Não sou um grande fã da Idade Média, embora com o passar do tempo me tenha vindo a aperceber dalgumas luzes na Idade das alegadas trevas. E existem literalmente enormes excepções, que povoam toda a Europa, que visito sempre que tenho oportunidade, nas quais quase sempre me comovo no meio de tanta beleza, e que por qualquer motivo que me escapa ainda não representei devidamente neste blogue de imagens com texto.
Estou a falar das catedrais góticas, de que mostro a seguir como exemplo um detalhe da catedral de Salamanca
Nos exemplares mais evoluídos das catedrais as colunas de grande porte da nave central adquirem uma grande leveza ao serem constituídas por feixes de “colunelas” de reduzido diâmetro que no seu caminho para o céu divergem numa pluralidade de arcos ogivais, quer paralelos ao eixo da nave central nas paredes desta quer perpendiculares e oblíquos, fazendo lembrar quer um fogo de artifício quer a folhagem de uma palmeira.
As nervuras dos tectos, prolongamentos das “colunelas”, formam padrões geométricos muito agradáveis a que se juntam outras nervuras com funções estruturais e também decorativas.
Mas a figura merece uma contemplação cuidadosa pelo que me remeto aqui ao silêncio.
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