A REN, Rede Eléctrica Nacional, disponibiliza um volume grande de informação estatística sobre o Sistema Eléctrico Nacional.
Os profissionais do sector sabem onde encontrar esta informação. Para não profissionais com curiosidade poderão aceder no sítio da REN googlando (ren centro de informação)
seguindo depois a ligação para Estatística Diária (na imagem acima com cor roxa, no resultado do google estará inicialmente a azul) obtém-se este quadro:
e seleccionando a palavra "Diagrama" na última linha da imagem que mostro acima obter-se-ão os diagramas que obtive na visita que acabo de fazer hoje, dia 31/Out/2018, respeitantes portanto a 30/Out, o dia da véspera. Podem-se obter valores de outros dias seleccionando data e depois "Executar"
Em Maio/2018 a Ordem dos Engenheiros organizou uma visita de estudo às instalações da IKEA em Alfragide, para ver as células fotovoltaicas instaladas na cobertura da loja desse local.
A central fotovoltaica na
loja IKEA Alfragide iniciou o seu funcionamento em Junho de 2016. Esta
central tem uma potência total instalada de 967 kWp (o "p" como sufixo de kW forma uma sigla significando que é a potência máxima expressa em kW que a instalação pode produzir, o valor instantâneo varia com a altura do sol, a nebulosidade, etc), com 13 inversores,
3.120 módulos cobrindo uma área de 6.029 m2 e 99% da sua produção será
para autoconsumo.
Esta é uma primeira vista de um subconjunto dos painéis instalados
e disseram-nos que as coberturas deste tipo de instalações poderão precisar de ser reforçadas para suportar o peso adicional dos painéis fotovoltaicos, uma vez que as coberturas são projectadas para suportar não mais do que os pesos expectáveis. Não foi necessário furar a cobertura, evitando assim possíveis infiltrações.
Estas células geram electricidade em corrente contínua com tensões inferiores a 10V. Torna-se assim necessário instalar inversores para converter a corrente contínua em alterna usando depois transformadores para elevar a tensão até aos 230V padronizados para os equipamentos usados no interior de habitações e lojas, tais como candeeiros, etc. Associados a estes painéis existem portanto uns armários metálicos onde essas transformações são realizadas.
Dada a forma dispersa como a energia solar chega até nós, faz todo o
sentido aproveitar as coberturas das instalações consumidoras de energia eléctrica para aí instalar painéis fotovoltaicos
geradores de pelo menos parte da energia eléctrica consumida nessas
instalações. Continuam a existir economias de escala nas grandes instalações mas essas economias não são tão importantes como nas centrais convencionais.
Neste caso será certamente melhor instalar os painéis na cobertura da instalação consumidora do que instalá-los num campo distante e transportar a energia eléctrica pelas redes de transporte e distribuição.
Com os preços actuais estas instalações são economicamente interessantes sem necessidade de qualquer subsídio.
Até há algum tempo não gostava de zonas antigas da cidade de Lisboa porque, de uma forma geral, os prédios com alguma idade estavam muito mal conservados.
Por outro lado, a organização dos quarteirões em ruas estreitas, sem horizontes, dão-me uma sensação de claustrofobia.
São certamente estas as razões para apreciar os Olivais e agora também o Parque das Nações onde tirei esta foto em Julho/2018 a este passeio amplo reservado a peões no Campus da Justiça de Lisboa
Fez-me lembrar esta outra foto que mostro a seguir, que tirei em 1978 à "promenade" central da "Défense" em Paris, numa data em que ainda não existia a "Grande Arche" mas em que este novo bairro se constituía como uma urbanização futurista da cidade.
É sabido há muito tempo pelas pessoas que se interessam pela cultura clássica que a maioria das estátuas gregas era pintada e que a sua brancura quando foram "reencontradas" se devia ao efeito da passagem do tempo nas tintas que as tinham decorado quando inicialmente expostas. A imagem seguinte que retirei do artigo mostra a diferença do aspecto da cabeça duma mulher com e sem pintura.
No texto refere-se, entre outras coisas, a dificuldade psicológica que os ocidentais têm de aceitar que as
estátuas gregas e romanas eram polícromas e não daquele branco-mármore
que agora lhes parece essencial. Ou então que, mesmo sabendo que foram
polícromas, preferem uma versão da côr do mármore, normalmente com
alguma "patine" para acentuar as formas.
Refere também uma exposição "Gods in Color" referida na Wikipedia onde se diz que o conceito da exposiçaõ foi desenvolvido pelo arqueólogo alemão Vinzenz Brinkmann, trabalhando com o apoio da gliptoteca de Munique. A imagem seguinte mostra uma comparação feita nessa exposição, inserida também no artigo da New Yorker.
Embora eu não seja um fanático das esculturas sem tinta reconheço que me sinto também mais à vontade nas esculturas monocromáticas, as polícromas fazem-me lembrar bonecos artesanais de presépio, índios e caubóis em plástico pintado ou eventualmente exemplares dos museus de cera da Madame Tussaud, sobretudo quando cobertos por artigos texteis.
Existe uma qualidade abstracta na reprodução monocromática lembrando-nos que não se trata de um ser vivo mas tão só de uma das formas que pode assumir, como nesta Flora de Jean-Baptiste Carpeaux da colecção Gulbenkian exibida na exposição "Pose e Variações. Escultura Francesa no Tempo de Rodin"
Não nos devemos contudo esquecer dos hiper-realistas americanos, como por exemplo Carole Feuerman cujas esculturas eu já mostrara neste post, e em que repito aqui (por curiosidade para verificar se as reprovações são sistemáticas) uma imagem dele que se tornou não visível porque alguém ou algum algoritmo a considerou "não mostrável", talvez por se tratar de um nu frontal, porque a mesma escultura vista de trás não foi objecto de reprovação
e de que volto a mostrar o detalhe das gotas de água sobre a pele
sendo visível que se atingiu uma qualidade de reprodução quase perfeita.
