skip to main |
skip to sidebar
O Egoísmo Altruísta, por Adolfo Mesquita Nunes
Gostei desta reflexão do
Adolfo Mesquita Nunes no
Delito de Opinião:
«
Há na política uma disponibilidade para o
outro, uma vocação para o bem comum, para fazer do que temos, do que
somos e de como nascemos, algo de melhor. Com desvios, com paragens
pelas bermas, com erros e muitas tentativas, com tudo isso e com muitas
degenerações, mas sempre, no princípio e nos princípios, uma vocação de
serviço. Não há política sem a conjugação do altruísmo. Sem os outros, a
política é outra coisa qualquer, um desmando, um arrepio, um vício, mas
não política.
Mas a política, desde logo no seu
quotidiano, mas sobretudo no sopro inicial, é um exemplar caso de
egoísmo, de autossuficiência. Há ali uma presunção de comando, de
sabermos mais ou melhor do que os outros e de, por isso, nos caber um
papel na definição do dever ser. Não há política sem um pressentimento
de predestinação, que, nos melhores casos, revela heroísmo e liderança.
Há por isso um egoísmo, pelo menos naquela percepção do Oscar Wilde que
vê no egoísmo a vontade de regular como devem os outros viver.
»
Sem comentários:
Enviar um comentário