2016-06-30

Canon de J.S.Bach


Um filme que me chamou a atenção




porque em tempos li no Gödel, Escher & Bach do D.R.Hofstadter uma referência ao Crab Canon.


2016-06-29

SOS Calçada nos Olivais








Há uns tempos que vejo na rua cartazes anunciando um novo serviço da Junta de Freguesia dos Olivais, com a mesma informação da imagem ao lado que fui buscar ao sítio da dita freguesia.




No passado dia 20/Junho, segunda-feira da semana passada, na sequência de uma queda num afundamento que existia na calçada na Rua Cidade de Benguela, telefonei para o nº 914 828 978 publicitado, de onde me disseram que poderiam demorar 15 dias úteis a intervir.










Hoje, dia 29/Jun, quarta-feira, a calçada estava arranjada, como se constata na foto.



 

2016-06-27

Poupa nos Olivais, família Upupa


Num hotel do Algarve em 2006 reparei que no relvado estavam umas aves que não me lembrava de ter visto




ou mais em pormenor



Pensei na altura que poderiam ser Poupas, uma ave que me lembrava aparecer num cromo da colecção “História Natural” de que mostro a respectiva digitalização, incluindo o texto de qualidade fraquinha



Passados quase 10 anos, em Outubro de 2014, uma imagem duma poupa chamou-me a atenção para este artigo da BBC, “How Cyclone Hudhud got its name” onde explica que enquanto no Atlântico dão nomes aos cyclones tropicais desde 1953, no Índico só adoptaram esta prática em 2004, data em que 8 países (Índia, Pakistão, Bangladesh, Maldivas, Myanmar, Oman, Sri Lanka e Tailândia) forneceram 64 nomes, 8 por cada país, para designar ciclones do Índico nos tempos mais próximos.

Como se vê pela lista existem sensibilidades religiosas diversas e foi complicado encontrar nomes que não levantassem objecções. Lembro-me que mesmo no Atlântico, o uso exclusivo de nomes femininos para designar ciclones foi objecto de críticas (o facto das figuras mitológicas gregas designadas por fúrias serem do género feminino não foi  considerado decisivo), passando a usar-se alternadamente nomes femininos e masculinos.

Desta vez o nome pretence à lista de propostas de Oman, Hud-hud é o nome em árabe, etimologicamente uma onomatopeia, à semelhança do nome em ingles Hoopoe. Hud-hud é uma das poucas aves referidas no Corão, a propósito do uma história envolvendo um Hud-hud, o rei Salomão e a rainha do Sabá, actual Yémen.

Copiei esta imagem do artigo da BBC, mostrando uma Poupa a voar



Israel parece ter uma relação complicada com esta ave, enquanto a Torah diz que é uma ave detestável que não deve ser comida, o estado de Israel adoptou-a como a ave nacional em Maio de 2008, são pormenores que li na versão inglesa da Wikipédia, nuns países simpatizam com a ave, noutros não.

O ano passado no Verão avistei outra Poupa sobre outro relvado algarvio (até parece que é uma região chuvosa) mas bastante ao longe



a seguir vê-se melhor



acho que não fui suficientemente rápido a tirar a foto, vi a ave com maior pormenor do que esta imagem mostra.

Com todos estes encontros, quer em cromos, quer na BBC quer no Algarve, fiquei bastante entusiasmado quando vi uma Poupa no bairro dos Olivais Sul em Lisboa, no dia 18/Jun/2016






seguindo-se uma imagem mais pormenorizada



Nesta apanhei a Poupa a voar, se bem que o telemóvel não tenha teleobjectiva




nesta também



e ainda outra



Como no dia 19 a Poupa continuava no local, no dia 20/Jun levei uma pequena máquina Canon, com algum zoom óptico. Nesse dia fotografei um casal de Poupas, em vez de uma só:






No dia seguinte, dia 21/Jun, ainda levei a Canon e consegui este grande plano:






Mais informações sobre esta ave no sítio das Aves de Portugal.

