A árvore que mostrei no antepenúltimo post e que volto a mostrar a seguir
chamou-me a atenção pelo contraste das folhas jovens verde-claras com as dum tom verde mais escuro, como se pode ver neste detalhe da mesma imagem da copa da árvore
Fotografei as folhas com mais detalhe para possibilitar a identificação desta planta
e sabendo agora, pela informação dos autores do blogue Dias com Árvores, que se trata duma Gleditsia Triacanthos fui verificar o significado de "pinnately compound" da expressão “The leaves are pinnately compound”. Assim cheguei ao Glossário da morfologia das folhas com uma introdução que apreciei pois embora esta entrada da Wikipédia tenha numerosas figuras com os nomes associados, os autores informam-nos na introdução que estas designações não têm um significado normalizado sendo usadas de forma nem sempre coincidente por diversos autores.
Infelizmente este glossário não tem versão em português mas a palavra “pinnately” apontava para a entrada “Pinnation” com “Pinado” na versão em português. Do que vi na aí e na foto concluí que a folha da Gleditsia Triacanthos é pinaticomposta, paripinada e nuns casos opositipinada, noutros alternipinada.
Deixo ainda uma foto obtida por baixo da copa da árvore
Esta árvore está em Lisboa na rua Cidade de Bissau entre os entroncamentos com as ruas Cidade de Luanda e Cidade de Bolama (38°45'42.2"N 9°06'43.2"W). Na Street View do Google Maps a imagem é de Nov/2020, a árvore está com muito poucas folhas e com algumas vagens, como seria de esperar, pois os frutos desta planta amadurecem no princípio do Outono.
Na rua Cidade de Bolama existiam uns choupos negros majestosos que deviam ter uns 30 metros de altura chegando ao 9º andar dos prédios mas a Câmara Municipal retirou-os porque estavam a esgalhar e ameaçavam danificar automóveis e passantes. Em substituição plantaram várias Gleditsia Triacanthos de que fotografei uma em 29/Abr/2007, que estará provavelmente em 38.76152317221286, -9.113775257428868 e da qual mostro a foto seguinte
Existem árvores como os choupos ou os ciprestes em que não é habitual podar os ramos. Mas nos ambientes urbanos é frequente moldar o formato das árvores às conveniências ou dos serviços do município ou dos habitantes que lhes são próximos. Nestes casos é uma tarefa inglória tentar identificar uma árvore pela forma actual, que muitas vezes lhe foi dada por uma poda mais ou menos profunda.
As árvores das cidades no Japão são um exemplo extremo de podas minuciosas, requerendo muitos jardineiros como documentei nesta imagem deste post de Maio/2014
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