2022-12-05

 Revisitando o COVID


Continuando a revisitar fotos que tirei mas que ainda não publiquei passei por esta que tirei no Pingo Doce em 14/Mar/2020 12:28, onde se  vê uma fila inusitada para entrar no supermercado

 


Relembrei que o primeiro caso detectado em Portugal foi em 2/Mar/2020, a primeira morte no dia 16/Mar. A 18/Mar o presidente decretou o estado de emergência a iniciar às 00:00 do dia 22/Mar. A 18/Mar tinham sido detectados 640 casos, a 21/Mar já iam em 1280.

A 14/Mar ainda não fora decretado o estado de emergência, logo a fila era devida à prudência dos cidadãos em se abastecerem de víveres antes da chegada da escassez. Na altura ainda não havia máscaras à venda. Houve uma corrida ao papel higiénico mas tal também se verificou noutros países, houve também uma campanha dos supermercados para convencer as pessoas que o papel higiénico não iria faltar caso deixassem de comprar quantidades enormes em vez do seu consumo habitual. Nos países islâmicos e muitos asiáticos onde usam o Shattaf não deve ter havido corrida ao papel higiénico.

Do comunicado do Governo em 19/Mar /2020 extraí:
«...
a) Doentes com COVID-19 e infetados com SARS-Cov2 e cidadãos relativamente a quem a autoridade de saúde ou outros profissionais de saúde tenham determinado a vigilância ativa, que ficam sujeitos a confinamento obrigatório;

b) Grupos de risco, ou seja, maiores de 70 anos, imunodeprimidos e os portadores de doença crónica, relativamente aos quais existe um especial dever de proteção, devendo observar uma situação de isolamento profilático;

c) Os demais cidadãos relativamente aos quais são determinadas restrições designadamente quanto à circulação na via pública.

- Relativamente à circulação na via pública, determina-se que os cidadãos a quem não esteja imposto o confinamento obrigatório ou o dever especial de proteção só o podem fazer para a prossecução de tarefas e funções essenciais, como por exemplo:

  -  motivos de saúde
  -  aquisição de bens e serviços;
  -  desempenho de atividades profissionais que não possam ser realizadas em regime de teletrabalho;
  -  motivos de urgência e razões familiares (assistência de pessoas vulneráveis, pessoas portadoras de deficiência, filhos, progenitores, idosos ou dependentes);
  -  acompanhamento de menores para em deslocações de curta duração, para fruição de momentos ao ar livre e frequência de estabelecimentos escolares nos casos excecionalmente permitidos;
  - deslocações necessárias ao exercício da liberdade de imprensa;
  - deslocações de curta duração para efeitos de atividade física, sendo proibido o exercício de atividade física coletiva;
   - deslocações de curta duração para efeitos de passeio dos animais de companhia.
...
»

Numa interpretação razoável destas regras considerei que dar uma volta a pé nos passeios com muito poucos transeuntes dos Olivais seria benéfico mesmo para septuagenários como eu  a quem também fariam bem as “deslocações de curta duração para efeitos de actividade física”.

Nessas deslocações fotografei umas tantas plantas que não estavam a ser afectadas pelo COVID, a não ser por uma frequência de corte provavelmente mais baixa. Esta imagem é de  28/Abr2020 12:17
 

e a seguinte de 12:21
 

A ultima desta série é de 30/Abr às 13:10.


Perguntei a um médico quando é que a OMS (Organização Mundial de Saúde) daria a pandemia de COVID como extinta. Disse-me que em linhas gerais seria quando não afectasse muitos países em simultâneo passando a ocorrer em surtos espaçados no tempo e no espaço.

Revisitei o sítio Worldometer para COVID e extraí as estatíticas globais de mortes causadas pelo coronavírus no Mundo e em Portugal:
 
 


Existem países sem casos COVID mas ainda não são suficientes. É preciso continuar com cautela em Portugal.


3 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem explicado é observado!

João Brisson disse...

"É preciso continuar com cautela em Portugal."

Peço desculpa, mas é uma frase tão genérica que o seu sentido e gravidade se perdem de tão vaga ser a afirmação.

Por outro lado, são frases como estas que criaram níveis de ansiedade (e pior) que ainda hoje infelizmente perduram.
Houve pessoas que davam graças por ainda não terem sido infetadas, mas depois de o serem ficaram admiradas.
Tomavam todas as vacinas mas mesmo assim desconfiavam e temiam.

jj.amarante disse...

Quando digo "É preciso continuar com cautela em Portugal." quero dizer que se deve prestar atenção ao que diz a DGS e aos especialistas que nos merecem confiança. As vacinas não impedem que se tenha a doença mas protegem contra a doença grave e isso deixa-me tranquilo. Mas a pandemia ainda não acabou.