2013-07-28

Outra árvore cujo nome ignoro


Fui passar uns poucos dias ao Minho, fui a Viana do Castelo, onde passei pelo miradouro de Santa Luzia. A igreja que mostro abaixo não me entusiasma


e embora as vistas fossem bonitas, não gosto das minhas fotos panorâmicas pelo que mostro um princípio de sebe baseada no que presumo ser uma variedade de cipreste



com uma borboleta pousada sobre a planta no canto superior esquerdo da imagem.

Depois gostei também destas folhas de árvore iluminadas



embora não saiba o nome da árvore.

Se algum leitor conhecer a espécie agradeço que nos informe (a mim e aos outros leitores, não estou no plural majestático).

Para dar uma ajuda mostro a seguir o tronco da árvore, que não era de grande porte, os ramos mais baixos saíam do tronco a uns 2,5 a 3 metros do chão.


Constato com alegria e uma pontinha de orgulho que não disse uma única mentira no pequeno texto deste post.

2013-07-23

Logo da BP


A BP portou-se pessimamente na tragédia ecológica que provocou no Golfo do México.

Mas isso não obsta a que eu aprecie a beleza simples do seu logo, com esta figura de 18 pontas cujo número revelo desde já para poupar o trabalho da contagem a leitores que se interessam por estes detalhes frequentemente irrelevantes.


2013-07-18

Vinte e cinco árvores de Lisboa


Julgo que foi em 2010 que a Câmara Municipal de Lisboa publicou este pequeno folheto sobre 25 árvores de Lisboa.

Na altura fui avisado pelo João Miguel e obtive um exemplar gratuito na livraria da CML na Avenida da República.

Há uns tempos andei à procura de uma versão .pdf na net, a propósito de uns castanheiros, mas só agora descobri uma versão .pdf, disponível neste sítio da Ciência Viva, de que mostro a seguir apenas a primeira página.



O livrinho tem 32 páginas em formato A5, constituindo uma proposta adequada para pessoas que querem conhecer e identificar as espécies de árvores mais comuns que se vêem em Lisboa, referindo alguns sítios onde elas podem ser encontradas.

2013-07-10

Distanciamento e Maillot de Bain


Há muitos anos, durante o então chamado PREC (Processo Revolucionário Em Curso), constatei que a estrema-esquerda, como por exemplo o MRPP (Movimento para a Reconstrução do Partido do Proletariado), dada a sua distância em relação à totalidade dos partidos à sua direita, tinha dificuldade em distinguir os partidos burgueses como o PS, o PSD e o CDS e, embora guardasse um ódio de estimação aos revisionistas do PCP, avançaria provavelmente a tese que objectivamente, em relação à grande revolução proletária, a sua política não seria diferente dos outros 3.

Infelizmente sinto-me agora numa posição semelhante em relação ao actual governo e às grandes indignações sobre os recentes ziguezagues de Paulo Portas. Este governo habituou-me a prometer uma coisa e depois fazer o seu contrário. Agora o Paulo Portas disse que tinha tomado a decisão irrevogável de sair do governo e depois afinal está disposto a ficar. Onde está o problema? Mudou de ideias com enorme rapidez, como é hábito neste governo. O que é que é tão diferente neste comportamento de comportamentos anteriores deste governo?

A não ser que haja aqui um código que foi quebrado. Depois do primeiro-ministro ter mentido vezes sem conta aos eleitores, teve relutância em prometer a descida dos impostos nesta legislatura conforme sugerido por Paulo Portas, conforme referi aqui. Talvez o primeiro-ministro tivesse pruridos nessa promessa de descida de impostos porque seria uma promessa não tanto aos eleitores mas ao seu parceiro de coligação. Neste contexto parece haver uma explicação para todo este bruá-á em relação a Paulo Portas: é que ele, por assim dizer, fez um bluff não aos eleitores em geral, que isso não teria importância, mas ao seu parceiro de coligação no poder, tornando ainda mais difícil a vida do governo.

Mesmo assim as acusações de birra e de criancice a Paulo Portas parecem-me passar ao lado dum aspecto essencial: os designados “cortes na despesa” não são fáceis de decidir e toda esta crise acaba por ser a manifestação dessa dificuldade. O primeiro-ministro mostra a sua incapacidade de liderar a escolha de cortes ao pedir sugestões à Troika, deixar o trabalho para Vítor Gaspar e depois para Paulo Portas. Parece-me que como parceiro maioritário da coligação deveria ser ele a liderar o processo, caso mostrasse capacidade para isso, bem entendido.

O distanciamento que sinto em relação a este governo é parecido ao que sinto em relação a esta proposta de fato de banho por que passei numa loja de Marraquexe.

Embora goste cada vez menos de expor a minha pele directamente à radiação solar (falar em radiação em vez de luz dá logo outra sensação de perigo), por outro lado acho esta proposta excessivamente protectora da delicada cútis da senhora.

