Há tempos escrevi este comentário no blogue iraniano “Persian paradox”:
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Nuclear power plants are the offspring of atomic bombs and I am very much convinced that the technology has been heavily subsidized to become profitable .
Checking "http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_nuclear_reactors" one sees nuclear power plants producing electricity (with generators bigger than 100MW) at the following countries:
Argentina, Belgium, Brazil(2), Canada, China, Cuba(1), Finland, France, Germany, India, Iran(2), (Iraq), Japan, Mexico(2), Netherlands(1), North Korea, Pakistan, South Korea, Spain, Sweden, Switzerland, Taiwan, United Kingdom, U.S.A, former U.S.S.R countries and East European countries under former strong influence by the USSR
With nuclear arsenal: China, France, India, North Korea, Pakistan, U.K, USA, Russia
Argentina and Brazil pretend to be regional powers, Belgium has probably got economic favorable conditions from the France program, Cuba got one as satellite of USSR, (Iraq) got an attack from Israel on Osirak and the other power plant is not functioning, Mexico got only two, Netherlands discovered gas in the North sea when they were starting their nuclear program
Exceptions: Canada, Germany, Finland, Japan, South Korea, Spain, Sweden, Switzerland, Taiwan. Germany, Japan, Sweden and Switzerland have decided to give up nuclear power, they find it unsafe. Spain stopped its program in the eighties after ETA shot dead two chief engineers, one after the other, of the power plant at Lemoniz in the Basque country and has now a very big renewables program with wind and solar.South Korea has probably been influenced by the North Korea nuclear program. The ones left are Canada, Finland and Taiwan. You know that nuclear power plants produce a lot of heat and that is considered a bonus in cold countries like Canada and Finland. I would guess Taiwan nuclear power could be a by-product of the cold war but I am not sure.
Iran has so much natural gas that it would make more sense to install wind and solar power and cover the intermittencies with much less capital intensive combined cycle power plants.
I find the choice of nuclear power to produce electricity by Iran very difficult to explain as making economic sense.
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É o facto da energia nuclear fazer pouco sentido económico que faz o Ocidente desconfiar das verdadeiras intenções do programa nuclear iraniano.
Uma prova adicional da falta de competitividade da energia nuclear aparece nas negociações que o governo do Reino Unido tem desenvolvido para subsidiar uma nova central nuclear no sul de Inglaterra, em Hinkley Point. Para uma tecnologia que se estabeleceu nos anos 50 do século passado já seria mais do que tempo para poder singrar sem a bengala do Estado. No fundo, tudo isto faz sentido: não pode haver dinheiro para o Estado Social porque o dinheiro dos contribuintes é necessário para estas actividades sem qualquer viabilidade económica fora de pesados subsídios estatais.
Tanta irracionalidade económica poderá talvez ser justificada por o Reino Unido pretender manter-se no restrito clube das potências com bomba atómica. Mas nesse caso deveria existir transparência na alocação de verbas e atribuir estes subsídios a despesas do Ministério da Defesa.
Agora o que não faz nenhum sentido é que a União Europeia esteja a considerar atribuir verbas a este projecto, quer se trate de um disparate económico ou de uma questão de soberania do Reino Unido.
Deixo aqui uma imagem publicada no site da BBC com uma foto de protestos contra a energia nuclear no Japão, algum tempo depois do desastre na central de Fukushima.
Foi nessa altura que descobri que este padrão,
que publiquei num post sobre Agências de notação, era uma representação estilizada das escamas de uma carpa.
Publiquei neste blogue 3 posts referindo a energia de origem nuclear. Este sobre “Energia e Política” será o principal desse conjunto.
Adenda em 2014-10-12: La Comisión Europea ha autorizado este miércoles a Reino Unido a dar subvenciones de hasta 20.000 millones de euros para la construcción...
Os subsídios virão portanto dos consumidores e/ou dos contribuintes britânicos, não estando directamente envolvidos subsídios europeus. Ou melhor, aparentemente não estarão envolvidos subsídios da União Europeia.
A central terá uma vida útil prevista de 60 anos. Impressionante como um governo, neste ambiente de mudanças frenéticas de tecnologias subsidia uma solução técnica que se prevê ter uma vida útil de 60 anos! E que alegando ter uma confiança tão grande nos mercados se dispõe a favorecer uma tecnologia que o mercado rejeita de forma tão categórica!
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