uma delas permaneceu vários anos.
O livro dá conta da competição entre os anos 20 e 50 do século XX, entre a América e a Rússia, para influenciar o futuro da China, competição que dividiu estas irmãs.
A autora não poupa críticas quer a Sun Yat-sen quer ao generalíssimo Chiang-Kai-shek, ambos mais interessados no poder do que em servir a população chinesa. Este último terá mesmo estado envolvido na assassínio de um adversário político em 1912, mas nesses tempos de grande desordem social, os políticos estavam quase permanentemente em risco de vida e a maioria dos altos dirigentes chineses eram responsáveis por alguns massacres.
Achei interessante a presença de numerosas notas no fim da obra, referindo bibliografia fundamentando muitas das afirmações feitas no livro, que é assim uma espécie intermédia entre um livro de História e um simples ensaio. Resumindo, gostei muito deste livro.
Nota: na internet descobri outra versão da mesma obra, de uma editora brasileira, em que gostei muito mais da capa, que mostro a seguir:
Tenho um choupo em frente duma janela que no princípio de Dezembro fica com a maior parte das folhas em tons de amarelo, laranja e castanho sobre um fundo em vários tons de verde que apetece fotografar.
Este ano foi em 2/Dez/2021 às 15:43, quando boa parte da folhagem estava iluminada por raios de sol e simultaneamente agitada por vento forte, donde resultou alguma falta de nitidez nesta foto obtida na altura
Para dar o contexto socorro-me de uma foto que tirei o ano passado em 06/Dez/2020 às 16:03, numa ocasião em que os raios solares directos estavam ausentes que já mostrei noutro post
Em ambas as fotos aparece uma planta actualmente muito comum em Portugal mas que só hoje descobri o nome, com a ajuda do Google images e desta foto que tirei em 11/Setembro/2011
Trata-se duma Yucca aloifolia, também chamada "Planta punhal" pela forma das folhas, nativa da costa Sueste e Sul dos EUA, continuando pelas costas do mar das Caraíbas. Possivelmente o Yucca vem da península de Yucatan no México.
Talvez eu tenha demorado tanto tempo a publicar esta foto de 2011 por ignorar o nome da planta. Em Portugal, Espanha e margens do Mediterrâneo é bastante comum. As flores em Portugal costumam aparecer em Setembro, marcando o fim do Verão. Por exemplo a última foto, que segue, foi tirada no Algarve em 2/Set/2021
A adopção de energias renováveis como a solar e a eólica que são distribuídas pelos diversos países de forma menos concentrada do que os combustíveis fósseis devem levar a uma situação de menor dependência num pequeno número de países como acontece actualmente.
Porém, quer a transição quer a situação de neutralidade carbónica trarão novos problemas, talvez menores do que os actuais, mas mesmo assim muito desafiantes.
Gostei deste artigo da revista Foreign Affairs intitulado "Green Upheaval: The New Geopolitics of Energy", prevendo que a transição será bastante complicada. Eu diria também que tempos felizes aguardam as empresas de Consultoria.
Há muito tempo que o ar das cidades da Europa está poluído, caso contrário não existiria a referência aos “ares do campo” com a característica de serem saudáveis, como contraponto aos “ares da cidade”.
A origem dessa poluição deveu-se inicialmente à concentração de habitações, numa densidade e extensão muito maior do que nas povoações campestres. As lareiras nas habitações e os fogões de lenha ou de carvão seriam os principais responsáveis, com maior importância nos países mais frios.
Esta situação agravou-se na revolução industrial que começou na Inglaterra, associada a uma urbanização acelerada e à queima de carvão para o funcionamento das máquinas a vapor, essenciais nas grandes fábricas.
Já no século XX a situação continuou a piorar com a substituição da tracção animal pelos combóios com locomotivas a carvão e automóveis movidos por motores de combustão interna emisores de CO2, de CO, de partículas da combustão e ainda das partículas do desgaste dos pneus.
Tudo isto levou a situações cada vez mais graves com destaque para a cidade de Londres onde ocorriam nevoeiros frequentes (fog), potenciados pelo frio húmido mas também pelas partículas em suspensão no ar que aceleravam a condensação do vapor de água presente, dando origem ao que chamavam “SMOG” (de SMoke+fOG) em que nos casos de maior densidade as pessoas não conseguiam ver os próprios pés, tornando praticamente impossíveis as deslocações.
Um smog mais catastrófico acabou por levar à aprovação parlamentar do “Clean Air Act” em 1956, como resposta ao Grande Smog de Londres de 1952, que iniciou a substituição obrigatória de combustíveis geradores de partículas por gás natural ou electricidade, instalação de filtros nas chaminés de instalações industriais, etc. Foi aprovada nova versão mais exigente desta legislação em 1968 e outra ainda em 1993.
A aprovação desta lei teve que ultrapassar grandes pressões contrárias pela indústria e mesmo por algumas pessoas mais conservadoras que, já habituadas aos nevoeiros frequentes em Londres, argumentavam que estes eram uma característica essencial da vida londrina.
Com a melhoria substancial da qualidade do ar em muitas cidades europeias, iniciaram-se nos anos 60 e 70 grandes limpezas de edifícios mais antigos com revestimento de pedra, nomeadamente igrejas e catedrais e outros grandes edifícios públicos. Lembro-me de nos anos 70 se começarem a publicar fotografias do antes e do depois da limpeza e foi um autêntico renascimento de edifícios negros que finalmente regressavam à sua cor inicial.
Andei à procura dessas comparações mas tive dificuldade em encontrá-las. Acabei por me lembrar de ter comprado alguns postais numa excursão de finalistas do Liceu Camões, do então 7º ano (alargada ao 6º ano) nas férias da Páscoa de 1966, em que fomos de Lisboa a Vigo, Santiago de Compostela, La Coruña, Oviedo, Covadonga, Grutas de Altamira (então ainda abertas ao público), Santander, Bilbao, San Sebastian, Burgos, Valle de los Caidos, Madrid, Ávila, Salamanca, Vilar Formoso e novamente Lisboa.
Desses postais mostro o da Catedral de Burgos, provavelmente melhorada com técnicas fotográficas (o Photoshop da época) que atenuassem a fuligem negra que certamente a cobria em 1966
Nas deambulações pela net encontrei este diário de viagem com esta imagem tão bonita do tecto da “Lady Chapel” (capela dedicada a Nossa Senhora) mandada construir pelo rei Henrique VII nesta abadia.