Recentemente fiz um post sobre uma imagem de raparigas transportando água no Rajastan, recontando a propósito uma história da Guiné-Bissau.
Nesse post está agora este comentário de um amigo espanhol:
«...
Y en relación con la anécdota de Bissau ésta me recuerda a otra que me contaron en Burkina Fasso y que, más o menos, es así: un grupo feminista de alemanas quiso financiar algún proyecto solidario con mujeres necesitadas. Se decidieron por llevar agua corriente a una aldea africana en la que las mujeres dedicaban varias horas al día en ir a buscar agua a un río lejano. Así construyeron una fuente en la aldea y la correspondiente canalización. Todo parecía ir bien hasta que, al poco, fuente y canalizaciones fueron destruidas ¡por las propias mujeres de la aldea a cuyo bienestar se quería contribuir!.
La explicación posterior pasa porque las mujeres de la aldea comprobaron cómo con la fuente perdían la posibilidad de ausentarse de la aldea durante unas horas al día, lo que antes aprovechaban para escapar de la tutela y miradas de sus padres y maridos.
…»
Manifestei entretanto dúvidas sobre a “autenticidade”, no sentido de ausência de encenação, dessa foto das raparigas.
Ainda a propósito da verdade retive esta frase
«...Só que a verdade é como um lago aparentemente quieto mas onde os reflexos se distorcem à mais ténue e imprevista brisa....»
que ilustro com esta foto da Ponte Vasco da Gama à luz do sol poente, em Fevereiro de 2009,
quando os seus reflexos se distorciam sob uma muito ténue brisa.
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3 comentários:
Essa história lembra-me outra que me contaram sobre a resistência às máquinas de lavar a roupa, nas aldeias: pois se o tanque público era um lugar de convívio tão agradável!
(duvido, duvido: o tanque talvez fosse agradável no verão, mas no inverno... e que impede as mulheres de se porem à conversa enquanto a máquina lava a roupa?)
Helena, é provável que estas histórias sejam contadas por corresponderem a uma situação de alguma anormalidade. Acabamos assim por ter uma realidade descrita duma forma parecida à dos telejornais que, além de seleccionarem alguns factos potencialmente relevantes (quando os telespectadores têm sorte), incluem também histórias apenas por constituírem desvios das situações mais frequentes. As histórias são curiosas mas não correspondem à realidade mais frequente.
Deve ser isso, sim.
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