Gostei noutro dia (já foi em 7/Abr!) de ver o céu azul, depois duma série grande de dias de chuva com céu quase sempre cinzento.
Por coincidência acabo de ver uma série de 3 programas magníficos (isto é quase um pleonasmo) da BBC, referidos no Expresso diário, apresentados por James Fox, intitulada A History of Art in Three Colours, Gold, Blue, White.
No programa sobre o uso do ouro na arte fui agradavelmente surpreendido pela classificação da deposição electrolítica de uma finíssima camada de ouro sobre variados metais como uma espécie de conclusão do sonho alquimista de transformar qualquer metal em ouro.
No programa sobre o azul revisitei o maravilhoso "azul ultramarino" tonalidade que existia nos guaches Pelikan da minha infância e que não tinha comparação com o azul disponível nos guaches azuis da marca Cisne.
A designação de "azul ultramarino" devia-se à sua proveniência, pedras de lápis-lazuli do longínquo Afeganistão, que chegavam a Veneza depois duma viagem por terra e de atravessar o mar Mediterrâneo. Este pigmento chegou a ser mais caro do que o ouro.
Depois deste programa reconciliei-me com o quadro "Blue Monochrome" do Yves Klein, que fotografei em tempos no MoMA em Nova Iorque, e do qual embora gostasse muito da cor, achava duma simplicidade excessiva. Deixo aqui a foto que então tirei
Sem comentários:
Enviar um comentário