Ainda no bairro de Chelsea em Nova Iorque, entre duas galerias de arte, gostei de ver este quarteirão com as traseiras dos prédios com uma nesga de vista para a rua, embora esta organização urbana prejudique um bocado a privacidade, como se viu tão bem no filme "A janela indiscreta"
mas o que me chamou depois a atenção em casa, ao olhar para a foto, foi a tradução do anúncio em inglês, convidando à denúncia de situações de falta de segurança no trabalho:
"To anonymously report unsafe conditions at this work site call 311"
para esta versão em espanhol:
"Para reportar condiciones peligrosas en un sitio de trabajo, llame al 311. No tiene que dar su nombre."
O tradutor, ou o responsável pelo anúncio, parece ter tido receio de usar a palavra "anónimamente". Embora eu tenha encontrado esta palavra em sítios espanhóis, a sua ocorrência é pouco numerosa e não consta do dicionário da Real Academia Española, onde existe (por exemplo) a palavra "rápidamente".
Numa primeira impressão pareceu-me que queriam evitar uma palavra "cara" em espanhol. Agora já não tenho a certeza.
Vou estar ausente por uns dias.
2012-02-29
2012-02-23
Marilyn Monroe
Continuando a vaguear pelo bairro de Chelsea fixei-me nestes prédios revestidos a tijolo que já tinha mostrado na terceira imagem deste post
além de gostar da variedade de volumes de prédios e de reparar nos aparelhos de ar condicionado compactos (em vez de split) de que talvez venha a falar noutro post, quando vejo as torres, de que mostro aqui um pormenor
entro numa espécie de "loop", pensando que as torres têm aspecto de campanários, devem ter sinos, depois penso, que disparate, não faz sentido que sejam sinos, devem ser os motores dos elevadores do prédio mas depois também acho que as aberturas não serviriam para nada, talvez sejam depósitos de água mas as janelas continuam inúteis e volto à conjectura dos sinos fechando o ciclo.
Entretanto entrei noutra galeria onde gostei destas fotos da Marilyn Monroe
que deformei e cortei para regressarem à forma rectangular
depois procurei no Google Images e fui dar a um site com estas fotografias mais nítidas, que foram tiradas por Lawrence Schiller em 1962, ano da morte de Marilyn, com apenas 36 anos.
Esta saída da piscina, que retirei do site acima referido, é inesquecível
e regressando à galeria onde estavam as fotos, fotografei também uma impressão de Tom Wesselmann, intitulado "Judy trying on clothes"
cuja cena não é forçosamente uma sequência de saída de piscina mas que poderia ter sido.
além de gostar da variedade de volumes de prédios e de reparar nos aparelhos de ar condicionado compactos (em vez de split) de que talvez venha a falar noutro post, quando vejo as torres, de que mostro aqui um pormenor
entro numa espécie de "loop", pensando que as torres têm aspecto de campanários, devem ter sinos, depois penso, que disparate, não faz sentido que sejam sinos, devem ser os motores dos elevadores do prédio mas depois também acho que as aberturas não serviriam para nada, talvez sejam depósitos de água mas as janelas continuam inúteis e volto à conjectura dos sinos fechando o ciclo.
Entretanto entrei noutra galeria onde gostei destas fotos da Marilyn Monroe
que deformei e cortei para regressarem à forma rectangular
depois procurei no Google Images e fui dar a um site com estas fotografias mais nítidas, que foram tiradas por Lawrence Schiller em 1962, ano da morte de Marilyn, com apenas 36 anos.
Esta saída da piscina, que retirei do site acima referido, é inesquecível
e regressando à galeria onde estavam as fotos, fotografei também uma impressão de Tom Wesselmann, intitulado "Judy trying on clothes"
cuja cena não é forçosamente uma sequência de saída de piscina mas que poderia ter sido.
2012-02-20
Frank Stella
Continuando a passear no bairro de Chelsea em Nova Iorque no passado mês de Outubro, já um pouco cansado das diferenças de temperatura entre interior e exterior e do constante tira e põe casaco, gostei deste enquadramento do Empire State Building, a sobressair de arvoredo, em vez de prédios, no cruzamento da 10ª Avenida com a 27ª Rua
depois entrei numa galeria que tinha este quadrado
e mais este
colocados lado a lado nesta composição
em que a parede branca sobre a qual estava colocado o quadro ficou em tom beige.
