2010-03-22

World Land Grab

Achei sugestiva esta imagem que vi pela primeira vez aqui e que foi tirada daqui.



Há alguns detalhes criticáveis na figura, por exemplo não faz sentido referir que a China comprou 1050 hectares no México, existem herdades no Alentejo com esta área, 1050 hm2 são 10,5 km2 que correspondem a um quadrado com 3,2 km de lado. Com certeza que existem companhias americanas proprietárias de áreas muito maiores quer no México quer na América Central e/ou do Sul, além de não serem mostrados terrenos detidos pelos países europeus.

A imagem inclui uma certa “dramatização” pois as áreas dos terrenos possuídos são colocadas sobre o mapa dos países. Embora seja óbvio que as escalas são diferentes e se possa argumentar que era preciso dar alguma dimensão para que os números coubessem dentro dos círculos, fico com uma sensação de alguma “batota gráfica”.

Existem contudo casos significativos, como por exemplo Madagáscar, que fazem pensar numa nova forma de colonialismo. O estabelecimento de alguns produtores estrangeiros num país é factor de enriquecimento, pela troca de experiências, mas acima de um certo limiar transforma-se numa invasão ou colonização.

Esta conversa recordou-me esta foto de um palmeiral seguido de uma bolanha (campo de cultivo de arroz) da Guiné-Bissau, que tirei em 1974, no fim do perímetro urbanizado de Bissau, julgo que após o 25 de Abril.



A Guiné foi abençoada com alguma falta de recursos naturais, o que lhe permitiu evitar guerras sangrentas como a de Angola, mas tal não foi suficiente para garantir a prosperidade.

Antes da última guerra colonial a Guiné (tinham ocorrido várias campanhas chamadas “de pacificação” durante o século XX) era auto-suficiente em arroz mas com a guerra muitos campos foram abandonados. Após a independência julgo que a auto-suficiência de arroz não voltou a ser atingida.

Para finalizar deixo esta memória da presença colonial portuguesa, ainda com a bandeira de Portugal no então palácio do Governador, que foi bastante danificado na guerra que culminou com o exílio de Nino Vieira e suponho que em ocasiões posteriores. Na estátua dizia “AO ESFORÇO DA PÁTRIA”. Julgo que a estátua foi removida do local logo após a independência.

1 comentário:

Anónimo disse...

Guerra sangrenta foi na guine.Os terroristas(comunistas totalitarios) não olhavam a meios para conquistar o país.No fim o que é que aconteceu?Ofereçeram o país aos terroristas.È a mesma coisa que o Bush depois do 11/9 entregar os usa ao bin laden!Somos um país atrasado e pior do que isso,de atrasados!