2021-07-28

Centrais nucleares para produção de energia eléctrica


De vez em quando manifesto a minha fundamentada antipatia pelas centrais nucleares de produção de energia eléctrica.


Resumindo, considero que, mesmo sendo bastante seguras, existe sempre a possibilidade de um acidente e nenhuma outra tecnologia proporciona acidentes, com implicações tão extensas no espaço geográfico e de duração temporal, como a tecnologia nuclear actual.
 

Exemplos de implicações no espaço geográfico foram as do acidente de Tchernobyl que afectou países distantes como a Suécia, a Suíça e a Itália entre outros e as de Fukushima com largada de água radioactiva para o Oceano Pacífico com detritos do acidente chegando à costa Oeste dos EUA.
 

Exemplos  de implicações de duração temporal ocorreram em Tchernobyl e Fukushima na vizinhança das centrais, com o abandono de habitações e campos agrícolas durante dezenas de anos.
Naturalmente nenhuma companhia de seguros privada aceita cobrir os riscos de acidente numa central nuclear pelo que essa responsabilidade cai nos contribuintes e/ou nos habitantes na vizinhança da central.
 

Além dos acidentes resta a questão dos resíduos radioactivos com a duração de dezenas de milhar de anos. Penso sempre nisto quando ouço censuras a deixarmos dívida às gerações futuras. Ao menos no caso de Portugal deixamos um excesso de autoestradas e um excesso de dívida às gerações vindouras. 

No caso dos resíduos radioactivos apenas se deixa lixo tóxico que, após mais de 70 anos de investigação, ainda não se conseguiu suprimir.
 

Numa publicação muito equilibrada do Jornal Expresso sobre este tema faz-se mais um ponto de situação e perspectivas futuras das centrais nucleares, de que destaco este parágrafo:
«...
Em março deste ano, a Joint Research Centre (JRC), a entidade científica da Comissão Europeia, publicou um relatório que conclui que a energia nuclear cumpre os critérios do novo sistema de sustentabilidade criado por Bruxelas, criado para regulamentar a economia no sentido de atingir as metas definidas até 2030 no Pacto Ecológico Europeu. A notícia parecia ser boa, mas não é: a entidade alemã Federal Office for the Safety of Nuclear Waste Management (BASE) analisou esse documento e em junho publicou o seu próprio relatório em que conclui o seguinte: a JRC “ignorou” várias características da energia nuclear que são “muito relevantes para o ambiente”, tais como os vários “acidentes graves que ocorreram durante as últimas décadas”. E sublinha: a energia nuclear “infringe” dois dos princípios ambientais que Bruxelas mais tem propagandeado nos últimos anos (“nenhum dano irreversível para futuras gerações” e “nenhum dano [ambiental] significativo”).
...»
 

Na sequência duma noticia sobre as centrais nucleares do Reino Unido que estão em renovação, fortemente subsidiadas pelo governo, que abre excepção para esta tecnologia relativamente às capacidades do mercado, o primeiro-ministro Boris Johnson considera formas de bloquear a participação de uma empresa estatal chinesa na construção de uma nova central nuclear no Reino Unido. Várias notícias sobre este episódio googlando (Boris Johnson on China state-owned energy company and UK nuclear power plant), confirmando a minha convicção que as centrais nucleares estão na sua maioria ligadas às necessidades dos exércitos dos países detentores de bombas atómicas.

2021-07-24

Incêndio no Algarve

 

No passado Sábado, dia 17/Julho, houve um grande incêndio no Algarve, que começou em Marmelete, concelho de Monchique, expandindo-se depois para Sul, afectando também o concelho de Portimão.

Afectando cerca de 600 hectares envolveu no combate 4 aviões, alguns helicópteros, 8 máquinas de arrasto e mais de 4 centenas de operacionais de várias instituições.

Tenho a sensação que tem havido menos incêndios este ano ou então os telejornais andam ocupados com o COVID e os milhões do PRR e têm falado menos neste tópico de Verão. É também provável que ataquem os incêndios mais depressa pelo que os estragos serão menores.

Mantive um jantar no restaurante Paraíso da Montanha, na estrada de Monchique para a Fóia, uma vez que o incêndio estava longe e a afastar-se da serra de Monchique.

Mesmo assim a coluna de fumo era impressionante, o Sol visto através do fumo tinha a cor laranja-avermelhada habitual mas sempre algo assustadora e ficámos à espera das cinzas nos terraços que não faltaram, embora em quantidade moderada pois o incêndio foi considerado extinto às 7 horas do dia 18/Julho.

Tirei esta foto à chegada ao restaurante com o fumo imenso


 

e a seguinte já de noite, sobressaindo as chamas lá longe


Adenda: li na separata "Postal" de 2021-07-23 do Expresso que a área ardida foi de 2100 hectares, 656 ha no concelho de Monchique e 1478 ha no de Portimão. Para comparar, no grande  incêndio na serra de Monchique em 2018 arderam quase 30 000 ha de floresta, demorando uma semana até ser extinto, enquanro este começou na tarde de sábado e foi extinto no domingo.


2021-07-11

Agave Sobre Verde

 

Vi esta Agave sobre um fundo verde de vegetação nos terrenos do hotel Alvor Praia hoie, dia 11/Jul/2021, num dia de vento Sueste


Habitualmente as Agaves recortam-se sobre o céu azul, sobre o mar ou sobre ambientes menos verdejantes pelo que esta me chamou a atenção. Mostro a  seguir um detalhe da foto de cima.


Lembrou-me a folhagem verde que as floristas colocam por trás dos ramos de flores para lhes dar um enquadramento  mais favorável.


2021-07-07

2021-07-01

Tapas de Camarão

 

Reservei 4 camarões de outra receita para fazer uma pequena experiência.

Comecei por uma fatia de pão de forma sem côdea e sobre ela coloquei umas tiras de alface que tinha cortado na altura para uma salada. Uma folha de alface também serviria mas as tiras já estavam lavadas. Normalmente coloco um bocadinho de maionese sobre  o pão para manter a alface no lugar.

De há uns tempos a esta parte deixei de cortar o pepino em fatias muito finas em que deixava a casca. Finalmente constatei que a parte que me desagradava no pepino era precisamente a casca que só não era insuportável porque cada fatia era muito fina. Agora descasco a parte do pepino que vai ser cortada em rodelas usando um descascador de vegetais e corto as rodelas com uma espessura duns 3 ou 4mm enquanto antes tentava cortar apenas 1mm.

Sobre a alface coloquei 4 "gotas" de maionese para segurar os 4 pepinos que coloquei no que seriam os centros dos 4 quadrados-base das futuras 4 tapas.

Tinha entretanto cozido um ovo (10 minutos após chegar à fervura), descascado e cortado em rodelas com aquelas ferramentas que têm umas cordas de nylon (antes eram uns arames finos).

Desta vez, para variar pus uma "gota" de molho cocktail em cima de cada pepino e coloquei 4 rodelas com gema de ovo no meio.

Depois outra "gota" de molho cocktail em cima do ovo e coloquei o camarão.

Finalmente cortei o conjunto em 4 quadrados:


Claro que depois foram comidos.