Como me esqueci de tomar nota do nome do autor coloquei esta última imagem no Google Images que me revelou logo tratar-se de Frank Stella. O Google mostrou-me ainda que a galeria onde vi provavelmente este quadro foi a Paul Kasmin Gallery, onde constatei que a obra se chamava "Grey Scramble X (Double)", tendo sido pintada por Frank Stella em 1968. Mostro aqui uma versão do site da Galeria que terá provavelmente as cores mais fiéis ao original:
No artigo da Wikipédia tinha ainda este Harran II de 1967 em que tomei a liberdade de pintar de preto os cantos inferior esquerdo e superior direito da obra, para se integrar melhor neste blogue de fundo preto:
depois entrei numa galeria que tinha este quadrado
e mais este
colocados lado a lado nesta composição
em que a parede branca sobre a qual estava colocado o quadro ficou em tom beige.
Como me esqueci de tomar nota do nome do autor coloquei esta última imagem no Google Images que me revelou logo tratar-se de Frank Stella. O Google mostrou-me ainda que a galeria onde vi provavelmente este quadro foi a Paul Kasmin Gallery, onde constatei que a obra se chamava "Grey Scramble X (Double)", tendo sido pintada por Frank Stella em 1968. Mostro aqui uma versão do site da Galeria que terá provavelmente as cores mais fiéis ao original:
No artigo da Wikipédia tinha ainda este Harran II de 1967 em que tomei a liberdade de pintar de preto os cantos inferior esquerdo e superior direito da obra, para se integrar melhor neste blogue de fundo preto:
2012-02-17
Chelsea-3
Vou regressar às deambulações pelo bairro de Chelsea em Nova Iorque, a propósito do qual escrevi vários posts no passado mês de Dezembro e em que uma referência ao Irão me deu mais uma oportunidade de divagar.
Gastei algum tempo a localizar onde foi tirada esta fotografia de Nova Iorque.
Gostei desta vista porque havia algum desafogo na definição da avenida que não estava emparedada por prédios com muito andares, as duas torres ao fundo do lado esquerdo com alguma leveza em relação aos edifícios revestidos a tijolo mais próximos, a grua lembrando a transformação permanente desta cidade.
Ultimamente aprendi a usar o Google Maps no modo “vista de rua” (“street view”), basta “arrastar e largar” (drag and drop) o homenzinho cor-de-laranja, que está em cima da régua onde se pode controlar a escala de visualização do mapa, em cima do local de onde se pretende a vista. Com as ferramentas informáticas actuais (por exemplo os caminhos que se podem gravar no Google Maps, a vista de rua desta aplicação, a georeferenciação das fotos) e com uma máquina digital a tirar dezenas de fotografias torna-se cada vez mais fácil reconstituir os percursos que se fizeram. Neste caso a foto foi tirada na 11th Avenue, próxima do cruzamemnto com a West 27th Street, vendo-se do lado esquerdo o armazém com as palavras “Terminal Warehouse / Free Cold / Bonded Storage”.
Mas nem tudo se consegue reconstruir. Logo a seguir a ter tirado esta foto entrei numa Galeria de que não sei o nome que tinha esta Casa de Bonecas em ponto grande,
com muitas divisões com grande detalhe interior
que tinha sido atingida por uma casa chinesa (ou coreana) voadora
Não faço ideia do que isto significa mas não é necessário que signifique alguma coisa.
Trata-se de uma obra do artista coreano (provavelmente do Sul) chamado Do Ho Suh.
Gastei algum tempo a localizar onde foi tirada esta fotografia de Nova Iorque.
Gostei desta vista porque havia algum desafogo na definição da avenida que não estava emparedada por prédios com muito andares, as duas torres ao fundo do lado esquerdo com alguma leveza em relação aos edifícios revestidos a tijolo mais próximos, a grua lembrando a transformação permanente desta cidade.
Ultimamente aprendi a usar o Google Maps no modo “vista de rua” (“street view”), basta “arrastar e largar” (drag and drop) o homenzinho cor-de-laranja, que está em cima da régua onde se pode controlar a escala de visualização do mapa, em cima do local de onde se pretende a vista. Com as ferramentas informáticas actuais (por exemplo os caminhos que se podem gravar no Google Maps, a vista de rua desta aplicação, a georeferenciação das fotos) e com uma máquina digital a tirar dezenas de fotografias torna-se cada vez mais fácil reconstituir os percursos que se fizeram. Neste caso a foto foi tirada na 11th Avenue, próxima do cruzamemnto com a West 27th Street, vendo-se do lado esquerdo o armazém com as palavras “Terminal Warehouse / Free Cold / Bonded Storage”.