2016-06-23

Referendo no Reino Unido





Já disse a propósito do referendo grego em Julho de 2015 que:

«
E não me esqueço que durante o tempo do Salazar em Portugal toda a esquerda era unânime na condenação dos referendos como forma populista e direitista de consultar a população. O próprio Tsipras falou contra referendos há pouco tempo. E que é difícil e muito limitador responder à maioria das perguntas relevantes com um simples "sim" ou "não".
»

Continuo a pensar o mesmo sobre este assunto e considero particularmente grave que os politicos se demitam de tentar encontrar soluções para problemas difíceis, função para a qual foram eleitos e ainda que tenham falhado convencer uma maioria considerável da população de que uma das opções é consideravelmente melhor do que a outra. A minha opinião é que deviam ficar.

As actuais previsões, talvez menos falíveis do que as projecções eleitorais inglesas, tornadas praticamente impossíveis pelo sistema inglês de maioria simples em volta única, mostram que a decisão será praticamente equivalente a lançar uma moeda ao ar.




É irresponsável governar um país desta forma, um país que tem entre tantas instituições extraordinárias também a Royal Horticultural Society, de onde tirei estas imagens de jardins britânicos.






Cultures and Organizations



Um amigo meu visitou recentemente a Holanda e em conversa posterior veio a propósito falar de um livro que achei muito interessante sobre as culturas e formas de organização de diversos países. A imagem ao lado é da edição inglesa em paperback de 1994 (a 1ª edição é de 1991).

O autor Geert Hofstede, de nacionalidade holandesa, define várias características de uma cultura (genérica) e ordena os países em relação a cada uma dessas características.

Nas características das diversas culturas nacionais Portugal costumava estar longe das características predominantes nos países mais desenvolvidos mas havia uma ou outra excepção.

Uma excepção curiosa era de estarmos muito próximos da Holanda em relação à predominância de valores femininos, designadamente de ambas as sociedades serem mais inclusivas do que exclusivas, em relação aos seus membros.

O autor justificava esta similitude de valores nas sociedades holandesa e portuguesa porque, tendo sido sociedades de navegantes, em ambos os países os elementos masculinos dos casais estiveram ausentes do lar familiar durante largos períodos, levando as mulheres a uma posição de maior autoridade em casa, favorecendo a inclusão.

O livro foi-me sugerido num voo para Amesterdão (acabo de verificar que foi em 1999) pelo passageiro da cadeira ao lado, que se tratava de um polícia que tinha vindo passar umas férias em Portugal e que se dedicava na altura a fazer um mestrado ou um doutoramento numa Universidade da Holanda.

Confesso que fiquei surpreendido por um polícia estar a tirar um mestrado ou um doutoramento, reconheço que era um preconceito (mais um  como este) de que entretanto me libertei, mas o insólito da situação levou-me a adquirir e ler com muito gosto e proveito o livro de que falo.

O autor foi criticado pela metodologia que seguiu de entrevistar apenas empregados da empresa IBM no seu estudo, pois tratava-se de uma amostra claramente enviesada da população. Em sua defesa o autor argumentou que sabia que se tratava de uma amostra enviesada mas, dada a profundidade com que os valores culturais de uma sociedade afectam todos os seus membros, ao escolher apenas os trabalhadores da IBM fazia ressaltar as diferenças de sociedade para sociedade pois a IBM procurava funcionários com perfis profissionais semelhantes em todos os países.

De uma forma geral a análise das diversas características pareceu-me bastante realista e ainda me lembro de o autor referir que em Portugal, nesse aspecto bastante diferente da Holanda, as pessoas se interessarem mais pela posse de um diploma universitário, do que por aprender as matérias que eram leccionadas, preferência que me chocava e que eu sabia corresponder à realidade, quando passei pelo IST entre 1966 e 1971 e que presumo prevalecer nas outras escolas superiores do país de então.

Se calhar ainda vou reler algumas partes do livro, agora que falei nele, como prometera num post recente.




2016-06-20

História dos eléctricos de Lisboa


Em meados do passado mês de Abril assisti à apresentação do livro “Do Dafundo ao Poço do Bispo uma História sobre Carris”, uma edição do autor, Luís Cruz-Filipe, apresentação de que se pode ver uma pequena reportagem, por exemplo neste Youtube ou uma referência neste sítio.

