Este museu situa-se no Chateau de Chantilly, 40km ao norte de Paris que referi num post anterior. Nesse post mostrei alguns dos dourados sobre branco que decoram o Chateau, onde se encontra o Museu Condé.
Na altura ia bastante focado no Livro de horas do Duque do Berry, talvez o livro mais belo nessa categoria feito no século XV, de que tenciono falar noutra ocasião. Depois de gastar algum tempo vendo pormenores desse livro num écran dum PC disponibilizado na biblioteca do Chateau o meu espírito estava pouco disponível para outras obras da colecção do museu.
Talvez por isso simpatizei com estas letras H e O aqui à direita, que faziam lembrar as iluminuras dos monges copistas no início de cada capítulo, decoradas de forma simétrica, com elementos que me fazem pensar na Arte Nova. Não sabendo donde vinham estas letras tentei o Google Imagens e cheguei com alguma surpresa apenas a este sítio Chinês onde além das mesmas letras
e de outras imagens interessantes tinha esta fotografia de uma das salas de exposição de quadros
que explica parcialmente a minha falta de interesse pelos quadros deste museu pois gosto de ver um de cada vez e com eles posicionados o mais possível à altura dos olhos, em vez de colocados longe lá em cima quase ao pé do tecto.
Fico a pensar que estas salas mostram o triunfo do coleccionador de objectos raros e preciosos sobre o apreciador de objectos belos. Este tipo de exibição das obras é mais para mostrar que o coleccionador possui muitas do que para proporcionar ao visitante uma fruição em condições apropriadas dos componentes da colecção.
Talvez por isso reparei mais nesta escultura duma jovem deitada
que vi na net ter sido feita por Lorenzo Bartolini (1777-1850) de que mostro a seguir duas perspectivas
Existe uma imagem melhor desta escultura na Wikipedia aqui, talvez excessivamente azulada mas fácil de alterar
Agora ao procurar na net mais informação sobre o Museu Condé fui dar ao sítio respectivo com esta linda imagem introdutória do pintor Piero di Cosimo (1462-1522)
Trata-se de um detalhe dum retrato de mulher datado de 1480 que se supõe ser Simonetta Vespucci, a mulher que se pensa ter também inspirado vários quadros de Sandro Botticelli designadamente “O nascimento de Vénus” . Neste caso deverá ter sido mais uma inspiração do que um modelo dado que a senhora morreu de tuberculose aos 23 anos quando o Piero di Cosimo tinha 14 anos apenas, tendo o quadro sido pintado já depois da morte dela.
Se calhar o mestre pintou apenas a cara da Simonetta, como às vezes era especificado nos contratos dos pintores dessa época, como referi noutra ocasião neste blogue a propósito de uma obra de mestre.
Fui buscar a a reprodução completa do quadro a este sítio, imagem do Google Art Project armazenado na Wikipedia , a que cheguei via a entrada na Wikipédia de Piero di Cosimo acima referida.
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