Mas nem tudo se consegue reconstruir. Logo a seguir a ter tirado esta foto entrei numa Galeria de que não sei o nome que tinha esta Casa de Bonecas em ponto grande,
com muitas divisões com grande detalhe interior
que tinha sido atingida por uma casa chinesa (ou coreana) voadora
Não faço ideia do que isto significa mas não é necessário que signifique alguma coisa.
Trata-se de uma obra do artista coreano (provavelmente do Sul) chamado Do Ho Suh.
2012-02-12
Acordo Ortográfico
Os leitores mais atentos terão reparado que continuo a escrever com a ortografia anterior ao Acordo Ortográfico. Compreendo a necessidade de mudar as regras ortográficas de vez em quando, sabe-se que já não escrevemos como no tempo de el-rei D. Duarte, de quem mostro aqui ao lado uma página do seu Livro de Horas, que fui buscar ao site da Direcção Geral de Arquivos.
Não me sentindo habilitado a emitir um parecer sobre a validade das alterações propostas constato, dadas as acesas polémicas existentes, que não existem aqui leis da Natureza que nos possam ajudar, tratando-se de uma pura construção humana. Não gosto desta dicotomia Natureza - Ser humano mas por vezes é cómoda de usar. Do debate havido constatei que os campos opostos se dividiam entre os mais fiéis à fonética e os que preferiam a etimologia. Como durante a minha vida não observei alterações na pronúncia das palavras objecto de alteração no acordo sou levado a concluir que o documento não resulta de uma adaptação da escrita a novas práticas fonéticas mas a um ajuste de contas dos “fonéticos” relativamente a algumas batalhas que perderam para os “que favoreciam a etimologia” nas normas anteriores.
Não valerá a pena referir que as ortografias do Brasil e de Portugal irão provavelmente divergir, basta ir ver o corrector ortográfico do Word para constatar que existem meia-dúzia de variantes para o alemão e imensas para o francês, o inglês e o espanhol. Mesmo no italiano há o de Itália e o da Suíça. Caso alguns dos países que usam a língua Portuguesa não venham a aprovar o acordo aparecerão certamente mais variantes além do Português de Portugal e do Brasil actualmente existentes.
Tenho notado uma tendência para escrever "contracto" em vez da ortografia antiga "contrato", por influência do inglês, sendo este um dos motivos que me desgosta nesta nova ortografia que nos distancia do francês, inglês ou espanhol, em que mantêm os cês e os pês atrás de consoantes embora não tenham ficado mudos como em Portugal. Vai ser mais difícil para os Portugueses aprender a escrever nessas línguas estrangeiras o que , além de diminuir a nossa competitividade, como agora se está constantemente a dizer, dificultará também a emigração, tornando ainda mais difícil a tarefa de governar o nosso Portugal.
E com a leitura de textos na nova ortografia começo a ficar confuso e noutro dia já pensava que inflação se escreveria inflacção embora agora, ao ver a palavra escrita, constate ainda com facilidade que o ”c” está a mais. Por outro lado, quando vejo “diretor” leio “director” pronunciando o c anteriormente mudo, como que corrigindo oralmente o desvio da grafia a que estava habituado.
De qualquer forma ninguém é obrigado a escrever segundo a nova ortografia, a não ser que seja funcionário público, e nesse caso apenas em documentos oficiais. Dizem-me que seria inconstitucional rejeitar um requerimento escrito com a ortografia antiga embora eu ache que esta tolerância terá limites, seria talvez complicado fazer passar um requerimento escrito como no tempo do D. Duarte.
Resumindo, vou continuar a escrever segundo a antiga ortografia enquanto não mudar de ideias sobre este assunto. Se se der o caso de ter que produzir algum texto de acordo com a nova ortografia limitar-me-ei a pedir ao corrector ortográfico (das novas regras) para aceitar as mudanças todas que ele me sugerir. Terei apenas que ver como poderei ter duas versões do corrector ortográfico e se tal não for possível prescindirei do antigo para ter esta possibilidade de conversão automática para a nova ortografia.
Não me sentindo habilitado a emitir um parecer sobre a validade das alterações propostas constato, dadas as acesas polémicas existentes, que não existem aqui leis da Natureza que nos possam ajudar, tratando-se de uma pura construção humana. Não gosto desta dicotomia Natureza - Ser humano mas por vezes é cómoda de usar. Do debate havido constatei que os campos opostos se dividiam entre os mais fiéis à fonética e os que preferiam a etimologia. Como durante a minha vida não observei alterações na pronúncia das palavras objecto de alteração no acordo sou levado a concluir que o documento não resulta de uma adaptação da escrita a novas práticas fonéticas mas a um ajuste de contas dos “fonéticos” relativamente a algumas batalhas que perderam para os “que favoreciam a etimologia” nas normas anteriores.