Nestes tempos de austeridade vejo aqui grandes oportunidades de economizar nos cremes protectores solares, antes chamar-se-ia maillot Gaspar, agora um mais apropriado "Maria Luís", bastando pequenas quantidades de creme apenas para o rosto, as mãos e os pés e, depois de sair de água com o tecido encharcado, poderá gozar algum fresco sob o sol forte de Marrocos.

Mas dentro de água é certo que tolherá os movimentos.

Existirão provavelmente imãs dizendo que não existem alternativas viáveis a esta proposta para a praia mas estou convicto que eles não têm razão.



2013-07-09

Casa Azul


Ao ir para o Algarve nas férias sempre gostei muito das casas brancas com esquadrias azuis a delimitar as janelas, que via no Alentejo e no Algarve.

Uma vez fiz um desenho com marcadores, tentando fixar o que me pareciam os caracteres essenciais dessas casas. Depois acabei por pôr uns elementos decorativos mas continuo a gostar deste esboço que é certamente ingénuo.




Agora, quando passei por Marraquexe, voltei a visitar o jardim Majorelle onde tem uma pequena vivenda em que a totalidade das paredes é pintada neste azul ultramarino de fazer sonhar





sobre este azul fica muito bem este painel decorativo com gesso que parece crochet, com uma estrela de 8 pontas recorrente nas decorações árabes



sobre este azul, aqui numa luz mais viva, também fica muito bem esta buganvília de “flores” brancas, ainda mais uma sugestão para o quadro referido neste post que na altura comentei




finalizando com a buganvília branca ocupando todo o espaço



e dando uma ilusão de frescura que não passa de uma ilusão pois ao pé dela fazia tanto calor como nestes últimos dias em Lisboa.

2013-07-04

O crescimento da cica

Há uns anos comprei esta planta ornamental, com folhas parecidas com as das palmeiras, chamada cica.

Manifestou nos primeiros tempos alguma exuberância, mas abrandou depois o crescimento, tendo eu conjecturado que tal se deveu às raízes terem ocupado completamente o seu vaso.

Quando se encontrava já em bastante mau estado foi possível transplantá-la para um canteiro ao pé da minha casa nos Olivais Sul e no dia 26/Jun/2013 constatei com alegria que estavam a despontar novas folhas, fenómeno que não acontecia há vários anos.

Como tinha achado que as folhas cresciam muito depressa, ao contrário do que acontece actualmente com a economia de Portugal, pensei em tirar uma foto por dia durante uma semana para documentar essa velocidade de crescimento, o que fiz começando na manhã de 26/Jun

Esta é a foto do dia 26, mostrando a planta quase toda



e a partir daqui mostro o detalhe central, primeiro no dia 26/Jun


depois no dia 27/Jun


depois em 28/Jun


agora em 29/Jun começando-se a ver os bicos das folhas


depois em 30/Jun, com as folhas ainda muito enroladas


depois em 1/Jul


em 2/Jul, com a planta à sombra por ter passado a manhã


e o último dia desta série, o dia 3/Jul, em que as folhas jovens já mediam 50 centímetros


finalizando com outra imagem da quase totalidade da cica na mesma data de 3/Jul:

2013-07-01

Apsara

Este calor intenso que se abateu nesta semana sobre Lisboa, estragando a previsão meteorológica do "mais frio Verão desde há muitos anos", fez-me pensar na Índia e nas esculturas de gente com pouca roupa que se encontram com frequência nos templos hindus.

Deve ter sido num guia do Lonely Planet que encontrei pela primeira vez a palavra "Apsara", referindo-se às figuras femininas deste tecto do templo Jain de Ranakpur onde fui buscar esta imagem que já mostrei noutro post



Há uns tempos, já não me lembro bem porquê, fui à procura de Apsara no Google, que referiu uma entrada da Wikipédia, onde diz resumidamente que "as Apsaras são os espíritos femininos das nuvens e das águas na mitologia Hindu e Budista" e que são muitas vezes representadas como dançarinas. Como exemplo de apsaras mostra estas esculturas de um templo (construído entre 950 e 1050 DC) de Khajuraho


local onde existem templos com frisos de esculturas com representação explícita de práticas sexuais referidas no Kamasutra.

Nessa altura o Google forneceu-me também uma ligação para esta imagem de uma dançarina, cuja origem não consegui identificar, sendo talvez uma dançarina do Cambodja,


De entre os vários sites onde aparece esta imagem seleccionei este, provavelmente por ter reconhecido através das bolinhas dos caracteres que era um site tailandês. Notar que o Angkor Wat, o templo famoso do Cambodja aparece numa das fotos deste site.

No meio de tanto calor a imagem da dançarina transmite alguma frescura, desde que não se repare muito naquele penteado pesado que deve tornar difícil manter a cabeça fria.