Neste Agosto/2025 reparei que na clarabóia do Centro Comercial Continente de Portimão existiam uns quadradinhos pretos que me fizeram suspeitar da presença de células fotovoltaicas.
Como em tempos me enganei ao ver células fotovoltaicas numa simples cobertura de plástico fazendo sombra num caminho pedestre que referi aqui, desta vez tive mais cuidado e depois de "ampliar" a foto no telemóvel vendo uns fios a sair de cada painel da clarabóia
e os fios entre todos os quadrados escuros como se vê na seguinte
mesmo assim googlei (painéis tecto centro comercial continente portimão) e cheguei a este sítio da S-Vitech (Silva & Ventura, Lda) com várias fotografias da clarabóia em questão. Os painéis são feitos na cidade espanhola de Ávila pela firma ONYX a que cheguei googlando (onyx solar).
Tenho visto painéis solares nos campos, dispostos com regularidade nas planícies, seguindo encostas em montanhas, nos telhados das casas, em telhados de parques de estacionamento de lojas grandes proporcionando sombra aos automóveis, em telhados de armazéns, ainda não tinha visto em clarabóias.
Não sei se se trata de uma boa solução técnica mas é inovadora e poderá ter futuro, aproveitando oportunidades existentes conforme se vê nos sítios das empresas que referi.
Em Fev/2020 publiquei post com título “Ruína na Praia da Rocha” em que dava conta duma vivenda imponente existente nessa praia cuja demolição fora aparentemente embargada depois de ter sido autorizada, numa sequência que fazia lembrar a demolição do cine-teatro “Monumental” na Praça do Saldanha em Lisboa.
Neste caso, o Eng.Armando Faria, anterior proprietário da cadeia de lojas “Perfumes & Companhia” pai de cinco filhos e avô de 18 netos, comprou a vivenda Compostela ao Sr.Manuel Gonçalves (dono da textil homónima) começando a construção de uma moradia alegadamente unifamiliar para a sua família alargada.
Já antigamente se dizia “quem casa quer casa“, significando a desejável independência do poder paterno, actualmente mais difícil de realizar neste Portugal mal remunerado com uma enorme crise de habitação derivada em parte da incapacidade dos recém-casados de terem rendimento quer para pagar uma renda quer para contrair um empréstimo para aquisição duma casa própria.
A casa está a ficar com um ar majestoso como se constata na figura seguinte, uma foto tirada na praia, com a vivenda ao centro, o Hotel da Rocha do lado esquerdo da imagem e o fim do hotel Algarve do lado direito
O edifício tem rés-do-chão e mais dois andares com algumas águas furtadas, presumindo eu que terá garagens numa cave. Contei 17 conjuntos de pares de janelas a que corresponderão 17 quartos com terraço com vista para o mar nesta fachada Sul. A fachada Norte não é uma simetria da do Sul (confirmação usando a vista 3D do GoogleMaps) mas terá mais alguns quartos, no total talvez uns 30.
Não tendo experiência pessoal nem de amigos próximos de como funciona uma família tão grande, limito-me a duvidar que este enorme edifício sirva de ponto de encontro dos cinco filhos e conjuges mais os 18 netos que hoje serão provavelmente em maior número.
Ouvi algures que o hoteleiro Pestana teria sido contactado para participar no projecto e que teria declinado pelo potencial de riscos jurídicos com a administração pública. O que me leva a pensar que depois da habitação unifamiliar estar concluída será mais fácil convertê-la numa instalação hoteleira ou mesmo num AL- Alojamento Local, os advogados são especialistas em interpretar leis de formas extremamente criativas.
Pode ser também que o empresário tenha sonhado em construir algo novo neste local deixando para o futuro a determinação da respectiva função. Há pelo menos um aspecto que é algo surpreendente, enfrentar dificuldades da Câmara Municipal para a realização dum investimento num edifício luxuoso numa praia que há muito deixou de ter a exclusividade de outros tempos.
Será pela falta de exclusividade da praia que o dono da obra se lembrou de ao menos ter uma escada de acesso exclusivo à praia, uma vez que não pode garantir exclusividade na praia?
Passo a mostrar esse acesso exclusivo com uma longa escada terminando num portão que garante essa exclusividade. Será que existe algum elevador?
E agora mostro a vista em 3D do Google Maps do edifício novo
e a seguir do antigo para comparação, que já mostrei no post sobre a ruína acima referida
Há uma tradição na Praia da Rocha de as construções novas bloquearem a vista de construções existentes. O caso mais gritante passou-se com o Hotel Algarve, construído sobre uma ruína existente na arriba a sul da avenida Tomás Cabreira, bloqueando a vista do mar de parte da avenida Tomás Cabreira e de umas 5 ou 6 vivendas unifamiliares,
Outras vivendas familiares existentes na av.Tomás Cabreira foram substituídas por prédios de andares onde o dono da vivenda ficava por vezes com os apartamentos dos dois últimos pisos.
As 4 vivendas que foram substituídas por prédios de andares deram ao proprietário do último andar a oportunidade que nunca tivera de ver o mar na partir da sua vivenda, pois a a antiga vivenda Compostela estava implantada numa pequena elevação onde também tinham sido plantadas árvores para aumentar a privacidade.
Com esta construção várias vistas foram prejudicadas pelo novo edifício com uma volumetria muito maior.
Adenda: a informação de 5 filhos e 18 netos (acabo de mudar de 17 para 18) é citada do artigo no "Sul Informação" que eu referira no post “Ruína na Praia da Rocha, que revisitei agora constatando que esse periódico refere essa informação "5 filhos, 18 netos" como de "Uma fonte ligada à família, contactada no local".
