2009-06-29
Tunísia
Tenho simpatia pela Tunísia, um país que foi abençoado com a ausência de recursos naturais abundantes e que teve assim uma ajuda para se concentrar no seu recurso mais importante que é a população. Isto não lhes diminui o mérito, pois outros países existem com condições semelhantes que não foram capazes de aproveitar esta situação.
Na foto ao lado está uma ponta do icebergue do sucesso: no mesmo ano da independência em 1956 foi aprovada uma lei reconhecendo muitos mais direitos às mulheres do que era habitual na região. Isso faz com que hoje seja possível ver mulheres polícias em Tunis, como documentado na figura ao lado.
O país tem progredido com prudência, tentando evitar que existam sectores que representem mais de 12% do total da economia tunisina. Têm desenvolvido muito o turismo como uma boa fonte de divisas e recentemente especializaram-se em operações plásticas para cidadãos de outros países.
Esta montra de uma loja da Benetton mostra uma certa ocidentalização do gosto. Não consegui evitar os reflexos nesta foto mas depois achei que os reflexos das árvores podadas selvaticamente ao gosto francês, até nem ficavam mal.
Existe um défice democrático que tem vindo a ser lentamente reduzido. O actual presidente Ben Ali costuma ser reeleito cada 5 anos, fazendo-me lembrar uma situação com vagas parecenças na Finlândia, em que tiveram o mesmo presidente de 1956 a 1982. Diziam então os finlandeses que cada x anos elegiam um novo presidente que se chamava Urho Kekkonen.
Mas nos corpos legislativos existem cerca de 20% de mulheres, uma percentagem apenas ligeiramente abaixo da percentagem em Portugal. Um tunisino comentou que estavam a pensar em introduzir quotas para as mulheres e numa piada pouco politicamente correcta acrescentou que também pensavam introduzir quotas para a oposição...
Na imagem ao lado apresento vestidos tradicionais que vi numa loja mais antiga da medina de Tunis.
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