2015-07-30

X - Ball


Falei em tempos do "Ball of Whacks", um conjunto de 30 pirâmides magnetizadas que pode assumir muitas formas. Entretanto o autor, como nos filmes, fez uma sequela, um novo gadget também com 30 peças vermelhas magnetizadas mas desta vez em forma de X. A sua forma mais canónica é esta


que pode ser dividida numa "base" e numa "tampa" para acolher uma "Ball of Whacks" acima referida


mostro agora as 30 peças do puzzle



que podem ser organizadas em estruturas quase planas como as seguintes




Os meus netos gostam mais de separar as peças do que de as unir, há quem diga que é difícil resistir ao vermelho Ferrari, mas no outro dia um dos netos mostrou gosto pela simetria, nesta composição também quase plana



Tenho feito mais algumas variações enquanto vejo o telejornal



ou uma reconstrução depois duma destruição


e finalizo com uma taça que me parece elegante





2015-07-28

Estar à sombra numa bouça - Rossio do Levante


Nasci no Porto (em Ermesinde) onde vivi até aos 10 anos. Ficou-me a recordação da palavra "Bouça", um pequeno conjunto de árvores ou um terreno inculto, onde as árvores poderiam ter assumido algum protagonismo. O ditongo "ou" lá no norte tem uma pronúncia parecida com "âu" com o "o" a fugir para um "a" mudo, mas a palavra tem pouco uso cá no Sul e é raro pensar nela.

Há uns tempos, ao ver esta mini-floresta no centro duma  rotunda com pouco movimento no Parque das Nações chamada "Rossio do Levante"



lembrei-me da palavra "bouça". Lembrei-me também da árvore solitária que referi aqui, este conjunto de árvores (que parecem ser plátanos) seria mais "natural" se não estivessem tão alinhados. Gosto do conjunto embora, dado a presença da rotunda que as circunda não seja sítio apetecível para pique-niques. Lisboa não é o Irão, os lisboetas em vez de se abrigarem do sol à sombra de uma árvore preferem na sua maioria ir apanhar sol para as praias que circundam a cidade.

Vi umas fotografias muito antigas da Praça do Comércio onde existiam árvores de pequeno porte. Acho que a praça ficaria melhor com umas árvores a possibilitar um descanso à sombra. As árvores do Rossio "propriamente dito" na Baixa também me parecem em número insuficiente.


2015-07-22

Tílias em flor - 3


Em 28/Mai deste ano publiquei um primeiro post sobre tílias em flor, em que mostrava as copas de algumas tílias com umas manchas brancas em contraste com o verde das folhas. Suspeito que o branco é de folhas muito jovens, visto que as flores têm um tom amarelado, como se pode ver neste segundo post sobre tílias em flor.

A imagem que mostro a seguir é um detalhe da imagem mostrada no post de 28/Mai




2015-07-16

Ir pela sombra - 3 (na Av. Liberdade)


Estes últimos desenvolvimentos da crise da Grécia/Europa parecem-me surreais, com um referendo surpresa, uma reunião de 17 ou 19 horas de chefes de governo de países europeus, um acordo aparentemente mais exigente do que o que estivera em cima da mesa antes do referendo, que tem uma claúsula que refere "...milk and bakeries..." (leitarias e padarias?) na página 3, com referência a um fundo de 50.000 milhões de euros noutra parte das 7 páginas, tendo este acordo sido aprovado um pouco depois do fim de 15/Jul no parlamento grego, por parte do Syriza e sobretudo pela oposição.

Talvez os negociadores tenham apanhado Sol na cabeça, motivo pelo qual continuo a recomendar ir pela sombra.

No princípio de Junho deste ano, por volta das 11 horas de uma manhã ensolarada, depois de umas análises de rotina, andei um bocadinho pela avenida da Liberdade, no lado nascente e gostei do que vi.

