Dado que o tempo continua fraco, vamos continuando a exploração do espaço interior, em contraposição ao “ar livre”, onde poderíamos apanhar umas molhas. Teria preferido usar “Cadeira Longa” como título deste post mas o termo não é comum e não me apeteceu usar “cadeira de repouso” ou “de descanso”.
Às vezes pensamos que os orientais têm mais tendência para a meditação e os ocidentais para a acção mas os grandes mosteiros da Europa atestam que não há muito tempo havia muita gente meditativa por cá enquanto os chineses, que não leram a Bíblia, não sabem que se deve descansar um dia em cada sete e muitos deles trabalham continuamente.
Não tenho a certeza que esta cadeira seja o melhor caminho para o Nirvana mas o conforto que proporciona é tal que tenho adormecido muitas vezes nela com grande rapidez. Não sendo o melhor é, pelo menos, rápido.
Durante muito tempo atribuí o projecto desta magnifica “chaise longue” a Le Corbusier e só há uns poucos anos me apercebi que tinha havido uma contribuição significativa de Charlotte Perriand.
Estou satisfeitíssimo quer com a forma ergonómica, quer com a possibilidade de variação, de modo contínuo, da posição da cadeira, que pode estar mais elevada para ler ou ver televisão, ou mais baixa para uma posição de maior repouso, facilitando a circulação nas pernas, como nesta imagem em que posa a referida Charlotte Perriand (será?) (adenda: é).
Esta arquitecta viveu de 1903-1999, trabalhou durante dez anos no atelier de Le Corbusier e de Pierre Jeanneret onde deu uma contribuição muito importante na concepção desta cadeira, no ano de 1928, quando tinha apenas 25 anos. Depois teve uma vida aventurosa, com uma estadia no Japão, de onde teve que sair em 1942, tendo ficado retida no Vietname durante a guerra, até 1946.
Não deixo de me surpreender com a idade vetusta da concepção de mobiliário que ainda há poucos anos parecia futurista.
Esta foto e a informação do parágrafo anterior constam no site do Design Museum de Londres onde consta uma biografia de Charlotte Perriand, bem como de outros arquitectos e designers importantes.
A primeira imagem é do site da Cassina, o actual fabricante desta cadeira, disponível em várias lojas de Lisboa. A segunda imagem acho que é daqui mas tirei-lhe pixels para ocupar menos espaço. No site do Design Museum tem a mesma imagem mas com a esquerda e a direita trocadas.
Às vezes pensamos que os orientais têm mais tendência para a meditação e os ocidentais para a acção mas os grandes mosteiros da Europa atestam que não há muito tempo havia muita gente meditativa por cá enquanto os chineses, que não leram a Bíblia, não sabem que se deve descansar um dia em cada sete e muitos deles trabalham continuamente.
Não tenho a certeza que esta cadeira seja o melhor caminho para o Nirvana mas o conforto que proporciona é tal que tenho adormecido muitas vezes nela com grande rapidez. Não sendo o melhor é, pelo menos, rápido.
Durante muito tempo atribuí o projecto desta magnifica “chaise longue” a Le Corbusier e só há uns poucos anos me apercebi que tinha havido uma contribuição significativa de Charlotte Perriand.
Estou satisfeitíssimo quer com a forma ergonómica, quer com a possibilidade de variação, de modo contínuo, da posição da cadeira, que pode estar mais elevada para ler ou ver televisão, ou mais baixa para uma posição de maior repouso, facilitando a circulação nas pernas, como nesta imagem em que posa a referida Charlotte Perriand (será?) (adenda: é).
Esta arquitecta viveu de 1903-1999, trabalhou durante dez anos no atelier de Le Corbusier e de Pierre Jeanneret onde deu uma contribuição muito importante na concepção desta cadeira, no ano de 1928, quando tinha apenas 25 anos. Depois teve uma vida aventurosa, com uma estadia no Japão, de onde teve que sair em 1942, tendo ficado retida no Vietname durante a guerra, até 1946.
Não deixo de me surpreender com a idade vetusta da concepção de mobiliário que ainda há poucos anos parecia futurista.
Esta foto e a informação do parágrafo anterior constam no site do Design Museum de Londres onde consta uma biografia de Charlotte Perriand, bem como de outros arquitectos e designers importantes.
A primeira imagem é do site da Cassina, o actual fabricante desta cadeira, disponível em várias lojas de Lisboa. A segunda imagem acho que é daqui mas tirei-lhe pixels para ocupar menos espaço. No site do Design Museum tem a mesma imagem mas com a esquerda e a direita trocadas.
3 comentários:
Delicioso, post. Deliciosa cadeira que namoro há anos, sem coragem para abrir os cordões à bolsa e arranjar o canto zen que ela merece!
Esta cadeira é lindíssima, mas tem um problema: não tem encosto para os braços. Óptima para dormir, desconfortável para ler.
(Acho eu)
Esse fenómeno de atribuição da "autoria" de algo famoso está generalizado: muitos pensam que a primeira casa construída pela Bauhaus, em Weimar, é um projecto do Gropius; o Rodin fartava-se de "pedir emprestado" à Camille Claudel...
E é para não falar no Shakespear, mas isso foi por outros motivos.
Gosto mais de ler com o livro em cima duma mesa em vez de sentado num sofá. Provavelmente quando leio nesta cadeira tenho adormecido antes de sentir a falta dos apoios para os braços. Mas no Nirvana, quem precisa de livros?
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