Ontem ao fim da tarde, passeando no pontão da Praia da Rocha, gostei de ver este conjunto de cracas, fazendo lembrar um trabalho de crochet, sobre uma das pedras que protege o pontão e que veio da serra de Monchique.
Quando eu era pequeno diziam-me que as pedras que extraíam numa
grande pedreira da serra de Monchique eram “uma espécie de granito” mas, enquanto este tinha quartzo, feldspato e mica a pedra de Monchique tinha apenas o quartzo e o feldspato, faltando-lhe a mica. Podem ver na wikipédia que
a rocha de Monchique se chama Sienito sendo de cor cinzenta e é por isso que tendo a foto sido tirada a cores acaba por parecer a preto-e-branco. Desta vez a foto tem 2048 x 1536 pixels.
Existem muitas espécies de cracas, a presença destes animais sobre as pedras na zona intertidal (afectada pelas marés) acaba quase por definir até onde a maré chega. São desagradáveis ao provocar arranhões a quem roça o corpo por eles, são vantajosos para pessoas calçadas pois evitam que escorreguem nas rochas.
A sua aderência aos cascos dos barcos causa problemas de maior resistência à deslocação do barco, tendo que ser periodicamente eliminados.
As cracas pertencem à classe Cirripedia cujo nome comum em inglês é “
Barnacle”, dos quais existem cerca de 1200 espécies conhecidas.
Na foto acima parece-me que as cracas estão todas mortas. No artigo que referi (https://en.wikipedia.org/wiki/Barnacle ) podem-se ver fotos de cracas vivas, no centro de cada animal não têm um buraco, como na foto.
Achei graça a os ingleses chamarem “Gooseneck barnacles” ao que chamamos percebes.
Tirei esta imagem
daqui:
e estoutra
daqui: