2022-07-06

Treino de Comandos Corrigido

 

No destaques do jornal Expresso de 24/Jun/2022, na página 4 (e neste link) consta uma notícia do jornalista Vítor Matos informando que houve alterações no treino dos instruendos do Regimento de Comandos. A Revista da edição de 01/Jul/2022 contém uma artigo mais desenvolvido do mesmo jornalista sobre os Comandos.

Em 2016 morreram dois recrutas na prova final do curso de formação de Comandos, devido sobretudo à desidratação usada como forma de pôr à prova a resistência e espírito de sacrifício dos candidatos a futuros Comandos. O evento foi amplamente noticiado, comentado e objecto de processos judiciais, também abundantemente noticiados.

Na altura lembrei-me do filme sobre o general Patton, interpretado por George C.Scott, quando ele dizia a uma assembleia de soldados mais ou menos isto: “Quero que se recordem que ninguém alguma vez ganhou uma guerra ao morrer pelo seu país. Alguns ganharam fazendo com que outros morressem pelo país deles”.

Não faz sentido provocar mortes de recrutas durante os treinos. Se os treinadores são incapazes de distinguir um recruta em esforço de outro em perigo de vida é melhor mudar de profissão ou irem eles próprios treinarem-se para saberem distinguir as situações.

Felizmente neste caso o exército foi capaz de reanalisar o treino e até descobrir que a NATO, de que Portugal é membro fundador, concluiu há algum tempo que treinar para a sede não só era inútil como até provocava lesões irreversíveis de menor ou maior gravidade, eventualmente letais, como foi o caso em Portugal.

É consolador constatar que algumas instituições conseguem corrigir a rota após a constatação de erros graves embora fosse ainda melhor se os tivessem evitado.

Tenho a sensação que a Justiça em Portugal tem pouca capacidade de corrigir os erros que se vão detectando no seu funcionamento. Ou então não comunica as melhorias talvez por pensar que isso minimiza os seus agentes.

Quanto ao treinador José Mourinho, já nos sossegou que não irá repetir os seus erros antigos. Limitar-se-á a cometer erros novos!

 

 

 

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