Mas regressando à brancura recomendo a visita do 3º episódio desta série da BBC, que já referira aqui a propósito do azul, em que o Dr. James Fox fala sobre a História da Arte a propósito de 3 cores: o Dourado, o Azul e o Branco. Embora cada um dos programas dure 1 hora valem bem o tempo que se gasta.
No caso específico do branco James Fox refere os contributos do historiador de arte Winkelman e do industrial Wedgwood como dois dos principais impulsionadores da cor branca no Ocidente.
BBC A History of Art in Three Colours 1 of 3 - GOLD
BBC A History of Art in Three Colours 2 of 3 - BLUE
BBC A History of Art in Three Colours 3 of 3 - WHITE
Neste vídeo emitido no HBO Brasil em 7/Jul/2018 e publicado no Youtube , Gregório Duvivier da "Porta dos Fundos", que não conseguiu convencer um número suficiente de pessoas a não votar em Bolsonaro, apresenta sólidas razões para não votar nele apresentando mesmo vários outros candidatos como alternativas preferíveis
No filme seguinte, que vi aqui, adiantam-se conjecturas explicativas para tanta gente ter votado em Bolsonaro
Achei curiosa a envolvente desta estátua de mulher nua numa rua de Lisboa.
A criação de um nicho arbustivo para envolver a estátua, que já estava colocada num canto impedindo acesso à vista de muitos ângulos, quase parece pretender resguardar a estátua de olhares indiscretos. Será que o jardineiro tem ciúmes? Será a Susana da Bíblia depois do banho, aqui cuidadosamente protegida dos olhares libidinosos dos velhos?
Foi ontem (23-Out-2018) inaugurada pelo presidente da República Popular da China, Xi Jin Ping, a ponte marítima mais longa do planeta com 55km, que passou a unir Hong-Kong, Zhuhai e Macau na foz do delta do rio das pérolas.
A referência à simplicidade das casas japonesas decoradas de forma tradicional com esteiras de tatami no chão onde as pessoas se sentam sem recurso a cadeiras ou bancos como no post anterior
e como também em vários templos como este que visitei em Kyoto
fez-me lembrar uma ligação que me pareceu existir entre esta característica da cultura japonesa e a posição dos pontas dos pés das mulheres que estão em muitos casos a apontar para dentro, originando uma forma de andar estranha, que aos meus olhos de ocidental parece desajeitada, embora tenha lido aqui que é considerada no Japão como muito elegante e discreta.
Em japonês esta posição dos pés com as pontas viradas para dentro chama-se "uchimata". Infelizmente este é também o nome de um golpe de judo pelo que aconselho a googlar (uchimata girls) sem aspas para aceder a alguns sítios onde falam dos "pés metidos para dentro" como neste filme e neste post.
Nestoutro sítio encontrei apoio para a conjectura que então me ocorreu de que esta posição dos pés estaria ligada à posição mais frequente nas mulheres de se ajoelharem no chão sentando-se sobre os calcanhares. Como é patente nesta última foto esta posição força os pés a ficarem com as pontas viradas para dentro. Os homens não são forçados a sentar-se desta maneira pois têm a alternativa da posição de lótus que não é viável para as mulheres quando vestem algo que as impede de terem as pernas abertas como é o caso com kimonos de formato equivalente a uma saia "travada".
Os ingleses chama a esta posição dos pés "Pigeon toe".Cheguei a tirar uma foto aos pés dumas japonesas, sem sucesso para mostrar os pés metidos para dentro. Na minha foto seguinte, mostrando calçados estranhos para a moda ocidental, documento que me dei ao trabalho de enquadrar pés numa foto, coisa que julgo só ter feito no Japão
Entre a opulência deste interior do Palácio de Buckingham, nesta foto tirada por Annie Leibovitz em 2016 pelo 90º aniversário da rainha Isabel II, rodeada por 2 netos e 5 bisnetos, numa encenação certamente supercuidadosa
e o minimalismo desta casa japonesa situada no jardim de Sankien em Yokohama, numa foto tirada por mim em 2014
vai um mundo de possibilidades.
Mas mesmo o minimalismo, com o chão em tatami e aparentemente sem móveis deriva de uma tradição longa. Uma parte importante da casa é o jardim em que se insere, percebendo-se melhor ao ver um bocadinho do jardim
porque era a casa de uma família muito rica de Yokohama.
As casas japonesas com estrutura em madeira e painéis com papel translúcido deixando passar a luz parecem muito adequadas a uma terra com grande frequência de sismos. Se calhar fartaram-se de ver os móveis aos saltos durante os terramotos e optaram por guardar poucas coisas dentro de algumas caixas.
Nesta casa ainda tinham uns móveis com formas ocidentais, talvez fosse para receberem estrangeiros com dificuldade em se sentar no chão.
O Parque das Nações é inesgotável para tirar fotografias, desta vez uma poalha prateada no rio Tejo, observado ao lado do jardim Garcia da Orta, protegido do sol pela alameda de pinheiros
Entretanto tive dúvidas sobre o enquadramento desta foto e fiz duas variantes, em que o poste do teleférico deixou de aparecer, além de que o horizonte ficou de nível em vez de ligeiramente inclinado, a primeira com um ratio de 4:3