O PSD pediu alívio fiscal para empresas e famílias para o orçamento de 2014, à saída da reunião com a troika em 18 de Setembro de 2013, segundo o jornal Sol.
Ultimamente tenho ouvido muito esta associação de termos "empresas e famílias", normalmente num contexto em que se diz que as "empresas e famílias" têm já feito muitos sacrifícios e não se pode pedir-lhes mais sacrifícios.
Se não tenho muitas dúvidas em relação ao que são as empresas, já o mesmo não se passa em relação ao que se entende por "famílias".
O IRS é pago pelas pessoas singulares e não pelas famílias embora no seu cálculo se entre em consideração (até quando?) com características do agregado familiar em que a pessoa singular por vezes se integra. E se um cidadão vive sózinho não se deve considerar "uma família".
Por outro lado o governo de Portugal pretende cortar as pensões legalmente atríbuídas a um conjunto importante de trabalhadores aposentados da função pública. O Presidente da República referiu-se a esse corte como um "imposto". E uma pessoa fica a pensar: então um casal de aposentados, com ou sem filhos não será uma família? O que leva o governo a pensar que a generalidade das famílias já não suporta mais sacrifícios mas que existe um subconjunto de famílias, os aposentados, que podem aguentar muito mais?
A expressão simples e correcta seria "as empresas e as pessoas" ou "as empresas e os cidadãos", as famílias não são para aqui chamadas.
Andei à procura no Google de imagens de "Família" e entre outras apareceu-me este ícone de que gostei. Se na altura existissem pensões de aposentação, o José e a Maria, quando as começassem a receber, teriam deixado nesse momento de serem considerados "uma família".
Tenho constatado que é frequentemente difícil identificar o autor de cada um dos ícones disponíveis na internet, neste também não consegui.
Sem comentários:
Enviar um comentário