O livro trata da história dos carros eléctricos em Lisboa e da sua rede cuja electrificação se iniciou cerca de 1900, que se foi expandindo a vários ritmos, tendo atingido a sua dimensão máxima nos anos 60 do século XX.

A partir daí foi diminuindo, sendo as carreiras substituídas parcialmente por autocarros e também sempre que se instalaram linhas do Metropolitano em percursos onde existiam linhas de eléctrico, estando a rede actualmente reduzida a 5 carreiras, duas à beira-rio com eléctricos modernos da Baixa até Belém e Algés, as 25 e 28 com grande procura de turistas e a 12 que circula entre o Martim Moniz e a Graça também procurada pelos turistas.

O livro tem informação vasta, detalhada e verificada com grande cuidado.

Dada a minúcia do tratamento li apenas com mais detalhe a primeira parte do livro, que versa sobre a evolução da totalidade da rede, passando mais depressa o tratamento específico das diversas carreiras.

O livro tem um conjunto notável de fotografias e através delas revi um conjunto de cenas comuns que foram desaparecendo quase sem eu dar por isso.

Além das composições com reboque



desapareceram também os modelos mais compridos, com 9 ou 10 janelas laterais como se vêem abaixo



Quando os autocarros foram introduzidos as suas janelas não tinham aberturas tão grandes como nos eléctricos e nos dias de calor atingiam temperaturas verdadeiramente insuportáveis. Os eléctricos, quando se conseguia um lugar à janela, sobretudo no modelo mais à esquerda ou nos antigos ainda em circulação, proporcionavam uma viagem muito agradável com a brisa da deslocação do veículo a refrescar os felizes ocupantes dos lugares à janela.

Outra vista que deixou de ser frequente, pela simples redução da quantidade de veículos em serviço, eram as enormes filas quando se formavam engarrafamentos, muitas vezes devidos a veículos mal estacionados obstruindo a passagem do eléctrico.

Às vezes penso que a tolerância da nossa sociedade (a modéstia da multa/penalidade) para veículos que impedem a passagem do eléctrico, que continua a existir como referido aqui, deve ter dado um forte contributo para a quase extinção deste meio de transporte, que continua a ser utilizado em várias cidades da Europa.

Este livro é também um sinal de que as condições da emigração actual são completamente diferentes das que prevaleciam há alguns anos, em que a distância implicava um corte muito maior com o que se passava em Portugal. O Luís trabalha actualmente na Dinamarca mas continuou a consultar os jornais portugueses de há décadas que estão disponíveis na internet, com a mesma facilidade que um habitante de Lisboa. E troquei com ele agora um e-mail sem fazer ideia do sítio onde está.

Quem quiser comprar o livro pode obtê-lo enviando e-mail para o autor usando o endereço: lcfilipe@gmail.com.

2016-06-19

Árvores floridas no Brasil


Apreciar os prados dos Olivais requer bastante atenção ao detalhe quer do que se mostra quer do que se oculta, designadamente para deixar fora do enquadramento das fotos os numerosos detritos que cidadãos menos cuidadosos vão deitando para o espaço público em vez de usarem os recipientes instalados na via pública para recolher o lixo.

Já neste jardim, de que mostro a seguir três árvores e que já referi num post de Abril/2011 é fácil reparar nas árvores em floração como este Ipê rosa





ou este Ipê amarelo





ou ainda esta Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides, segundo diz na wikipédia)





Todas estas fotos foram tiradas pela Sonia A.Mascaro e publicadas neste post do Leaves of Grass.


2016-06-15

Prados dos Olivais (6)



Desde que estou reformado quase todos os dias dou um pequeno passeio a pé pelo bairro dos Olivais, repetindo habitualmente o mesmo percurso. Como os prédios das ruas mudam pouco, a minha atenção acaba por se debruçar principalmente sobre as plantas que abundam no bairro e que nesta fase da Primavera exibem flores de variadas cores e feitios.

Em tempos referi que gostaria de conhecer os nomes das plantas que nos rodeiam, aliás a procura “nomes de plantas” é uma das buscas que traz mais visitantes a este blogue, mas constatei rapidamente que precisaria de uma formação demorada em Botânica antes de ficar capaz de identificar mesmo que fosse um pequeno subconjunto da grande variedade existente, contentando-me em ir mostrando imagens que tento não repetir e colocando de longe em longe uma pergunta aos autores do sítio Dias com árvores.

