As janelas da minha casa estão retraídas cerca de meio metro da fachada do prédio, uma boa prática tradicional no Sul de Portugal, que permite a entrada do Sol dentro de casa durante o Inverno ajudando o aquecimento e dificulta essa entrada durante o Verão, em que o Sol anda mais alto, dificultando o aquecimento então indesejado.
Das fotografias que vou tirando e que não publico rapidamente dada a ausência de urgência, passei agora por esta
e esta
dum banco "Stone", fabricado pela italiana Kartell e projectado no Marcel Wanders Studio que mostrara noutro post deste blogue.
O banco não está directamente iluminado pela luz do sol mas é atravessado pelo reflexo da parede branca por trás, essa sim iluminada, bem como uma parte do soalho que ficou sobreexposto.
Estes raios de Sol a entrar muito para o interior da casa costumam fazer-me lembrar o templo de Abu Simbel no Egipto, que visitei em Abril de 2006 no seu novo local, uns metros acima do local original para evitar que fosse inundado pelas águas da albufeira da barragem de Assuão.
Dado que o templo cavado na rocha tinha um corredor comprido a seguir à entrada no fim do qual estava uma estátua do faraó Ramsés II que ordenou a construção, estátua que era iluminada ao nascer do Sol apenas em 2 dias do ano (22/Fevereiro e 22/Outubro) nas datas do nascimento e da coroação desse faraó, a orientação do templo foi cuidadosamente mantida.
Deixo uma foto do templo na sua nova posição. Infelizmente não deixavam tirar fotografias no interior do templo, não sei se por receio de ataque terrorista se para reservar direitos das imagens.
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