2017-08-29

Sobreiro em relvado algarvio


É algum atrevimento da minha parte classificar esta árvore isolada no meio dum relvado dum aldeamento algarvio como um sobreiro, apenas porque me pareceu que o tronco estava revestido de cortiça


é um contraponto às fotos em que aparece um sobreiro solitário no meio duma planície imensa do Alentejo, aqui é no meio dum jardim



e gostei das folhas iluminadas:




2017-08-28

Palmeiras em Alvor


Tenho tido limitações quantitativas no acesso à internet que estão agora menos rígidas.

Mostro a seguir umas palmeiras que vi no caminho para a praia dos 3 Irmãos, em Alvor, concelho de Portimão



2017-08-12

Crepúsculos na Praia da Rocha


Tirei esta foto (um diapositivo) com uma máquina analógica Olympus OM-1, com objectiva de 50mm, a minha primeira e única máquina até aparecerem as digitais, em Setembro de 1974 e já a mostrara num post deste blogue em Dezembro de 2008.



No passado 10/Ago passei pelo mesmo local e não resisti a tirar outra foto, desta vez com o telemóvel que tem uma grande (ou mesmo enorme) angular



Naquele Setembro de 1974 o ar estava mais límpido e haveria talvez menos luminosidade ou então o telemóvel compensou a falta de luz. O horizonte estava mais vermelho, e o mar também estava espelhado, como é frequente no Verão ao fim da tarde quando acalmam as brisas locais.

Não consegui usar o mesmo enquadramento e as experiências que fiz para alterar a cor não foram bem sucedidas, encontrei cores muito "forçadas", a de 1974 tem uma certa "patine", quase a preto e branco.

A vista da praia mudou muito menos do que a vista das construções que felizmente não aparecem em nenhuma das imagens. A água entrava mais pela praia adentro ao pé do miradouro (e provavelmente em toda a praia) e não existia o pontão de pedras a ligar este ao "gémeo" (designação dada aos dois pequenos rochedos de forma cónica em frente do miradouro) mais próximo.

Gosto muito dos fins de tarde.

2017-08-07

Calor de Palmeiras


Estas palmeiras, que julgo serem uma espécie importada das ilhas Canárias e que são muito comuns em Portugal, foram há uns anos vítimas dum parasita que matou uma data delas.

Uma pessoa associa estas plantas a climas quentes embora aguentem bem os nossos invernos.

Gostei de ver este exemplar sobrevivente iluminado pelo Sol ao fim da tarde em Portimão, com a lua quase cheia sobre o céu ainda azul.




Não estava um calor de ananases mas estaria um de palmeiras.


2017-08-06

Tom Gauld: A Realidade é uma ilusão mas...


Vi esta imagem


no blogue do embaixador, lembrou-me "A condição humana" do Magritte.

Depois fui à procura dela no Google Images com uma parte da frase (Reality is an illusion entirely within the human mind, but it's the only place you can get a decent cup of coffee.) e encontrei-a rapidamente. Foi feita por Tom Gauld, cartoonista escocês, de que seleccionei esta representação da respectiva biblioteca


e esta descrição de duas nações em guerra
 


2017-08-05

Calor de ananases


Era quase noite escura saímos de casa para tentar apanhar um bocadinho de fresco no molhe da Praia da Rocha.

Havia uma brisa leve que por vezes trazia umas sugestões de frescura, o horizonte estava fotogénico e só tinha o telemóvel à mão


 Não é habitual ver pessoas a passear na praia a refrescar os pés à beira-mar nesta hora do dia, o céu foi clareado pelo telemóvel



 a mesma imagem fazendo um zoom




2017-08-02

As Sultanas


Na minha primeira viagem à Índia em 1990 tomei conhecimento da existência dos livros de viagem “Lonely Planet”, criados por um casal de autralianos que começou por viajar por sítios baratos no Extremo Oriente e que com o sucesso obtido expandiu o número de países cobertos pela colecção, cujas publicações devem hoje cobrir o mundo todo.

Além dos conselhos de viagem propriamente ditos os livros incluem sínteses históricas de enorme qualidade, com um estilo bem disposto mas descrevendo o essencial, que tenho lido sempre com muito interesse em cada livro que tenho comprado.

Foi talvez aí que tomei conhecimento das dificuldades para encontrar sucessor nos impérios Otomano, da Pérsia e da Índia, situação claramente devida à existência de um harém com numerosas concubinas e numerosos herdeiros potenciais da coroa, dos quais o soberano escolheria um.

Os primogénitos corriam muitas vezes o risco de serem preteridos por filhos de concubinas mais jovens e mesmo que não estivessem interessados em suceder ao pai viam-se na obrigação de se defender dos irmãos ( e vice-versa) que os viam como uma ameaça potencial que precisava de ser eliminada.

Quando existe um harém, a situação de esposa favorita é quase sempre transitória, a própria existência do harém constitui uma pressão social para que o governante não se fixe numa única esposa. Daí a importância da frase “mãe há só uma”, a mãe do sultão, lugar almejado por boa parte das mulheres do harém.

Percebe-se assim melhor as vantagens para os cortesãos menos ambiciosos do modelo de sucessão ocidental em que o direito do primogénito ao trono era muito poucas vezes posto em causa, os cortesãos não tinham que tomar partido por um dos pretendentes, evitando assim o risco enorme de escolherem o lado perdedor, perdendo o lugar na corte, a riqueza e provavelmente a vida. No Ocidente bastava um primogénito, desejavelmente alguns irmãos legítimos para o caso de doenças mortais e os filhos bastardos fora do concurso para a herança do trono.

Lembrei-me disto tudo julgo que na sequência dos comentários recentes sobre os filhos do Cristiano Ronaldo criados em barrigas de aluguer e nalgumas analogias e diferenças entre o famoso jogador e os sultões do império Otomano.

Deixo a seguir uma imagem de uma das numerosas salas do harém no palácio de Topkapi em Istambul