Não valerá a pena referir que as ortografias do Brasil e de Portugal irão provavelmente divergir, basta ir ver o corrector ortográfico do Word para constatar que existem meia-dúzia de variantes para o alemão e imensas para o francês, o inglês e o espanhol. Mesmo no italiano há o de Itália e o da Suíça. Caso alguns dos países que usam a língua Portuguesa não venham a aprovar o acordo aparecerão certamente mais variantes além do Português de Portugal e do Brasil actualmente existentes.
Tenho notado uma tendência para escrever "contracto" em vez da ortografia antiga "contrato", por influência do inglês, sendo este um dos motivos que me desgosta nesta nova ortografia que nos distancia do francês, inglês ou espanhol, em que mantêm os cês e os pês atrás de consoantes embora não tenham ficado mudos como em Portugal. Vai ser mais difícil para os Portugueses aprender a escrever nessas línguas estrangeiras o que , além de diminuir a nossa competitividade, como agora se está constantemente a dizer, dificultará também a emigração, tornando ainda mais difícil a tarefa de governar o nosso Portugal.
E com a leitura de textos na nova ortografia começo a ficar confuso e noutro dia já pensava que inflação se escreveria inflacção embora agora, ao ver a palavra escrita, constate ainda com facilidade que o ”c” está a mais. Por outro lado, quando vejo “diretor” leio “director” pronunciando o c anteriormente mudo, como que corrigindo oralmente o desvio da grafia a que estava habituado.
De qualquer forma ninguém é obrigado a escrever segundo a nova ortografia, a não ser que seja funcionário público, e nesse caso apenas em documentos oficiais. Dizem-me que seria inconstitucional rejeitar um requerimento escrito com a ortografia antiga embora eu ache que esta tolerância terá limites, seria talvez complicado fazer passar um requerimento escrito como no tempo do D. Duarte.
Resumindo, vou continuar a escrever segundo a antiga ortografia enquanto não mudar de ideias sobre este assunto. Se se der o caso de ter que produzir algum texto de acordo com a nova ortografia limitar-me-ei a pedir ao corrector ortográfico (das novas regras) para aceitar as mudanças todas que ele me sugerir. Terei apenas que ver como poderei ter duas versões do corrector ortográfico e se tal não for possível prescindirei do antigo para ter esta possibilidade de conversão automática para a nova ortografia.
2012-02-09
Outra vez o Monte Fuji
Este blogue tem tido muitas visitas, na sequência de uma referência simpática do Maradona.
Entretanto anda tanta gente a falar de tanta coisa que achei melhor reduzir o texto neste post e ficar mais pelas figuras, mostrando mais 3 paisagens incluido o Monte Fuji, que fui buscar aqui.
Começo pelo reflexo num lago, de superfície perturbada por leve brisa
passando depois para uma situação mais fria, em que o lago reflector tem gelo à superfície, reflectindo imagens apenas nalguns sítios
e finalizando com esta imagem a preto e branco que me faz lembrar fotografias de savanas africanas, (digo fotografias porque nunca vi essas paisagens ao vivo)
Entretanto anda tanta gente a falar de tanta coisa que achei melhor reduzir o texto neste post e ficar mais pelas figuras, mostrando mais 3 paisagens incluido o Monte Fuji, que fui buscar aqui.
Começo pelo reflexo num lago, de superfície perturbada por leve brisa
passando depois para uma situação mais fria, em que o lago reflector tem gelo à superfície, reflectindo imagens apenas nalguns sítios
e finalizando com esta imagem a preto e branco que me faz lembrar fotografias de savanas africanas, (digo fotografias porque nunca vi essas paisagens ao vivo)
2012-02-03
O Manifesto ou o Monte Fuji?
Saiu mais uma versão do Manifesto para a Política Energética em Portugal em que resumindo se defende a biomassa e a energia nuclear e em que se atacam as energias eólica e solar.
