Eu nasci em 1949 e as memórias que me ficaram de Eichmann na minha infância foi de um nazi que tinha fugido para a Argentina onde foi raptado pelos serviços secretos israelitas e levado para Israel onde foi julgado, condenado à morte e executado.
Confirmei recentemente que estas minhas memórias estavam correctas embora não me lembrasse das datas.
Só muito mais tarde ouvi falar da filósofa Hannah Arendt e do seu conceito tão bem sintetizado na expressão "Banalidade do Mal".
A tese central de Hannah Arendt, no seu esforço de compreensão de como foi possível o horror do holocausto, é de que não é preciso ser um monstro para executar tarefas com consequências de uma malignidade extrema . Basta não pensar nas consequências do que se faz.
Fui ver o filme actualmente em exibição que recomendo vivamente e do qual deixo aqui um trailer.
Sem pretender fazer comparações descabidas com o horror nazi, existe contudo um aspecto na condução dos programas de "ajustamento" dos países europeus sob resgate que me perturba, e que consiste na afirmação que "é preciso manter o rumo". Quer isto dizer "quaisquer que sejam as consequências"? Custe o que custar? E que "não existem alternativas"?
Procurando no google cheguei a este site que achei interessante. Vi mais referências aqui, aqui e aqui.
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