Desta vez mostro duas pequenas flores, a maior com um diâmetro duns 3 cm com 3 cores, no centro amarelo, depois branco e a seguir roxo na periferia



que no meu percurso apareceram apenas neste sítio onde estiveram durante bastantes dias. É engraçado como uma pessoa se vai adaptando ao ambiente que a rodeia, neste caso por vezes ao aproximar-me do local interrogava-me se estas duas pequenas flores ainda estariam no seu sítio, mostro em baixo uma ampliação da foto anterior



A seguir, tendo os prados como fundo, mostro um ramo florido de uma árvore comum nos Olivais, com umas folhas parecidas às das oliveiras na forma e no tom, se bem que diferente no brilho




e continuo com outra planta, desta vez do género “emplumado”, talvez se possa dizer “fluffy” em inglês




Por vezes mesmo eu, que tenho apreciado tanto os prados dos Olivais, acho que a vida botânica selvagem está a ficar excessivamente exuberante nalgumas partes do bairro, como no exemplo que segue, de 8/Mai/2016



A seguir deve ter havido um percalço e usei inadvertidamente o modo“panorama”. Mas gostei da banda resultante, dos ramos de um arbusto cheio de botões de flores







e a seguir um enquadramento mais “normal” do mesmo arbusto com um tantos botões desabrochados


Este arbusto está numa zona protegida do sol nascente pela sombra de um prédio e as plantas parecem nessa pequena zona um pouco mais viçosas, como no dia 4/Mai/2016



Parece-me ser este o único sítio do meu passeio em que vejo estas florinhas cor-de-rosa de 4 pétalas. Como as florinhas ficaram pouco nítidas na foto, voltei a fotografá-las no dia 8/Mai/2016. Estava vento pelo que segurei a haste de uma flor com a mão, o que dá também uma ideia do tamanho da florinha em questão



a mesma foto com enquadramento reduzido



e agora ainda a mesma foto mas mostrando apenas a flor:




2016-06-09

Kilim e outros padrões



Gostei deste tapete do tipo Kilim, de Gashgai ou Qashqai, segundo diz a wikipédia trata-se de população de etnia turca que vive no Irão e que era nómada até há pouco tempo.



Embora o tapete tenha repetições que criam um ritmo confortável, quando pensamos que conseguimos prever o elemento seguinte o artesão parece que tem um vaipe e introduz uma variação.

Estas variações das grafias das regiões, como esta referida na wikipédia "Qashqai (pronounced [qaʃqaːʔiː]; also spelled Qeshqayı, Ghashghai, Ghashghay, Gashgai, Gashgay, Kashkai, Qashqay, Qashqa'i and Qashqai: قشقایی) " são fonte de confusão que vai ficando mais irritante à medida que se torna mais fácil indagar na internet sobre um tema. Por exemplo na Índia a grafia das cidades tem variações muito importantes. Em Português também vai ser cada vez mais assim, com este acordo ortográfico que em vez de uniformizar introduziu maior variedade na grafia. Por enquanto os nomes das localidades ainda não foram atingidos mas devem ser as próximas vítimas da diversificação da grafia.

Coloquei a imagem acima no Google Imagens e embora não tenham localizado este padrão, forneceram imagens muito interessantes, todas elas com ritmos visuais, muitas delas não sendo de kilims:






Palmeira das Canárias (2)


Tenho um fraquinho por esta palmeira que já mostrei em Setembro/2011.

Agora, em 3/Jun estava um sol magnífico e uma atmosfera transparente que, conjuntamente com o aparar das folhas  mais rasteiras deu esta forma tão agradável à palmeira e uma sombra tão nítida que faz pensar num reflexo numa superfície espelhada:




2016-06-05

Arrumação por Marie Kondo


Ouvi falar deste livro que comprei e li com agrado.

Tenho grande dificuldade em encontrar coisas em ambientes desarrumados, motivo que me parece ter sido determinante para manter normalmente os ambientes em que vivo bastante arrumados.