É impossível discutir estes temas com profundidade num blogue pelo que me limitarei a referir o meu desapontamento por haver pessoas que, mesmo após os desastres de Three Mile Island, de Tchernobyl e tão recentemente de Fukushima, depois de mais de 50 anos de falhanços sucessivos na tentativa de tratar eficazmente os resíduos radioactivos resultantes da actividade das centrais, depois de tantos falhanços financeiros de projectos de centrais nucleares, o último dos quais está a acontecer na Finlândia onde se acumulam os problemas e atrasos, depois da decisão da Alemanha de fechar subitamente no ano passado 8 centrais nucleares e decidir fechar as restantes até 2022 haver pessoas, ia eu dizendo, que achem que vale a pena continuar, aqui e agora no meio desta enorme recessão com o consumo de electricidade a diminuir em Portugal pela primeira vez desde o fim da 2ª grande guerra e sem dinheiro para nada, a estudar o eventual interesse de instalar uma central nuclear em Portugal! Não será tabu mas será certamente uma perda de tempo.
Havendo vários pontos contestáveis no documento, a minha atenção foi chamada para o ponto 34
«É de estranhar que Portugal seja na Europa um campeão das novas renováveis. Se a opção fosse assim tão boa, porque razão é que os outros países, bem mais ricos e desenvolvidos e dotados de um bastante melhor recurso eólico, não adoptaram a mesma política, estando mesmo a abandoná-la, como é o caso da Holanda?»
onde é feita uma referência a eventuais mudanças de estratégia de implementação de renováveis na Holanda que desconheço e sobre as quais não me pronuncio.
Mas um texto em que se afirma que "os outros países da Europa bem mais ricos e desenvolvidos... não adoptaram a mesma política", quando a Dinamarca e a Alemanha precederam Portugal na implementação em larga escala da energia eólica é um texto intelectualmente desonesto.
Tomei nota dos nomes dos subscritores do manifesto que passarei a considerar como pessoas distraídas ou ao serviço de interesses que desprezam o interesse de Portugal.
Entretanto escrevi há pouco tempo um post em que referia a situação das centrais nucleares no Japão mas antes de o visitarem sugiro que contemplem estas imagens do Monte Fuji, que compreendo cada vez melhor ter sido e continuar a ser uma fonte de inspiração inesgotável para tantos artistas japoneses e que fui buscar a este site: http://www.cies.co.jp/photo/
Começo por uma neblina matinal
passo por uma árvore que me parece ter cristais de gelo nos ramos
e termino com um lago e uma árvore em flor
É impossível discutir estes temas com profundidade num blogue pelo que me limitarei a referir o meu desapontamento por haver pessoas que, mesmo após os desastres de Three Mile Island, de Tchernobyl e tão recentemente de Fukushima, depois de mais de 50 anos de falhanços sucessivos na tentativa de tratar eficazmente os resíduos radioactivos resultantes da actividade das centrais, depois de tantos falhanços financeiros de projectos de centrais nucleares, o último dos quais está a acontecer na Finlândia onde se acumulam os problemas e atrasos, depois da decisão da Alemanha de fechar subitamente no ano passado 8 centrais nucleares e decidir fechar as restantes até 2022 haver pessoas, ia eu dizendo, que achem que vale a pena continuar, aqui e agora no meio desta enorme recessão com o consumo de electricidade a diminuir em Portugal pela primeira vez desde o fim da 2ª grande guerra e sem dinheiro para nada, a estudar o eventual interesse de instalar uma central nuclear em Portugal! Não será tabu mas será certamente uma perda de tempo.
Havendo vários pontos contestáveis no documento, a minha atenção foi chamada para o ponto 34
«É de estranhar que Portugal seja na Europa um campeão das novas renováveis. Se a opção fosse assim tão boa, porque razão é que os outros países, bem mais ricos e desenvolvidos e dotados de um bastante melhor recurso eólico, não adoptaram a mesma política, estando mesmo a abandoná-la, como é o caso da Holanda?»
onde é feita uma referência a eventuais mudanças de estratégia de implementação de renováveis na Holanda que desconheço e sobre as quais não me pronuncio.
Mas um texto em que se afirma que "os outros países da Europa bem mais ricos e desenvolvidos... não adoptaram a mesma política", quando a Dinamarca e a Alemanha precederam Portugal na implementação em larga escala da energia eólica é um texto intelectualmente desonesto.
Tomei nota dos nomes dos subscritores do manifesto que passarei a considerar como pessoas distraídas ou ao serviço de interesses que desprezam o interesse de Portugal.
Entretanto escrevi há pouco tempo um post em que referia a situação das centrais nucleares no Japão mas antes de o visitarem sugiro que contemplem estas imagens do Monte Fuji, que compreendo cada vez melhor ter sido e continuar a ser uma fonte de inspiração inesgotável para tantos artistas japoneses e que fui buscar a este site: http://www.cies.co.jp/photo/
Começo por uma neblina matinal
passo por uma árvore que me parece ter cristais de gelo nos ramos
e termino com um lago e uma árvore em flor
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