Primeiro esta copa de arvoredo deixando ver bocadinhos de céu azul um pouco mais profundo do que o que ficou na foto



depois gostei deste prédio em que cortei o rés-do-chão, porque tinha uma carrinha vermelha a perturbar a vista. Nas janelas reflectem-se as copas das árvores, desde que vi as janelas da Maluda estou sempre atento ao que reflectem os vidros das janelas




a seguir apreciei o passeio com a nota destoante do pequeno armário talvez do sistema de semáforos com uns tantos graffitis, feios mas discretos. Lembrei-me que em Olhão as pessoas iam passear à noite no Verão na Av. da República e sentavam-se nos bancos para ver quem passava e ir tendo umas conversinhas. Essa parte convivial falta agora aqui, no que já se chamou o Passeio Público. Foi-se o Público, ficou um Passeio, bonito mas pouco habitado.



também gostei deste hotel que, pelo pequeno tamanho deverá ser "de charme" só ao olhar para a foto reparei que tem 5 estrelas



Também gostei do ar arrumado dos permutadores de calor dos ares condicionados deste prédio que foi certamente objecto de uma recuperação profunda. Estes permutadores alinhados fizeram-me lembrar um prédio de Xangai que mostrei aqui


finalmente gostei deste pormenor duma passagem entre a Avenida da Liberdade e a Rua de S.José, com uma vegetação tropical, luxuriante mas ao mesmo tempo contida.



2015-07-11

Ir pela sombra - 2


Em locais que podem ficar muito quentes os habitantes desenvolveram técnicas arquitectónicas para minimizar os efeitos do sol intenso, numa época em que não existia ar condicionado. Os mercados situam-se em ruas estreitas e cobertas para que as compras e vendas se possam fazer sempre à sombra.

Neste caso trata-se duma rua de lojas na medina de Marraquexe em Marrocos, numa foto tirada pelo Miguel Duvisón, já referido aqui, em que um dos protagonistas parece um fantasma de albornoz branco





2015-07-08

Ir pela sombra


Ainda não me habituei aos carinhosos conselhos que agora surgem nos meios de comunicação social sobre cuidados a ter quando chega o Verão e faz muito calor, do género "não se esqueça de ingerir muitos líquidos", "proteja-se do Sol", etc.

Antigamente eram as mães, os pais, ou outras pessoas da família que davam esse tipo de conselhos mas, com a dispersão geográfica das famílias cada vez mais comum, estes avisos poderão ter alguma utilidade.

Para a mim estes conselhos são dispensáveis pois quando está calor não gosto de andar ao Sol, excepto na praia à beira-mar e aí com chapéu de aba larga e túnica de algodão branco a proteger a minha pele dos perigosos raios solares.

Quando estou em Lisboa quase nunca vou à praia pois quando está bom tempo existem enormes engarrafamentos, apenas evitáveis saindo a horas excessivamente cedo para os meus hábitos. Gostando contudo da presença da água durante o passeio quando a manhã se  aproxima do fim, existe agora uma possibilidade muito interessante na cidade:




Trata-se da alameda de pinheiros à beira-Tejo, situada ao longo do jardim Garcia da Orta no Parque das Nações, acessível até por metropolitano, a que se vê nesta imagem numa fase do percurso com bastante sol e alguma sombra




ou nesta fase posterior, um pouco mais sombria. Em Belém não existe protecção de sombra à beira-rio.



2015-07-02

Grécia -4, o Mar está de pernas para o ar


Fiquei muito desapontado nesta recta final (depois do Domingo 28/Jun) com a sugestão pelo Syriza de negociações enquanto não chega o referendo. O pano caiu como dizem aqui.

A Merkel neste caso tem razão. Não faz sentido negociar antes da realização do referendo.

E não me esqueço que durante o tempo do Salazar em Portugal toda a esquerda era unânime na condenação dos referendos como forma populista e direitista de consultar a população. O próprio Tsipras falou contra referendos há pouco tempo. E que é difícil e muito limitador responder à maioria das perguntas relevantes com um simples "sim" ou "não".

Junto a foto de um bocadinho do Mar grego, a mesma imagem com que comecei este blogue, mas desta vez de pernas para o ar: