Aqui está então a vista do lado da sombra da famosa ponte de 33 arcos de Isfahan, com uma esplanada associada à casa de chá.
Ao visitar terras diferentes às vezes parece que existe um caminho único que as sociedades têm que percorrer. Por exemplo numa visita que fiz há uns anos a uma praia doutro país encontrei uma praia que me fez lembrar a Quarteira de há uns 50 anos, uma avenida alcatroada paralela à linha da costa com umas vivendas de veraneio aqui e ali, umas ruas transversais já de terra batida com as casas mais modestas que pareciam dos pescadores e um café onde se viam só homens.
Mas depressa se descobrem sinais de que os caminhos são muito mais variados. Por exemplo neste zoom da imagem anterior sobre a esplanada
constata-se que existem muitas mulheres nas mesas, existindo mesmo mesas apenas com mulheres. Quando as mulheres em Portugal tinham que andar tão cobertas como as iranianas têm que andar agora no Irão, era-lhes vedado este tipo de interacção com os homens em locais públicos.
Na imagem a seguir, que mostra a ponte do lado solar
constata-se que é possível aos casais andarem de mão dada em locais públicos. Constata-se também que a alta tecnologia é compatível com regras rígidas de vestir, neste caso o malfadado tchador com o telemóvel, no canto inferior esquerdo. A senhora de calças e casaco claros com um lenço rosa era uma turista. Não é que não se visse uma ou outra cor mais aberta mas o comum era o preto e o cor-de-burro-escuro quando foge.
Incluo agora uma imagem com a quase totalidade da ponte, num ângulo parecido ao do cromo do post anterior mas tirado da margem esquerda
e outro zoom, realçando a diferença de conceito desta ponte em relação às ocidentais
Esta é um local de passagem mas é também um local de contemplação do rio que passa. Os nichos têm gente, proporcionam sombra quando o sol vai alto, constituindo uma espécie de “camarotes”, onde pequenos grupos podem partilhar a frescura da brisa que passou sobre a água, onde colocaram este repuxo para acentuar essa frescura.
Neste caso parece que o repuxo se transforma na nuvem
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