Contudo, considerando a extraordinária simplicidade de muitos ambientes japoneses tive curiosidade em verificar se esta japonesa me trazia mais ideias sobre como arrumar melhor.

De uma forma geral gostei do livro e concordo com a autora na importância crucial de diminuir o número de objectos que guardamos na nossa vida, quer seja no trabalho quer na nossa casa.

Não fazia ideia do número de livros dedicados a este tema e notei que por vezes concordava mais com as obras concorrentes citadas pela autora do que com ela própria.

Pareceu-me também questionável a ordem de arrumação por ela sugerida: roupas, livros, papéis, objectos e lembranças. A justificação desta sequência consiste em ser mais fácil deitar fora a primeira categoria da lista, aumentando a dificuldade nas categorias seguintes. Existirão certamente pessoas para quem esta ordem não seja a de dificuldade crescente.

Achei curiosa a referência frequente ao longo do livro a uma concepção animista do mundo, ao sugerir que se agradeça aos objectos de que nos separamos o que eles fizeram por nós.

Talvez noutra altura fale um pouco mais dum livro “Cultures and Organizations” de Geert Hofstede, onde refere a persistência por muito tempo dos valores culturais das diversas sociedades mesmo quando adoptam e/ou criam grandes inovações tecnológicas.

Neste blogue tenho algumas imagens do Japão.




Aproveito a oportunidade para mostrar este magnífico biombo em que se nota uma certa ordem, harmoniosamente combinada com alguma desordem, como é hábito observar nos maravilhosos jardins japoneses.

Trata-se do anúncio duma exposição de que mostrei alguns objectos aqui e aqui.


2016-06-02

Vêem-se poucas papoilas nos prados dos Olivais (2)


Intrigado com a quase completa ausência de papoilas nos prados dos Olivais fui à Wikipédia ver se encontrava alguma explicação.

Aprendi no sítio em inglês que o ciclo de vida das papoilas era semelhante ao dos cereais pelo que se costumavam desenvolver em abundância e ao mesmo tempo que os cereais nos campos de cultura.

A introdução dos herbicidas, que me surpreendeu ser tão recente como os anos 40 do século XX conforme referido na versão inglesa ou um pouco antes conforme referido na versão francesa um pouco diferente, bem como uma melhor separação das sementes, fez diminuir muito a presença das papoilas nos campos de cultura.

Aprendi também que a papoila foi adoptada como símbolo do “Remembrance day”, 11 de Novembro, para comemorar o fim da 1ª guerra mundial, sobretudo nos países da Commonwealth, como por exemplo na Nova Zelândia, onde usam a flor estilizada que mostro aqui ao lado.

E que foi adoptada porque nos campos da Flandres ela despontava rapidamente sobre as campas dos soldados recentemente enterrados e também nos campos de batalha após os bombardeamentos, dado que aumenta muito a probabilidade das sementes germinarem em terra que seja remexida. A semente mantém-se com capacidade de germinar durante cerca de 80 anos, o que também será adequado para associar a uma recordação mesmo que distante no tempo. 

Nos Olivais os prados são canteiros que em países mais chuvosos teriam quase só relva e frequentemente cortada. Aqui deixam as plantas chamadas “daninhas”, por quem cultiva plantas para a nossa alimentação, crescer mais à vontade cortando-as de vez em quando. Não me lembro de ver gente a remexer a terra dos canteiros o que talvez diminua a probabilidade de germinação.

No outro dia reparei contudo que no separador central da rua Cidade de Luanda havia imensas papoilas como se constata nas fotos





Talvez tenham revolvido este pequeno canteiro...

Tive dificuldade em encontrar na internet estatísticas em sítios escritos em português sobre mortes causadas pela primeira Grande Guerra.

Em inglês cheguei rapidamente a este artigo da wikipédia intitulado “World War I casualties”.

Neste quadro com o Reino Unido e Portugal



que retirei do artigo da Wikipédia vê-se que, além dos soldados portugueses que morreram nessa guerra, as condições de vida (e de morte) da população de Portugal em geral foram grandemente afectadas, proporcionalmente muito mais, do que as condições da população que vivia no Reino Unido.