Aqui em Lisboa é preciso uma paciência de chinês para se observarem verdadeiras cenas de Outono, designadamente as folhas amarelas, alaranjadas, cor-de-cobre ou avermelhadas das nossas árvores.
Como o tempo arrefece muito devagarinho as folhas vão amarelecendo e caindo em pequena quantidade o que faz que as árvores não apresentam uma grande quantidade de folhas de tons quentes, com poucas excepções, designadamente os ginkgos bilobas.
Tive uma reunião no dia 7/Nov em Chantilly (o creme do mesmo nome foi inventado na Itália e não lá) , uma pequena povoação uns 60km a norte de Paris onde fotografei umas árvores já completamente desfolhadas em contra-luz num pôr-do-sol. Havia ainda muitas folhas noutras árvores, talvez estas fossem mais batidas pelo vento, talvez seja uma foto mais apropriada para ilustrar o Inverno mas aqui fica a imagem:
dois dias depois, no dia 9/Nov, já em Lisboa, gostei deste arvoredo na quinta do Contador-mor nos Olivais Sul de que dou uma vista abrangente
mostrando depois um zoom da mesma foto
e ainda mais zoom
Chegado aqui tenho que reconhecer que o Outono deste ano em Lisboa tem sido bastante chuvoso, até já tivemos umas inundações em sítios inesperados, talvez tenha sido essa abundãncia de água que tenha ajudado esta exuberãncia vegetal, mas neste dia o Sol tinha regressado e fiquei a pensar que estava perante um
verde sobre azul.
Assim, para ver as cores de Outono a meio do Outono sem ter que esperar pelo fim da estação, uma pessoa vê-se forçada a recorrer à observação de outras paragens, designadamente as alemãs, onde a
Helena nos presenteia mais uma vez com imagens lindíssimas.
Fui buscar a seguinte, de uma enorme delicadeza e complexidade,
aqui
e esta outra, com a simplicidade do
ouro sobre azul,
aqui:
P.S. Bem, hoje ao circular por Lisboa constatei que afinal já se vêem bastantes folhas outonais. Mas as verdes ainda são a maioria.