Depois de publicar este post recebi o comentário de amigo que prezo informando que o Eng.Armando Faria, que conhece pessoalmente, tem apenas dois filhos (um casal) e não teria tantos netos. Esta segunda versão da "cardinalidade da descendência" torna ainda mais difícil de justificar a "unifamiliaridade" do edifício.
No meu passeio diário à beira-mar vou olhando para quem passa e quem está, já há uns anos que deixei de procurar gente conhecida dada a raridade do evento.
Vou também olhando para a areia em frente, para evitar as pedras existentes na praia de Alvor, resultantes das explosões nas arribas determinadas superiormente, como referi neste post "Pedras na Praia dos Três Irmãos".
De vez em quando, em vez duma pedra encontro uma concha em bom estado, ou pouco comum, que por vezes colecciono.
Foi o caso destas conchas planas que apresento a seguir, com uma régua com escala em cm para refeência da dimensão e com uma moeda de 1 euro cujo diâmetro é 2,2cm. Usei o fundo verde dum saco de papel dum jornal para diminuir o contraste com a mesa envernizada de preto.
Pesquisei no Google Images a concha maior
tendo sido remetido para este sítio do governo americano com imagens parecidas da "Eastern Oyster" (Ostra Americana), identificada na Wikipédia como (Crassostrea virginica), sendo esta a "tampa" da ostra, a outra parte é onde está o molusco.
Não me lembro de ter visto esta concha noutras praias, no caso da praia de Alvor ela tem sido assoreada com areia vinda da ria de Alvor, onde existe criação de ostras, por exemplo ao longo do ramal ferroviário de Lagos. Esta concha de côr branca quase imaculada deve ter perdido alguma côr na erosão a que foi submetida.
Disseram-me que em Portugal se cultivava mais a Crassostrea angulata(Ostra Portuguesa) que tem grandes afinidades com ostras da Ásia, talvez tenha sido trazida do Japão. É possível até que as "tampas" sejam semelhantes e que se trate duma ostra portuguesa.
Ainda na recolha de conchas refiro umas de conquilhas gigantes que nunca vi cozinhadas num prato , que mediam uns 8cm conforme se constata na figura seguinte
Todas estas conquilhas perderam a côr natural, nas duas conchas na parte de baixo avalio a da esquerda, com 3,5cm na dimensão máxima, como um tamanho médio de antigamente, agora as conquilhas que me aparecem no prato ficam pelos 3 cm como na concha da direita e ainda alguns exemplares mais pequenos. Há uns 50 anos era possível apanhar conquilhas na maré baixa o que que deixou de ser possível quer na Praia da Rocha quer na de Alvor.
No Sotavento, que não tem tido uma invasão tão grande de turistas como no Barlavento dizem-me que ainda á possível apanhar algumas conquilhas pelo método tradicional que consistia em enterrar oo calcanhar na maré baixa na parte da praia que a água do mar cobria de forma intermitente e rodar o pé ora para a direita ora para a esquerda mantendo o calcanhar no mesmo sítio até desenterrar uma ou mais conquilhas que eram apanhadas à mão antes de serem levadas pela água em refluxo.
Era um movimento parecido à dança do Twist, que apareceu nos anos 60, iniciando a prática de cada elemento dos pares de dançarinos não tocar no seu parceiro, reservando essa prática apenas para as músicas de "slow".
A música clássica do Twist era este "Let´s Twist again" que constatei agora ser do Chubby Checker:
"Come on let' s twist again / like we did last summer! / Yeaaah, let's twist again / Like we did last year/...
Também havia o "Twist and Shout", uma das 4 músicas do primeiro 45 RPM (Rotações por minuto) dos Beatles publicado em Portugal e referido neste blogue.
Em 21/Julho/2025 um conjunto 31 ministros de negócios estrangeiros e a comissária da UE (União Europeia) para Preparação e Gestão de Crises subscreveram um documento disponível no sítio do governo do Reino Unido com uma mensagem simples: a guerra em Gaza tem de acabar já.
Os 31 países são: “Andorra, Australia, Austria, Belgium, Canada, Cyprus, Denmark, Estonia, Finland, France, Iceland, Ireland, Italy, Greece, Japan, Latvia, Liechtenstein, Lithuania, Luxembourg, Malta, The Netherlands, New Zealand, Norway, Poland, Portugal, Slovakia, Slovenia, Spain, Sweden, Switzerland and the UK”
Da UE subscreveram 21 países sendo os seis ausentes: Bulgária, Croácia, Chéquia, Alemanha, Hungria e Roménia. Deste conjunto de seis apenas a Alemanha e a Croácia não reconheceram ainda o Estado da Palestina.
No documento refere “ser horroroso que mais de 800 palestinos tenham sido mortos enquanto procuravam ajuda”, além de censurar a situação de fome generalizada provocada por Israel que já causou mortes, sobretudo de crianças.
Durante uma reunião nas instalações da ONU nos dias 28 e 29/Jul em Nova Iorque, organizada pela França e pela Arábia Saudita sobre o estabelecimento da solução de dois estados, Portugal juntou-se a 15 países que tencionam reconhecer o Estado da Palestina no próximo mês de Setembro
Antes dessa reunião a França, o Reino Unido e o Canadá declararam que iriam reconhecer o Estado da Palestina
Na edição impressa do Jornal Expresso de 1/Agosto/2025 vinha esta imagem com a situação do reconhecimento do Estado da Palestina
É na Europa e nos EUA, além obviamente de Israel, que existe praticamente a única resistência ao reconhecimento do Estado da Palestina. Talvez a continuação do massacre da população de Gaza, tenho dificuldade em chamar ao que se passa uma “guerra”, tenha acelerado este reconhecimento que, sendo improvável que chegue a curto prazo a uma situação “de facto”, possa pelo menos a “de jure” ajudar à criação duma existência real dum Estado da Palestina.